Brasileiro ganha mais, na média, e mantém confiança na economia
Por Redação - de Brasília
O salário médio mensal dos brasileiros aumentou 2,4%, em termos
reais, entre 2010 e 2011, ficando em R$ 1.792,61 (3,3 salários mínimos).
Já o total de salários e outras remunerações aumentou 8%. Os dados
fazem parte das Estatísticas do Cadastro Central de Empresas (Cempre)
2011, divulgada nesta sexta-feira, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os maiores salários médios
foram identificados no Distrito Federal (6,3 salários mínimos), Rio de
Janeiro (3,9 salários mínimos), em São Paulo e no Amapá (3,8 salários
mínimos), e em Roraima (3,3 salários mínimos). As menores participações
ficaram no Ceará (2,3 salários mínimos), em Alagoas, na Paraíba e no
Piauí (2,4 salários mínimos).
O levantamento considerou o valor médio
anual do salário mínimo de R$ 510, em 2010, e de R$ 544, em 2011.
Regionalmente, o Sul e o
Sudeste, além do Distrito Federal, apresentaram os maiores valores
reais, no período de 2008 a 2011, enquanto as regiões Norte e Nordeste
apresentaram os menores valores. Apesar disso, o crescimento do salário
real foi mais elevado nas capitais das regiões Norte e do Nordeste do
país e mais baixo no Distrito Federal e nas capitais da Região Sudeste.
O estudo mostra também que as
empresas ativas no país em 2011 possuíam 5,6 milhões de unidades locais
(51,9%) na Região Sudeste, que concentrava também 51% das pessoas
ocupadas e 55,5% dos salários e outras remunerações.
A Região Nordeste
ficou na segunda colocação em pessoal ocupado total (17,9%) e, em
salários e outras remunerações, em terceiro lugar (14,1%). A Região Sul
foi a segunda quanto ao número de unidades locais (21,3%) e em salários e
outras remunerações (15,6%).
Ainda segundo o IBGE, entre
2008 e 2011, os salários médios mensais cresceram 8,7%, em termos reais e
o pessoal assalariado passou de 38,4 milhões para 45,2 milhões; foram
gerados 6,8 milhões de novos vínculos empregatícios, dos quais quase a
metade (46,8%) ocorreu em três seções, com destaque para o comércio,
reparação de veículos automotores e motocicletas (21,8%). Construção
representou 13,2% e atividades administrativas e serviços
complementares, 11,8%.
Alta confiança
Com aumento real de salários e
empregos, o Índice de Confiança do
Consumidor (ICC) da Fundação Getulio
Vargas (FGV) ainda se mantém em um patamar alto, mas voltou a cair em
maio ao recuar 0,4% na comparação com abril, ao passar de 113,9 pontos
para 113,4 pontos, informou a FGV nesta sexta-feira. Em abril, o índice
havia interrompido uma sequência de seis quedas seguidas ao manter-se
estável.
O Índice da Situação Atual (ISA) subiu 0,9%, passando de 121,6
pontos em abril para 122,7 pontos em maio. Mas o Índice de Expectativas
recuou 1,2%, de 109,6 pontos para 108,3 pontos no período. O quesito que
mede o otimismo com a situação financeira das famílias nos seis meses
seguintes foi o que mais influenciou a queda da confiança em maio,
segundo a FGV.
A parcela de consumidores
projetando melhora da situação financeira das famílias diminuiu de 41,3%
para 38,7%, enquanto a dos que preveem piora aumentou de 4,3% para
5,0%. Por outro lado, a proporção de consumidores que avaliam a situação
atual como boa aumentou de 24,2% para 24,6%. Já a proporção dos
consumidores que a julgam ruim diminuiu de 12,1% para 10,8%.
A inflação, que já chegou a afetar as vendas no varejo brasileiro, continua em patamar elevado e próximo do teto da meta do governo em 12 meses, de 6,50% pelo IPCA.
Crédito
O estoque total de crédito no
Brasil subiu 1,1% em abril ante março, chegando a R$ 2,452 trilhões, ou
54,1% do Produto Interno Bruto (PIB), informou o Banco Central nesta
sexta-feira.
O BC informou também que a taxa
de inadimplência no segmento de recursos livres ficou em 5,5% em abril,
estável em relação a março, enquanto o spread bancário fechou o mês
passado em 17,9 pontos percentuais também neste segmento. Em março, o
spread havia ficado em 17,7 pontos percentuais.