Estudo
divulgado nesta quinta-feira (19) pela OIT (Organização Internacional do
Trabalho) com diversos indicadores socioeconômicos compilados mostra que, entre
2003 e 2009, a pobreza no Brasil caiu 36,5%, o que significa que 27,9 milhões
de pessoas saíram da condição nesse período. Segundo a OIT, são consideradas
pobres aquelas pessoas cuja renda fica abaixo de meio salário mínimo mensal per
capita.
“A
redução da pobreza entre os trabalhadores e trabalhadoras esteve diretamente
associada ao aumento real dos rendimentos do trabalho, sobretudo do salário
mínimo, à ampliação da cobertura dos programas de transferência de renda e de
previdência e assistência social – que contribuíram para o aumento do
rendimento domiciliar – e também pelo incremento da ocupação, principalmente do
emprego formal”, diz o documento da OIT.
A OIT
dedica especial atenção ao programa Bolsa Família, do governo federal. Segundo
o organismo internacional, entre 2004 e 2011, a cobertura do Bolsa Família
dobrou: passou de 6,5 milhões de famílias beneficiadas para 13,3 milhões, com o
investimento de R$ 16,7 bilhões em recursos só em 2011.
De acordo
com a Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe), o
Bolsa Família é o maior programa de transferência de renda condicionada da
América Latina em número de beneficiários – cerca de 52 milhões de pessoas, o correspondente
a quase a metade das 113 milhões de pessoas beneficiadas na região.
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Organização
Internacional do Trabalho