Fundo de pensão: resposta ao jornal O Estado de S. Paulo

29.Abr.2014
jonais2.JPGLeia a reportagem "Fundo de pensão da Petrobrás teve déficit de R$ 7 bilhões em 2013" (versão online), publicada nesta terça-feira (29/04) pelo jornal O Estado de S. Paulo, e confira a resposta enviada ao veículo:

Pauta: Estou fazendo reportagem sobre o deficit no fundo Petros registrado em 2013 e gostaria de saber como a Petrobras faz o acompanhamento da administração do fundo. Pergunto isso porque a lei obriga a patrocinados e patrocinadores cobrirem o rombo, caso ele aconteça por três anos seguidos. Além disso, gostaria de entender o acordo que Petrobras fez com o fundo há uns dois anos para cobrir aposentadorias do plano Pre70. Tem outros acordos fechado com o fundo que aumentou os custos com o patrocinio? Quanto de recursos a Petrobras encaminha anualmente para o fundo?

Resposta:
A Petrobras faz o acompanhamento dos seus Planos patrocinados junto à Petros, além do que determina a legislação previdenciária brasileira e o estatuto da Fundação, procedendo o exame sistemático das Demonstrações Financeiras, Relatórios Atuariais, Relatórios de Auditorias e outros documentos pertinentes.

Com relação ao resultado do exercício 2013, trata-se de déficit técnico atuarial, no montante de R$ 2,8 bilhões, bem abaixo do limite legal de 15% da obrigação atuarial total de R$ 64 bilhões. Tal situação ocorreu por condições conjunturais de mercado, que afetaram o retorno anual da carteira de investimentos da Petros, assim como a de outros planos de previdência complementar.

De acordo com a legislação vigente, são necessários três anos consecutivos de situação deficitária para que a Petros tenha a obrigação de elaborar plano de equacionamento de déficit, através de cobertura com recursos contributivos de patrocinador e de participantes (patrocinados).

Referente ao Pré-70, em 2008 foi celebrado acordo judicial numa Ação Civil Pública que estabeleceu a Revisão atuarial dos valores pactuados pela Cia com a Petros em 2001, em relação a este grupo. 

Este acordo foi motivado para os propósitos de construção de um novo plano para os empregados que ainda não tinham plano de previdência patrocinado pela Petrobras, como também a resolução de questões estruturais e de equilíbrio atuarial do Plano Petros, a fim de dar-lhe maior solidez, em especial com a adoção do IPCA como índice de reajustes dos benefícios.

A companhia destinou em 2013, a título de contribuições regulares, R$ 542 milhões relativos ao Plano Petros e R$ 607 milhões ao Plano Petros-2, em ambos os casos acompanhando paritariamente o mesmo montante de contribuições realizado pelos respectivos participantes e assistidos de cada plano.