
O contrato custou R$ 5,3 milhões aos cofres públicos. De acordo com o processo, o documento foi assinado
em 2008, último ano de gestão do prefeito Cesar Maia, e previa a
"realização, organização e direção do desfile das Escolas de Samba do
Grupo Especial".
Entre as irregularidades
constatadas pelo MP-RJ está a duplicidade de remuneração à Liesa.
Segundo a ação, a contraprestação pelo serviço de organização do
Carnaval, há quase 20 anos, é fixada em um percentual sobre as receitas
auferidas com a venda de ingressos e da comercialização de produtos na Passarela do Samba.
Entre os réus também estão a Liesa; o presidente e o vice-presidente da Empresa
de Turismo do Município do Rio de Janeiro (Riotur) na época,
respectivamente, Luiz Felipe Bonilha de Souza e José Carlos Ferreira de
Sá; o presidente da Liesa, Jorge Luiz Castanheira Alexandre; e o
vice-presidente, à época, Nelson de Almeida.
Em caso
de condenação, a lei prevê o ressarcimento integral do dano, perda dos
bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, suspensão dos
direitos políticos de cinco a oito anos, além do pagamento de multa.