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Ele é do PT. Isso a midia canalha não noticia


Gerente de comunicação da PETROBRÁS recebe Prêmio Destaque Profissional 2013, da ABP

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O gerente executivo de Comunicação Institucional, Wilson Santarosa, recebeu na última segunda-feira (02/12), no Rio de Janeiro, o Prêmio Destaque Profissional de Comunicação 2013, concedido pela Associação Brasileira de Propaganda (ABP). Este é o segundo prêmio que o executivo recebe no ano em que comemoramos nossos 60 anos.

No evento, que reuniu o mercado de propaganda brasileiro, foram premiados 20 profissionais em diferentes áreas. São indicados três concorrentes em cada uma das 20 categorias, com voto aberto a todos os associados da entidade. Santarosa recebeu o destaque como Executivo de Anunciante.

Anualmente, desde 1979, a ABP reconhece o anunciante, veículo, agência e a personalidade que tiveram papel mais relevante para o crescimento da comunicação no Brasil. São homenageados os profissionais que se destacaram nas suas especialidades, como criação, mídia, atendimento, planejamento, digital, produção gráfica e outras.

Wilson Santarosa é funcionário desde 1975. Foi Presidente do Conselho Deliberativo da Fundação Petros de Seguridade Social e atuou como Diretor do CEBDS (Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável). Foi eleito Personalidade do Ano de 2003 e 2004 no Prêmio Aberje e ganhou o Prêmio Colunistas de Homem de Marketing do Rio de Janeiro em 2004. Este ano, recebeu o prêmio “Comunicadores do Ano 2013”, durante a 39ª edição do Prêmio Aberje (Associação Brasileira de Comunicação Empresarial).


Um dia na vida do BIM, o Brasileiro Indignado com a Midia

Um dia na vida do BIM, o Brasileiro Indignado com a Mídia

by Paulo Nogueira

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São milhares. Dezenas de milhares. Milhões. E não param de se multiplicar.
São os BIMs, os brasileiros indignados com a mídia.

Agora mesmo: meia tonelada de cocaína é encontrada num helicóptero de um amigo de Aécio.
O BIM passou o fim de semana mal. Olhou nas bancas para ver a capa da Veja. Fitness.

 Nem uma só menção, na capa, ao caso, como se meia tonelada de cocaína, e no helicóptero de um senador que presidiu o Cruzeiro, fosse meia tonelada de chocolate belga no trenó do Papai Noel.
Mas meu propósito aqui é descrever um dia na vida do BIM.

Ele acorda e dá uma olhada no Reinaldo Azevedo. Sente raiva com o que lê. Mais uma vez, se gabando de ter criado “petralha”, como se tivesse feito a Comédia Humana do Balzac.
Depois passa para o Constantino. 

Mais um momento de raiva. Ele conseguiu falar do Lobão no Roda Vida e colocar uma foto no texto em que o Lobão segura o livro dele, Constantino. “Trapaceiro”, pensa.
Passa os olhos por um novo blogueiro, um cara que compilou frases de Olavo Carvalho num livro. “É o reaça-engraçado”, pensa. “Se é para publicar coisas de extrema direita, poderiam dar frases do Mein Kampf direto.”

Tempo de trabalhar.

No carro, BIM põe na CBN. Ouve Merval, Sardenberg e Jabor. Xinga alto no carro, num desabafo instintivo e gutural. Merval fala sobre o lulopetismo. Sardenberg anuncia o colapso econômico. Jabor diz que se avizinha a ditadura bolivariana.
BIM lamenta não ter um Frontal à mão.

No escritório, num momento mais tranquilo, vai no site da Folha. Quer saber o que Magnoli escreveu. Defendeu a prisão de Genoino.

BIM pensa em Miruna, e se pudesse daria uma bofetada em Magnoli. “Lacaio”, pensa. Depois vai para Eliane Cantanhede. Mais uma paulada nos “mensaleiros” e mais um elogio a Joaquim Barbosa. Passa os olhos por Pondé. A Revolução Francesa não existiu, lê nele.

BIM vai para o Estadão, já que ainda tem alguns minutos antes da labuta. E então lê Dora Kramer. Joaquim Barbosa é beatificado por ela. Passa pelos editoriais, e lê um que crucifica Dirceu pelo emprego num hotel.

Só não repete o grito de raiva do carro porque está no escritório. O Estadão não falou nada sobre a sonegação de 1 bilhão da Globo, e faz uma cobertura ridícula da meia tonelada de cocaína, e mesmo assim transforma o emprego de Dirceu num caso nacional.

De volta para casa, BIM mais uma vez ouve a CBN. “Só tem reaça”, se irrita. Ouve a repetição do comentário de Jabor, e quase bate por perder momentaneamente a concentração.

Chega em casa e dá uma passada pelo Jornal Nacional, para ver a que abismo Ali Kamel pôde chegar. O caso do helicóptero, como para a Veja, é tratado como se fosse uma trivialidade.

“Como seria se em vez do filho do Perrella fosse o filho do Dirceu?”, reflete. Em sua cabeça ele vê as habituais parcerias entre a Veja e o Jornal Nacional em casos do PT. A Veja dá um dossiê no sábado e, naquela noite mesmo, o Jornal Nacional repercute com estridência.

“Depois os livros de Kamel recebem louvores da Veja”, pensa BIM. “Tutti amicci.”
Do Jornal Nacional BIM vai para a Globonews. Encontra lá Marco Antônio Villa falando de seu novo livro, que trata da década perdida sob o PT.

“Uma besta”, pensa BIM. “Não acerta uma, mas mesmo assim está em todas.” BIM lembra de um vídeo em que Villa dizia que Lula seria o grande perdedor na eleição vencida afinal por Haddad.

No começo das manifestações de junho, escreveu que os protestos não significavam “nada”.
Da Globonews, BIM passou para o Jô e suas garotas. Enio Mainardi era o entrevistado. Se perguntou quem era pior, pai ou filho, Enio ou Diogo.

Tinha lido que a Globofilmes enfia entrevistados no programa do Jô, astros de algum novo filme. E no final a Globo cobra deles a tabela comercial cheia.

“Não é à toa que os Marinhos são os homens mais ricos do Brasil”, pensa BIM.
Terminado o programa, BIM está cansado e indignado.

Gasta, na sessão de análise do dia seguinte, boa parte do tempo para colocar para fora sua indignação.
O terapeuta ouve pacientemente e, no final, diz apenas: “Mas por que você simplesmente não para de dar audiência para aquela gente toda?”