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| Fascismo e religião - Blog do Jean Yshua |
A maioria de nós, na infância, debochavamos dos “crentes”, dos “bíblias”. Eram, sim motivos de chacotas vê-los coma a bíblia debaixo do braço, pregando nas praças, no meio da rua. Convivi muito com amigos que eram batistas, presbiterianos, metodistas. Esses, na verdade não eram “evangélicos” e sim protestantes – hoje se voce chamar o malafaia de protestante ele vai te responder com agressividade – embora seja antigo esse termo evangélico toma força, no Brasil, a partir dos anos 1980.
Esse “deboche” que fazíamos na infância e adolescência, fez com que muitos se retraíssem, se fechassem e tivessem vergonha de se afirmar “crentes”. Eles se voltam para os presidios e até no meio dos jogadores de futebol. Lembrem que nos pré jogos começaram a rezar antes e depois dos jogos. Enfim, perderam a vergonha e conseguiram respeito de todos.
Com o crescimento do PT e suas cores, a implantação de uma sociedade mais livre e democrática, houve um crescimento expressivo. Os pastores canalizaram bem esse bom momento do Brasil, de 2002 até 2014 e progrediu muito o discurso de “prosperidade”, aliada a fé e a estar na igreja pagando o dizimo.
O vácuo deixado por nós da esquerda, não muito religiosos por sinal, foi ocupado por esses pastores, que até votavam no PT e apoiavam LULA, mas na verdade eram marginalizados por nós, já que colocavam tudo com se fosse Deus quem lhes proporcionava e não a luta do dia a dia, claro com a ajuda do Deus de cada um.
Como o fascismo se aproveita disso?
“No baixo clero” da camara dos deputados, surge a figura do ex capitão do exército, fazendo discursos contra a esquerda e se aliando, nas votações a tal “bancada da biblia”, até então bem inexpressiva. Ela cresce com a campanha antipetista da imprensa, toma corpo, em 2013 – a tal campanha dos 20 centavos – e se consolida nas eleições de 2014.
Surge ai o tal capitão. Agressivo, virulento, e com uma esposa nova, dita evangélica. Era o mote perfeito. Um grupo articulado se aproxima dele, junto com o Deputado Eduardo Cunha – também se dizendo evangélico – e o levam a se batizar.
Pronto. Estava formado o fascismo disfarçado de “evangélicos” e oposição ao PT – notem que LULA no fundo era preservado – essa composição ganha força e os pastores descobrem nela o nicho para alcançar o poder, a tal “pátria evangélica” o Deus a cima de todos, que na verdade e o pano de fundo para que eles mantenha seus rebanhos e suas arrecadações. Conseguem derrubar DILMA, um governo legitimo.
Com a eleição do ex capitão, se consolidam e ele, na verdade, é o “bucha’ que vai servir ao próposito desses pastores. A maior prova disso foi o desespero deles com o “fica em casa”, pois a arrecadação caiu vertiginosamente, já que as pessoas não iam ao culto. Essa junção desses pastores, com o viés fascista do ex capitão vem governando o Brasil. Não e necessário aqui mostrar o caos em que se tornou.
Mentira? Porque não? Afinal é pra combater o “comunismo” e os “esquerdopatas”. Na verdade se transformaram em “bibliopatas” – aqueles que usam a Biblia como instrumento de mentiras e difamações – e isso está agora, bem claro nessa campanha.
Como mudar isso?
Atacar os evangélicos é a estratégia ERRADA. Precisamos trabalhar fortemente a conscientizção do nosso povo, na base. Criar uma massa critica que questione o uso da Biblia como instrumento de mentiras e difamação – combater os bibliopatas, na verdade esses pastores – e isso somente irá acontecer se nos voltarmos para as bases da sociedade, com a conversa humilde de chamá-los a agir como Jesus agiu, em favor dos pobres.
Enfim, entrar na seara deles coma A VERDADE. Não atacá-los mas fazer com que questionem esse bibliopatas, que são esses “falsos” pregadores de Cristo e verdadeiros mercadores da fé. E isso somente acontecerá se formos até eles e desafiar a cada um e cada uma a pensar e a questionar, o velho e bom trabalho de base. Para isso os comites de luta serão fundamentais. A esperança e a fé no povo será o nosso caminho!