"É somente na minha pessoa que reside o
poder soberano… é somente de mim que os meus tribunais recebem a sua existência
e a sua autoridade; a plenitude desta autoridade, que eles não exercem senão em
meu nome, permanece sempre em mim, e o seu uso nunca pode ser contra mim
voltado; é unicamente a mim que pertence o poder legislativo, sem dependência e
sem partilha; é somente por minha autoridade que os funcionários dos meus
tribunais procedem, não à formação, mas ao registro, à publicação, à execução
da lei, e que lhes é permitido advertir-me, o que é do dever de todos os úteis
conselheiros; toda a ordem pública emana de mim, e os direitos e interesses da
nação, de que se pretende ousar fazer um corpo separado do Monarca, estão
necessariamente unidos com os meus e repousam inteiramente nas minhas mãos."*
Essas palavras ditas aí em cima, caberiam perfeitamente
no atual momento de Joaquim Barbosa. A exposição exacerbada na midia, aliada a uma necessidade de provar que não chegou onde
chegou por ser negro, pela cota. Durante
esse julgamento vários artigos e comentários surgiram. A favor e contra. Não se pode negar um fato: houve
corrupção, há corrupção. Pode-se até aceitar que, daqui para frente os
conceitos mudem e passe a ser mais elástica a análise de lavagem de dinheiro,
peculato, etc. Mas não se pode rasgar a constituição. Está agora mesmo, no
congresso, em discussão, a alteração do código penal. Tornar, por exemplo,
desvio de dinheiro público hediodndo.
Leis se fazem no congresso. O juiz é soberano em, respeitando a lei, mostrar sabedoria.
O que Joaquim Barbosa está fazendo é ir além do
que diz a lei. Pode? Talvez, mas se perde ao querer “julgar o PT”. Não é o modo
de governar que está em julgamento. Não se pode agora, colocar no mesmo saco
TODAS as aprovações como se fossem fruto de votos comprados. Ele cita uma aprovação
que houve unanimidade. Então TODOS estavam comprados? (Aqui um parenteses: que
influir na politica, filie-se a um partido e vá fazer militância. Dar ordens do
trono, não vai poder).
Essa
semana levou uma “tunda” da Presidente DILMA. Poderia passar sem essa. Mas
outras afirmaçõe me assustam e me remetem ao que está escrito mais acima. Leiam
e comparem por exemplo com "projeto
do PT de perpetuar-se no poder" ou “a aprovação do marco regulatório do
sistema elétrico foi por UNANIMIDADE”. E por fim distorceu sentido do depoimento da presidente Dilma
Roussef,
Tudo isso para satisfazer a sua sanha
acusatória.
Não há o que contestar quanto aos ilícitos
praticados por dirigentes petistas. Mas Joaquim Barbos, hoje, repete o discurso
da midia golpista e da oposição. O governo do PT foi e é responsável,
inclusive, por sua indicação. Não por isso ele tem que defender. Mas usar os
exemplos que vem usando, das duas uma, ou ele pretende ser candidato a
Presidência da República, (tem todo o direito) ou, hoje, quer reviver o poder
absolutista de Rei e falar o que quer, ser o dono da verdade absoluta. Está
extrapolando. Indo além do que pode ir.
So falta dizer “ O Estado sou eu”
* Palavras de Luís XIV
Numa resposta aos
parlamentares franceses, deixou-nos um registro de seu pensamento
dizendo.