Nem o julgamento do mensalão, nem as manifestações de junho. Falharam
os dois canhões utilizados pela oposição e a mídia aliada para derrubar
a candidatura de Dilma Rousseff à reeleição em 2014.
No cenário mais provável da nova pesquisa Vox Populi, divulgada nesta
sexta-feira pela revista Carta Capital, Dilma tem 38%, mais do que a
soma dos seus principais adversários, que alcançam 36%, o que indicaria
vitória já no primeiro turno.
A principal novidade da pesquisa é que mais do que dobrou a vantagem
de Dilma sobre Marina Silva, que ficou com 19% e ainda não conseguiu
legalizar seu partido, a Rede Sustentabilidade: passou de 9 para 19
pontos porcentuais.
Atrás dela, vêm Aécio Neves, com 13%, e Eduardo Campos, com 4 %. No último Datafolha, divulgado no começo de agosto. Dilma tinha 35% e a soma dos adversários dava 47%. Agora, no Vox Populi, ela tem 38% contra 36%.
Atrás dela, vêm Aécio Neves, com 13%, e Eduardo Campos, com 4 %. No último Datafolha, divulgado no começo de agosto. Dilma tinha 35% e a soma dos adversários dava 47%. Agora, no Vox Populi, ela tem 38% contra 36%.
"O mesmo ocorre quando se substitui Aécio por José Serra na cabeça de
chapa do PSDB ou quando o paulista é incluído como opção do PPS. Serra
levaria os tucanos a 18% das intenções de voto, porcentual idêntico ao
de Marina, e Dilma permaneceria com 37%. Ou seja, não haveria mudança
expressiva", avalia Marcos Coimbra, presidente do Vox Populi.
A recuperação da popularidade da presidente, que antes dos protestos
de junho ficava acima dos 50%, e o fato de seus adversários disputarem
um mesmo eleitorado, podem explicar os ataques cada vez mais insanos e
histéricos a seu governo desferidos principalmente por colunistas e
blogueiros da grande mídia reunidos no Instituto Millenium, que ainda
não encontraram um candidato viável para chamar de seu.
Escreve Marcos Coimbra em sua análise na Carta Capital:
"No fundo, é o que interessa no jogo político jogado neste momento,
desde ao menos o instante em que ficou patente o fato de que o
julgamento do chamado mensalão, por si só, seria insuficiente para
provocar a derrota do "lulopetismo" na próxima eleição presidencial.
Ou alguém acredita que a nossa oposição, com suas ramificações nos partidos e no Judiciário e, em especial, por meio do seu núcleo nas grandes corporações de mídia, esteve em algum momento de fato preocupada com a renovação moral da política brasileira?"
Ou alguém acredita que a nossa oposição, com suas ramificações nos partidos e no Judiciário e, em especial, por meio do seu núcleo nas grandes corporações de mídia, esteve em algum momento de fato preocupada com a renovação moral da política brasileira?"
E faz outra pergunta, certamente dirigida aos que se arrependeram de
ter apoiado o golpe de 1964, e estão pondo a cabeça de fora outra vez,
agora com outras armas, já que mudar o poder pelo voto está difícil:
"Quais personagens que passaram os últimos 50 anos muito à vontade
com nosso sistema de dominação descobriram de repente seu amor pelo povo
e se tornaram democratas?”
Copiado da coluna de Ricardo Kotcho - O Balaio