LULA e DILMA - inseparáveis. |
Oposição aguarda definição do ex-presidente com plano “B”
A possibilidade do
ex-presidente Lula voltar como candidato em 2014 está criando uma
expectativa nos partidos de oposição e alguns candidatos, inclusive,
poderão desistir da disputa majoritária e se contentar com as eleições
regionais. Muitas caravanas serão interrompidas e os palanques
itinerantes tomarão o rumo dos estados de origem desses candidatos.
Uma
ala do PT defende a volta do ex-presidente, mas a candidatura de Lula só
deverá ser discutida e ter uma definição mais concreta a partir dos
rumos da economia ao longo deste ano.
Enquanto Lula não se
manifesta, apesar de já ter descartado que seja candidato, os partidos
de oposição se mantém em estado de tensão permanente para, a qualquer
momento, alterar suas estratégias.
A guerra psicológica, no entanto, se
mantém acirrada e com todas as armas possíveis. Nesta segunda, o
Datafolha apontou como favorito ao governo de São Paulo o governador do
Estado, Geraldo Alkmin, que ganharia inclusive de Lula numa hipotética
disputa estadual.
O tucano teria em torno de 42% das intenções de voto e
o ex-presidente ficaria em segundo com aproximadamente 26%.
Não
seria surpresa se Alkmin vencesse Lula numa disputa pelo governo de São
Paulo, onde ainda predomina a opinião da elite midiática e onde se
localiza o centro financeiro do país, que trabalha contra qualquer
governo que não lhe facilite
os lucros.
Mas, é preciso levar em consideração que nas últimas
eleições presidenciais, para servir de exemplo, Dilma teve 46% das
intenções de voto em São Paulo, mas José Serra levou a disputa no Estado
com 54%. Números muito próximos que denotam uma clara divisão entre
tucanos e petistas.
Ainda como exercício, na eleição para a Prefeitura da capital, Haddad ganhou a disputa com 55% dos votos, sendo que a cidade
de São Paulo concentra cerca de um terço do eleitorado de todo o
Estado. Se em todas as disputas recentes até o momento aparece uma
divisão dos eleitores entre os dois partidos, a pergunta que se faz
diante dessa pesquisa é: como Alkmin poderia ter quase o dobro das
intenções de voto de Lula?