Enquanto o PIG ladra, o Brasil só cresce!



Comércio mantém-se com maior proporção de empresas de alto crescimento (26,7%)
Em 2011, a seção comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas destacava-se com 26,7% das empresas de alto crescimento, seguida das indústrias de transformação, 23,3%, e construção (12,9%), as mesmas atividades que haviam se destacado em 2009 e em 2010. Em 2008, contudo, as indústrias de transformação estavam na primeira colocação, com 27,4% das empresas de alto crescimento, seguidas do comércio e da construção na segunda e na terceira colocação, respectivamente. Comparando a distribuição das empresas de alto crescimento em 2008 e em 2011, observa-se uma redução de 4,1 pontos percentuais na participação relativa das indústrias de transformação, que foi compensada pelo aumento da participação relativa principalmente em atividades profissionais, científicas e técnicas (0,8 ponto percentual), educação (0,8 ponto percentual), construção (0,7 ponto percentual) e atividades administrativas e serviços complementares (0,7 ponto percentual).

De cada 10 novos assalariados, seis são de empresas de alto crescimento
Apesar de representarem somente 0,8% das empresas brasileiras e 7,7% das empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas, as empresas de alto crescimento destacam-se na geração de empregos formais. O pessoal assalariado das empresas consideradas como de alto crescimento no ano de 2011 passou de 1,8 milhão de pessoas, em 2008, para 5,0 milhões, em 2011, o que representou um incremento de 175,5% e 3,2 milhões a mais de pessoas ocupadas. Neste período, o pessoal ocupado assalariado em todas as empresas aumentou 21,1%, passando de 27,0 milhões para 32,7 milhões de pessoas, 5,7 milhões a mais de pessoas ocupadas. Ou seja, as empresas de alto crescimento responderam por 56,2% do pessoal ocupado assalariado gerado a mais pela totalidade das empresas entre 2008 e 2011. Percentuais semelhantes foram observados nas empresas de alto crescimento em iguais períodos de anos anteriores, tendo sido de 58,2% entre 2007 e 2010, 59,6% entre 2006 e 2009 e 57,4% entre 2005 e 2008. Portanto, nos anos analisados, de cada 10 pessoas ocupadas assalariadas adicionais, seis estavam nas empresas de alto crescimento.

Do saldo de 3,2 milhões de pessoal ocupado assalariado adicional entre 2008 e 2011 nas empresas de alto crescimento, quatro atividades foram responsáveis por 74,2% ou 2,4 milhões de pessoas: as indústrias de transformação (23,2%), construção (18,0%), atividades administrativas e serviços complementares (17,0%) e comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (16,0%).

EMPRESAS COM PESSOAL ASSALARIADO: salário médio mensal é de R$ 1.578,27
Em 2011, o Cadastro Central de Empresas (Cempre) continha 4,5 milhões de empresas ativas. A idade média dessas empresas era de 9,8 anos. Do total de empresas ativas (4,5 milhões), 80,8% (3,7 milhões) eram sobreviventes, 19,2% eram entradas (871,8 mil), correspondendo a 14,6% de nascimentos (660,9 mil) e 4,6% de reentradas (210,9 mil). Já as saídas do mercado totalizaram 19,0% (864,0 mil empresas).

As empresas sobreviventes destacaram-se ainda no pessoal ocupado total (94,6% de 39,3 milhões de pessoas), no pessoal assalariado (97,0% de 32,7 milhões de pessoas) e nos salários pagos no ano (98,9% de R$ 660,2 bilhões). As empresas que entraram em atividade em 2011 foram responsáveis por um acréscimo de 5,4% no número de pessoal ocupado total, de 3,0% no pessoal ocupado assalariado e de 1,1% nos salários e outras remunerações. Já as empresas que saíram do mercado, representaram uma diminuição de 3,9% no pessoal ocupado total, 1,3% no pessoal ocupado assalariado e 1,2% nos salários e outras remunerações.

Em 2011, as 2,2 milhões de empresas com pessoal assalariado representavam 49,5% do total das empresas ativas. Dessas, 90,4% (2,0 milhões) eram sobreviventes, 9,6% eram entradas (216,0 mil), correspondendo a 8,0% de nascimentos (179,4 mil) e 1,6% de reentradas (36,6 mil). Já as empresas que saíram do mercado totalizaram 4,0% (90,7 mil empresas). As empresas sobreviventes destacaram-se ainda no pessoal ocupado total (96,5%), no pessoal assalariado (97,0%), no total de salários e outras remunerações pagos no ano (98,9%) e no salário médio mensal de 2,9 salários mínimos (R$ 1.578,27).

As empresas que entraram em atividade em 2011 foram responsáveis por um acréscimo de 3,5% no número de pessoal ocupado total e de 3,0% no pessoal ocupado assalariado e 1,1% nos salários e outras remunerações pagas e apresentaram salário médio mensal de 1,0 salário mínimo. Já as empresas que saíram do mercado, representaram uma diminuição de 1,5% no pessoal ocupado total, 1,3% no pessoal ocupado assalariado e 0,9% nos salários e outras remunerações, e tinham salário médio de 2,1 salários mínimos.

Os principais números sobre entradas, saídas e sobrevivência das empresas com pessoal ocupado assalariado, de 2008 a 2011, estão resumidos na tabela abaixo.

63,3% dos assalariados de empresas ativas eram homens
Em 2011, 63,3% do pessoal ocupado assalariado das empresas ativas e sobreviventes eram homens e 36,7% eram mulheres. Com relação ao pessoal assalariado vinculado à entrada de empresas no mercado em 2011, 62,4% eram homens, enquanto 37,6% eram mulheres. Com relação àqueles ligados às empresas que saíram do mercado, 59,5% eram homens e 40,5% mulheres.
Por nível de escolaridade, 90,0% do pessoal assalariado das empresas ativas em 2011 não tinham nível superior, enquanto 10,0% apresentavam nível superior. As empresas sobreviventes apresentavam 89,8% do pessoal assalariado sem nível superior e 10,2% com nível superior. Nas empresas que entraram no mercado em 2011, 94,6% do pessoal assalariado não tinham nível superior enquanto 5,4% tinham nível superior. Já entre aqueles ligados às empresas que saíram do mercado, 94,3% eram assalariados sem nível superior e 5,7% com nível superior.

Empresas com 10 ou mais pessoas têm maior taxa de sobrevivência (96,1%)
Os números apontam para uma relação direta entre o porte das empresas e a taxa de sobrevivência, pois, enquanto nas empresas com 1 a 9 pessoas ocupadas, esta taxa foi de 89,0% em 2011, para as empresas com 10 ou mais pessoas ocupadas, foi de 96,1%. Por sua vez, nos movimentos de entradas (nascimentos e reentradas) e saídas, a relação é inversa: as taxas nas empresas com 1 a 9 pessoas assalariadas nestes eventos foram de 11,0% e 4,7%, respectivamente, enquanto as empresas com 10 ou mais apresentaram taxas de 3,9% e 1,2%, respectivamente.

Comércio ocupa 30,9% do pessoal assalariado das empresas que entraram no mercado
Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas; indústrias de transformação e construção foram as atividades com as maiores participações relativas de pessoal ocupado assalariado, entre as empresas que entraram no mercado. Do total de 980,1 mil de pessoal ocupado assalariado vinculados às empresas entrantes, 303,1 mil (30,9%) estavam no comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas, 139,9 mil (14,3%) nas indústrias de Transformação e 171,2 mil na construção (17,5%). Do total de 410,4 mil de pessoal ocupado assalariado das empresas que saíram do mercado, 120,9 mil (29,5%) estavam no comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, 89,6 mil (21,8%) nas indústrias de transformação e 52,8 mil (12,9%) na construção.

As empresas que entraram no mercado em 2011 apresentaram, em média, aumento de 3,0% no pessoal ocupado assalariado. A taxa de saída, que revela a queda no pessoal ocupado assalariado, foi de 1,2%, o que mostra um saldo positivo de pessoal assalariado entre as empresas que entraram e saíram do mercado. As atividades econômicas que mais se destacaram nas entradas e saídas de empresas no mercado foram comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas com 95,7 mil e 45,2 mil empresas (44,3% e 49,8%), indústrias de transformação com 22,9 mil e 11,1 mil (10,6% e 12,2%) e alojamento e alimentação com 20,1 mil e 7,9 mil (9,3% e 8,7%), respectivamente. Com relação à sobrevivência, 49,9% das empresas sobreviventes em 2011 (1,0 milhão) estavam no comércio; 12,8% (260,2 mil) na indústria de transformação e 7,7% (156,3 mil) em alojamento e alimentação.

A taxa de entrada no mercado das empresas com pessoal assalariado em 2011 foi de 9,6%. Por atividade econômica, as maiores taxas de entrada foram observadas em construção (18,4%); outras atividades de serviços (12,5%) e agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (12,1%). Já as menores taxas de entrada foram observadas em saúde humana e serviços sociais (7,1%); indústrias extrativas e atividades financeiras (7,3%) e educação (8,0%) que são as atividades que apresentaram maiores taxas de sobrevivência de empresas, respectivamente 92,9%, 92,7%, 92,0%. Por sua vez, as maiores taxas de saída foram observadas em construção (5,8%); agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (5,0%); água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação (4,9%); outras atividades de serviços e alojamento e alimentação (4,5%). E as menores taxas de saída foram verificadas em eletricidade e gás (2,0%); saúde humana e serviços sociais (2,1%); atividades imobiliárias e atividades financeiras (2,5%).