by bloglimpinhoecheiroso |
Fernando Brito, via Tijolaço
Que
discurso pode descrever melhor do que esta foto do Ricardo Stuckert o
significado da reunião, na quarta-feira, dia 5, que marcou o início da
organização da campanha de reeleição?
Podem
escrever mil artigos, dizendo que um chia, que o outro critica, e que
reclamam, discordam, divergem. Em que, além do que é normal e saudável
entre dois seres humanos?
A
imagem tem a força, a sinceridade, a capacidade de convencimento que só
o que é muito sólido e uno é capaz de ter. Não é uma aliança, é uma
unidade.
Lula
e Dilma sabem que sequer pertencem a si mesmo, pertencem ao povo
brasileiro e a ele, só a ele, devem vassalagem e obediência.
Porque
não é apenas um causa, este danado do povo brasileiro, porque não é uma
teoria. É gente, riso, carne, choro, grito, suor, música, amor,
trabalho.
Repare
como isso se incorporou ao rosto de Lula e como já se infiltrou no
rosto antes sempre severo de Dilma. Não são atores teatrais, como a
gente vê tantos outros. São atores sociais, que representam camadas e
camadas sucessivas de brasileiros que sonharam tanto em ter, um dia,
dirigentes que olhassem por eles, com eles, como eles.
Os
idiotas pretensiosos acham que isso é idolatria, como acharam que era
com Getulio e outros, depois. Não, é simbologia, é a encarnação humana,
pessoal, em gente dos desejos que a gente tem e dos que nem sabe que
tem, mas tem.
É
isso, essa força do povo, que não é bruta, que não é má, que não é
triste o que as nossas elites não conseguem ter, porque são vaidosos e
egoístas.
São mesquinhos.
Sei que amanhã, na falta do que falar vão fixar dizendo: “Oh, mas uma reunião política na residência oficial da Presidência”.
Não
vou me dar ao trabalho de buscar e listar as dezenas ou centenas delas
que fizeram Aécio Neves no Palácio das Mangabeiras ou Eduardo Campos no
Campo das Princesas.
Não
vou estragar a magia deste instante, que tem tanto significado que
merece que façam silêncio para ser entendido em tudo o que representa.