Existem várias formas de silêncio.
Muitos, mesmo sob tortura nada falam.
Alguns, na história, morreram em silêncio. Vítimas de ditaduras; das cruzadas;
prisioneiros de guerra.
O silêncio, nesses casos representou e
representa um ato de coragem, e principalmente de fidelidade.
Há o silêncio obsequioso exigido a um
subalterno da Igreja Católica. Padres, Bispos, Freiras já tiveram que se
submeter a esse tipo de silêncio. Requer obediência e respeito àquele que exige.
E tem que acreditar naquela instituição, ter fé!
Há o silêncio das massas. Esse é a
resposta há um fato marcante. Pode ser um silêncio de tristeza (gol do Uruguai
na Copa de 50) ou de subserviência (discursos de Hitler)
Esses silêncios podem ser seguidos de
uma grande explosão. Ou de choro, ou de júbilo.
Há o silêncio da fidelidade. Não se
quebra por nada. Se quebrado, pode causar uma catástrofe sem medidas. É preciso
muita força de vontade para exercê-lo. Ou uma dedicação total. Pode levar o silencioso
à morte. Morre em silêncio.
Há o silêncio da INTELIGÊNCIA. Àquele que
espera o melhor momento para ser quebrado. Pode ser com a mulher amada, ou
fruto de um momento de reflexão profunda.
Parece-me que é isso que LULA está
fazendo. O silêncio da INTELIGÊNCIA.
Aguarda o momento certo para ser
quebrado.
Não pode ser em resposta a uma calúnia.
Nem em justificativa torpe,
sem nexo. Só deverá ser quebrado após se esgotarem todas as perguntas e ilações
feitas quanto ao silencioso.
Tem que ser triunfal, arrebatador e
esclarecedor, o quebrar desse silêncio.
E LULA é o único nesse país que tem esse
direito. Por tudo o que fez por tudo o que passou e por tudo o que pode fazer.
Não foi a toa que o compararam a Ghandi,
que soube, como ninguém administrar o silêncio!