Minha sogra Ana Shirley faz uma observação que
quero trazer à reflexão de todos. A família dela era Presbiteriana. Num pais,
como o nosso, que se diz de maioria Católica, isso é uma dificuldade.
Principalmente há tempos atrás.
Ela conta que a mãe dela alertava para o
seguinte: qualquer atitude delas seria olhada com lente de aumento. Ou seja, “olha
só, depois diz que é cristã”. Isso pode até valer para quem diz que é católico,
mas muito mais era para quem fosse seguidor de outra religião.
Quando surgiu o PT, de baixo para cima,
trabalhadores sindicalistas, cristãos (maioria de católicos) e grupos
clandestinos de esquerda, o discurso e a proposta inicial era:
- combater a corrupção
- acabar
com os eternos políticos
- combater a troca de votos por dentadura e caixa d´água, etc
- combater o clientelismo e o voto de cabresto
Enfim, criou-se a expectativa de que, realmente
iria se fazer uma política nova, diferente de tudo o que havia até ali. Seria
UM PARTIDO DIFERENTE!
No início esse discurso nem foi levado muito a
sério.
Isso é impossível, vão bater lá e ser iguais
aos outros.
Aos poucos os parlamentares do PT foram
conquistando espaço, com sua postura mais radical e mostrando a população que
era possível que QUALQUER UM PODERIA FAZER POLÍTICA. Essa mudança foi
conquistada palmo a palmo. Até que na eleição de LULA ela se concretizou. Éramos
o maior partido do Congresso. Nossa credibilidade crescia, com algumas fraquezas aqui e
ali, natural em um ajuntamento humano, mas caminhávamos para a hegemonia da
sociedade.
Ai começam a reagir TODOS os outros partidos que
ficavam de fora.
A mídia todo dia dizia “o PT era um partido
como outro qualquer”. Tinha que ser destruída aquela imagem.
A primeira coisa que fizeram foi separar o PT
de LULA. Diziam que LULA era inteligente, um bom Presidente, mas tinha um
parido de “malucos” e que atrapalhavam. Não conseguiram.
Depois, como não conseguiram, vasculhavam qualquer
mal feito de parlamentares do PT (como disse normal em ajuntamentos humanos) e
punham na primeira página.
Para mim o ódio começa aqui. Era como os
cristãos que a mãe de minha sogra advertia “tá vendo, é do PT mas é igual aos
outros”. Uma desilusão para quem tinha colocado todas as esperanças em que algo
TOTALMENTE NOVO aparecesse.
Depois disso tudo, a artimanha dos corruptos que
pegaram alguns petistas corruptos e generalizaram. Criaram o “mensalão” e aí
começa o nosso martírio.
Um grupo apenas, que desonrou o PT, comprometeu
figuras como Genoino e Dirceu, que lutaram contra a ditadura e foram presos e
torturados. Esquece-se de tudo isso em, nome de um ódio que a direita prega.
Esse ódio da direita, sim se justifica. Ao
assumir o governo (e ainda não o poder todo) a direita está já a 12 anos sem
poder ficar à vontade. Vejam como regem a qualquer ideia para beneficiar o
povo.
A transformação do PT num “partido igual aos
outros” foi fundamental para a luta deles, demonizar o PT era preciso.
Mas, mesmo assim o PT ainda é o Partido que
mais inspira confiança. E olha que jornais, TVs e Rádios, TODO DIA batem em
nosso governo. Não admitem e não aceitam que, a política do
Brasil era uma antes do PT e outra depois do PT.
- militância
- campanha de rua
- programas de TV de alto nível
- Orçamento Participativo
- Participação popular
- qualquer uma pode ser político
- fim dos caciques do interior
- política social
- proteção do que é nosso.
- fim da síndrome dos vira latas.
Para fechar, esse ódio se agrava ainda mais
momento em que LULA é reconhecido no MUNDO todo como a maior liderança desse
pais.
Aí, para finalizar, fica aqui o que dizia Tom Jobim: “No Brasil, sucesso é
ofensa pessoal”.
Acredito que tanto ódio também venha daí.
Reflita!