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Pedro Ladeira/Folhapress
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A entrevista foi concedida para a Revista Veja.
“Passei a ter informações de que Fabrício Queiroz
seria assassinado. O que estou falando aqui é absolutamente real. Eu tinha a
minha mais absoluta convicção de que ele seria executado no Rio de Janeiro.
Além de terem chegado a mim essas informações, eu tive certeza absoluta de que
quem estivesse por trás desse homicídio, dessa execução, iria colocar isso na
conta da família Bolsonaro. Havia um plano traçado para assassinar Fabrício
Queiroz e dizer que foi a família Bolsonaro que o matou em uma suposta queima
de arquivo para evitar uma delação”, afirmou.
Wassef diz que estava convicto que o plano seria
executado. “Eu tive informações absolutamente procedentes e formei a minha
convicção de que iriam matar Queiroz e iriam colocar a culpa no presidente
Bolsonaro para fazer um inferno da vida dele. Na verdade, seria uma fraude.
Algo parecido com o que tentaram fazer no caso Marielle, com aquela história do
porteiro que mentiu”, pontuou.
O advogado garantiu que elaborou o plano de
esconder Queiroz sem o conhecimento de Jair Bolsonaro e de Flávio Bolsonaro.
“Agi no regular exercício da advocacia. Eu era
advogado do Flávio, hoje não sou mais. Naquele momento, meu entendimento é que
eu queria evitar que Fabrício Queiroz fosse executado em uma simulação qualquer
ou mesmo que sumissem com o seu cadáver. Eu omiti isso do presidente. Eu omiti
do Flávio por motivos que me reservo ao direito de não dizer agora. O
presidente da República jamais teve conhecimento da autorização para que o
Fabrício, caso quisesse, pudesse estar nessas propriedades”.