Em julho, Índice de Preços ao Produtor (IPP) varia 1,19%
O Índice de Preços ao Produtor (IPP) variou 1,19%
em julho, em relação a junho último, e ficou abaixo da taxa observada
entre junho e maio (1,32%). Com isso, o acumulado no ano chegou a 2,77%, contra 1,56% em junho e o acumulado nos últimos 12 meses foi para 4,96%, contra 4,24% em junho.
O IPP mede a evolução dos preços de produtos na
"porta da fábrica", sem impostos e fretes, de 23 setores da indústria de
transformação. A publicação completa pode ser acessada em
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/ipp/default.shtm.
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/ipp/default.shtm.
Em julho/13, os preços das Indústrias de
Transformação variaram, em média, 1,19% quando comparados a junho/13,
número inferior ao observado na comparação entre junho/13 e maio/13
(1,32%). Os números de junho e julho de 2013 são os maiores observados
desde maio de 2012 (1,69%). Dezoito das 23 atividades apresentaram
variações positivas de preços, contra 19 do mês anterior.
As quatro maiores variações se deram em: outros produtos químicos (2,73%), fumo (2,62%), alimentos (2,57%) e produtos de metal (2,21%)e as maiores influências vieram de alimentos (0,50 p.p.), outros produtos químicos (0,30 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (0,10 p.p.) e produtos de metal (0,06 p.p.).
As quatro maiores variações se deram em: outros produtos químicos (2,73%), fumo (2,62%), alimentos (2,57%) e produtos de metal (2,21%)e as maiores influências vieram de alimentos (0,50 p.p.), outros produtos químicos (0,30 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (0,10 p.p.) e produtos de metal (0,06 p.p.).
O acumulado no ano (julho/13 contra dezembro de 2012)
atingiu 2,77%, contra 1,56% em junho/13. Neste indicador, as atividades
com as maiores variações percentuais foram fumo (9,71%), papel e
celulose (8,08%), têxtil (7,10%) e metalurgia (5,44%). Já os setores de
maior influência foram: outros produtos químicos (0,45 p.p.), metalurgia
(0,42 p.p.), papel e celulose (0,27 p.p.) e refino de petróleo e
produtos de álcool (0,24 p.p.).
Já o acumulado em 12 meses foi para 4,96%, contra
4,24% em junho. As quatro maiores variações de preços ocorreram em fumo
(11,70%), outros produtos químicos (10,55%), papel e celulose (10,26%) e
têxtil (6,97%) e as principais influências vieram de outros produtos
químicos (1,12 p.p.), alimentos (0,71 p.p.), refino de petróleo e
produtos de álcool (0,60 p.p.) e metalurgia (0,46 p.p.).
A seguir são analisados com mais detalhes nove
setores que, em julho encontravam-se entre os quatro principais
destaques em pelo menos um dos seguintes critérios: maiores variações de
preços, maiores influências, ambos nas três comparações: M/M-1,
acumulado no ano e M/M-12, e as principais ponderações.
Alimentos
em julho de 2013, na comparação com junho de 2013, os preços do setor cresceram, em média, 2,57% e, com isso, pela primeira vez no ano, o acumulado tornou-se positivo, 1,04%. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, a variação foi de 3,53%,o menor do ano e também o menor julho contra julho da série (15,25% em 2011 e 19,64% em 2012).
"Resíduos da extração de soja", "sucos concentrados
de laranja", "farinha de trigo" e "leite esterilizado /UHT/longa vida"
foram os quatro produtos de maior influência no resultado, respondendo
por 1,70 p.p. dos 2,57%.
Dos quatro produtos destacados em relação a junho, a
desvalorização do Real foi importante para os casos de "resíduos de
extração de soja", "sucos concentrados de laranja" e "farinha de trigo" —
mas, a geada no Sul, ao aumentar o preço do trigo, explicou em parte o
aumento da farinha. No caso de "sucos concentrados de laranja", além do
estímulo via câmbio, a produção menor nos EUA contribuiu para elevação
dos preços do produto. Já para "resíduos de extração de soja", num
mercado pouco ativo, o câmbio foi a principal explicação da elevação
percebida em julho. Pesa ainda sobre o setor leiteiro a oferta menor das
bacias leiteiras em período de seca, o que explica a elevação de "leite
esterilizado /UHT/longa vida".
Papel e celulose
em julho, a atividade teve sua quinta elevação seguida de preços e, desta forma, o acumulado no ano evoluiu para 8,08% — não superando, ainda assim, o seu equivalente no ano passado (o acumulado em julho de 2012 havia sido de 10,37%). Já o acumulado em 12 meses foi para 10,26%, valor mais expressivo desde fevereiro (12,26%).
A “celulose” está entre os produtos que mais
influenciaram o indicador, aparecendo nos indicadores mês contra mês
anterior, acumulado no ano e acumulado em doze meses.
Tais resultados foram significativamente impactados
pela combinação da valorização do dólar com o aumento dos valores
praticados nas exportações de celulose.
Refino de petróleo e produtos de álcool:
a atividade registrou variação de 0,92% em julho com relação a junho de 2013, invertendo trajetória negativa registrada desde maio. O setor acumula alta de 2,20% no ano, e de 5,57% em 12 meses.
Em termos de influência, em julho frente a junho, os
quatro produtos que mais pesaram neste indicador explicaram 0,86 p.p. de
0,92% de todo o setor, todos com viés positivo e ligados ao refino de
petróleo. O destaque ficou por conta de “querosenes”, que, apesar de
reverter trajetória negativa do mês anterior, vem se colocando como
limitante superior da curva de preços do setor para o caso do indicador
mensal. Em seguida, “naftas” apresentaram o primeiro ponto de elevação
dos preços desde março de 2013, refletindo o cenário de estabilidade
recente nos preços do mercado internacional em conjunto com apreciação
do dólar frente ao real. Completando os produtos em destaque, “óleo
diesel e outros óleos combustíveis” e “óleos lubrificantes básicos”
apresentaram trajetórias similares nos últimos meses.
Outros produtos químicos:
a
indústria química registrou em julho 2,73% com relação a junho, o
segundo mês consecutivo de elevação no nível de preços. No acumulado do
ano, o setor acumulou alta de 4,07%, e de 10,55% nos 12 meses.
Em se tratando dos valores de julho frente a junho,
os quatro produtos em destaque são provenientes de três grupos
distintos, todos com viés positivo. A química orgânica apresenta o
“etileno” e o “propeno”. Estes produtos petroquímicos básicos possuem
forte influência dos preços da nafta que, por sua vez, em julho voltou a
se posicionar em níveis positivos.
Após desaceleração nos preços desta categoria desde o
último trimestre de 2012, julho apresentou crescimento. A química
inorgânica registrou influência de “adubos NPK”. Por fim, o grupo de
resinas e elastômeros foi representado pelo “polipropileno“. Juntos, os
quatro somaram 1,64 p.p. (em 2,73%).
Metalurgia
em julho de 2013 o setor de metalurgia apresentou pela sexta vez no ano variação positiva de preços, 0,46% em relação a junho de 2013. Com esta variação, o setor de metalurgia acumula alta de 5,44% no ano - o maior, desde julho de 2010 (7,63%) e também a maior variação em 12 meses (5,94%) desde que o IPP começou a ser calculado (janeiro de 2010).Produtos de metal
os preços da atividade apresentaram, em julho, variação positiva de 2,21%, na comparação com o mês anterior, sendo a maior variação mensal observada para produtos de metal, nos últimos doze meses. Tal variação foi impactada pela apreciação do dólar frente à moeda brasileira, e esteve entre as quatro maiores observadas na indústria de transformação, cuja variação em relação a junho, como vimos, foi de 1,19%.
A atividade acumulou 4,63% no ano - também acima do
observado para a indústria de transformação no mesmo período (2,77%) - e
6,52% em 12 meses, também acima da observada na indústria de
transformação (4,96%). Os aumentos de preços observados no setor são
condizentes com os aumentos na metalurgia do alumínio ocorridos durante o
ano.
Comunicação Social
29 de agosto de 2013
29 de agosto de 2013