O Palácio do Planalto disse ter chegado a um entendimento com os
presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Henrique Eduardo
Alves, para a realização de um plebiscito com uma série de perguntas
sobre mudanças na legislação eleitoral, partidária e, eventualmente, em
trechos da Constituição relativa à organização política do país.
Essas perguntas serão definidas nos próximos dias, num esforço de diálogo capitaneado pelo Planalto.
Nos próximos dias os líderes dos partidos da base e da oposição serão
chamados para uma reunião ampliada com a presidente Dilma, segundo
informou o ministro Aloizio Mercadante (Educação), que participou da
reunião no fim da tarde desta terça-feira (25), no Palácio do Planalto.
“Há uma polêmica constitucional”, resumiu Mercadante, sobre a
possibilidade de uma assembleia constituinte. “A convergência se deu em
relação ao plebiscito.”
O Planalto agora corre, com o anunciado apoio da cúpula do Congresso,
para viabilizar o plebiscito de forma que mudanças na legislação
eleitoral sejam definidas até outubro, de forma que já passem a valer
nas eleições do ano que vem.
O primeiro passo será dado nesta quarta-feira (26), quando emissários
da presidente consultarão a presidente do TSE (Tribunal Superior
Eleitoral), ministra Carmen Lúcia.
O objetivo é saber quais datas seriam possíveis operacionalmente para a realização do plebiscito.
A ideia inicial do governo é fazer isso numa data simbólica, como o dia 7 de setembro.