Resultado do mês passado cresce 18,31% em relação a junho e representa alta de 1,37% sobre o resultado apurado em julho de 2011, de 140.563 vagas formais
A economia brasileira criou 142.496 vagas formais de
trabalho em julho. O resultado é 1,37% superior ao registrado no mesmo
mês do ano passado, quando foram gerados 140.563 postos de trabalho. Em
relação ao último mês de junho, que teve 120.440 geradas, o aumento é de
18,31%.
Os dados do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego
(Caged) do Ministério do Trabalho foram divulgados nesta quinta-feira. O
resultado de julho acima abaixo da média das projeções apurada pelo
Valor Data, de 102 mil novas vagas no mês.
Em julho, foram registradas 1.753.241 admissões e
1.610.745 demissões, o que gerou um saldo positivo de 142.496 empregos. O
resultado é bem próximo ao mencionado pelo ministro do Trabalho,
Brizola Neto, que comentou alguns dados do Caged de julho mais cedo,
após participar do programa de rádio “Bom Dia, Ministro”.
No acumulado do ano foram gerados 1.232.843 postos de
trabalho com carteira assinada e, em 12 meses, o Brasil gerou 1.538.472
empregos formais.
Apesar dessa desaceleração, a geração de
empregos é uma das armas do governo para tentar estimular o crescimento
econômico do país, bastante afetado pela crise internacional.
A economia brasileira tem patinado nos últimos
meses. No primeiro trimestre, o PIB avançou apenas 0,2% na comparação
com o último trimestre do ano passado e o mercado acredita que a
expansão neste ano será de apenas 1,81%, de acordo com o relatório Focus
do Banco Central.
Por setores
O setor de serviços foi o segmento que
registrou maior número de novos postos de trabalho em julho, com criação
de 39.060 vagas formais, segundo o Caged.
De acordo com o ministério, o comportamento favorável do
setor de serviços teve base no crescimento do emprego em quatro
segmentos: alojamento e alimentação; comércio e administração de
imóveis; serviços médicos e odontológicos e serviços de transportes e
comunicação.
No segmento de serviços também foi registrada relativa
estabilidade no nível de emprego das instituições financeiras e queda no
emprego no ensino, por motivos sazonais, segundo o ministério.
Na construção civil, foram abertos 25.433 novos postos de
trabalho em julho e, na indústria de transformação, 24.718 vagas. A
agricultura teve a maior taxa de crescimento entre os setores na
comparação entre os meses de junho e de julho, com expansão de 1,42%, ou
23.951 novas vagas.
A indústria extrativa mineral e os serviços industriais
de utilidade pública registraram os segundos melhores saldos da série
histórica dos setores para julho, com criação líquida de 1.717 e 1.598
postos de trabalho, respectivamente.
A administração pública abriu 3.161 novas vagas formais, o
melhor desempenho para o mês de julho desde 2009, segundo o ministério.
Queda
De 12 setores da indústria de transformação, apenas o setor de borracha e fumo registrou recuo de emprego em julho.
O setor teve demissão líquida 1.899 postos de trabalho no
mês passado por conta de fatores sazonais relacionados à produção de
fumo na região Sul, segundo o ministério.
A indústria de produtos alimentícios foi o ramo
industrial que mais criou empregos em julho. Foram abertos 7.537 postos
de trabalho no mês passado. Em seguida aparecem calçados (4.335 vagas),
química (3.312) e têxtil (2.354).
Depois de registrarem saldos negativos nos
últimos meses, a indústria de material de transporte e metalúrgica
apresentaram criação líquida de 1.665 e 1.119 vagas, respectivamente.
* Com Reuters e Valor Online