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Prévia do PIB surpreende e cresce 0,77% em outubro, aponta o Banco Central

IBC-Br atingiu o maior nível desde abril e ficou acima da mediana da projeção dos analistas

Célia Froufe e Gabriela Lara, da Agência
BRASÍLIA - Depois de ficar praticamente estável de agosto para setembro (-0,01%), o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB, subiu 0,77% em outubro ante o mês anterior, mesmo  se desconsiderada a sazonalidade do fim do ano.
De acordo com dados divulgados pelo BC, o número passou de 145,99 pontos em setembro, na série dessazonalizada, para 147,12 pontos em outubro. Este é o maior nível desde abril, quando o indicador ficou em 147,14 pontos na série ajustada.

O crescimento no radar do BC

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Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), com ajuste sazonal

 Em 12 meses, o crescimento foi de 2,44% na série sem ajuste. No acumulado do ano até o mesmo mês, houve alta de 2,81% (sem ajuste de sazonalidade). Na comparação entres os meses de outubro de 2013 e de 2012, houve expansão de 2,74%, também na série sem ajustes sazonais. Na série observada, outubro terminou com IBC-Br em 150,52 pontos. Este também é o maior nível do índice nesta série desde abril, quando estava em 153,09 pontos.
O resultado do IBC-Br em outubro ficou acima da mediana das projeções dos analistas ouvidos pela Agência Estado (0,50%), mas dentro do intervalo das estimativas (0,20% a 0,90%).
O indicador de outubro ante o mesmo mês de 2012 ficou acima da mediana (2,30%), mas também dentro das previsões (1,02% a 2,90%) dos analistas do mercado. O IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. Entre os componentes do indicador está a Pesquisa Industrial Mensal e a de Comércio.
O indicador trimestral, que considera a média do IBC-Br entre julho a setembro, registrou retração de 0,03% na comparação com a média dos três meses anteriores (de junho a agosto de 2013). Segundo dados apresentados hoje pela autoridade monetária, o índice passou de uma média mensal de 146,00 pontos para 145,96 pontos nessa comparação.
O economista-chefe do Banco ABC Brasil, Luis Otávio Leal, afirmou que a alta do IBC-Br em outubro ante setembro reforça a ideia de que o quarto trimestre pode apresentar uma recuperação melhor do que a esperada, após o recuo de 0,5% do PIB no terceiro trimestre. "A ideia que alguns levantaram de que poderia haver a segunda queda seguida do PIB cai por terra", disse.
O Banco ABC Brasil previa um avanço de 0,30% do IBC-Br em outubro, abaixo do resultado de 0,77% (na série com ajuste sazonal), divulgado há pouco pelo Banco Central. "Foi uma notícia boa. Podemos dizer que o quarto trimestre começou com o pé direito", comentou.
Segundo ele, mesmo que o IBC-Br venha "zerado" em novembro e dezembro, o dado de outubro garantiria um PIB de cerca de 0,8% no quarto trimestre, na margem. "É uma boa indicação de que não haverá retração da economia ou crescimento nulo nos três últimos meses do ano", explicou.
O economista disse que projeta uma expansão de 0,5% do PIB no quarto trimestre, com viés de alta. "Pode haver alguma surpresa positiva na área de investimento", afirmou. A estimativa do Banco ABC Brasil para o PIB em 2013 é de 2,2%.
Revisão. O Banco Central revisou alguns dados do índice de atividade econômica calculado pela instituição, o IBC-Br, na série que desconsidera a sazonalidade da época. Em setembro, porém, o dado ficou estacionado em -0,01%. Para agosto de 2013, o dado passou de 0,09% para 0,03%. No caso de julho, houve revisão da taxa de -0,34% para -0,13%. Para junho, o IBC-Br foi revisto de 1% para 0,67%. Para maio, houve alteração de -1,48% para -1,35%. Já em abril, que até então já era o maior crescimento recente do índice, o ajuste foi de 0,92% para 1,38%.