A
enfermeira que foi a vitima de trote na Inglaterra, foi encontrada morta em sua
casa. Suspeita-se de suicídio. O motivo, se for suicídio mesmo, pode ter sido o
fato de ser enganada por dois repórteres da Austrália, que se passaram pela Rainha da Inglaterra e pelo Principe
Charles. Ingenuamente, e de boa fé, passou a ligação para o quarto onde estava
a Princesa Kate. Os reporteres conseguiram "um furo" diz o jargão jornalistico.
A
alguns anos atrás, Diane, perseguida por paparazzis, em Paris, sofreu um
acidente fatal. Ela e seu namorado morreram fugindo da imprensa. Hoje lá existe
uma enorme peça dourada simbolizando o local da morte.
Essa
semana, aqui no Brasil, circulou foto montagem do Presidente LULA, abraçado a
Dona Marisa e a Ex-Secretária do Gabinete da Presidência em São Paulo, Sra.
Rosimere. A revista VEJA reproduziu num de seus blogs.
A
pouco tempo atrás, Carolina Dieckman foi
perseguida por um programa “humorístico” da TV. Teve que entrar na justiça, para mantê-los afastados de seu filho, traumatizado.
Não
posso deixar de citar a tentativa de invasão do quarto de hotel, por repórteres
da VEJA, na ansia de descobrir algo sobre José Dirceu.
Enfim,
total falta de limites, de respeito à pessoa humana.
Mas,
uma cantilena repetida em relação a crimes de colarinho branco poderia servir
aqui. A certeza da impunidade, faz com que pessoas continuem realizando
falcatruas.
Agora
mesmo no episódio da AP 470 (o mensalão do PIG) o”domínio do fato” serviu para
querer (sim, querem, ainda não conseguiram) mandar para cadeia pessoas sem as
provas necessárias, pelo simples discurso de que “tem que usar como exemplo”.
Será que a impresna e esses paparazzis, que vendem suas fotos para os grande
conglomerados, como denunciou na Globo o ator Pedro Cardoso, vão ficar sempre
impunes? Não será certeza de que ninguém vai preso, ou mesmo indiciado, como
se safou a poucos dias o “Caneta” (empregado do meu marido, segundo a esposa de
Cachoeira)?
Essa
certeza de que nenhuma punição acontecerá, foi que permitiu a VEJA fazer uma
covardia sem tamanaho com o Presidente LULA (de novo!), forjando uma entrevista, sem que nada
acontecesse, pois nada precisa ser provado.
Que
a morte dessa enfermeira inglesa nos leve a uma reflexão.
Será
preciso morrer alguém aqui no Brasil para que se comece a discutir um Marco
Regulatório dos Meios de Comunicação? Sim, porque a qualquer momento, alguém
pode se achar no direito de fazer justiça com as próprias mãos.
Pode ser até
um suicídio!
Mas
é isso que vai ter que acontecer?
De
quem será a responsabilidade?
Que
lei vão usar?
Já
passou da hora de se discutir isso!