09.Jul.2014
Leia as respostas enviadas à Reuters a respeito do índice de vazamentos de petróleo no mar no Brasil:
Pauta: Estamos fazendo matéria sobre vazamentos de
petróleo no mar, no Brasil. Um estudo feito pela Uerj, com base em dados
do Ibama, identificou que a indústria de petróleo brasileira deixou
vazar no mar, em acidentes, uma média de um litro de óleo para cada
349,594 mil litros de insumo produzido, entre 2008 e 2012. A bacia de
Santos é a grande campeã de vazamentos. Enquanto a Bacia de Campos
produziu 13,584 milhões de litros para cada litro derramado no mar,
Santos produziu apenas 33,314 mil litros para cada litro vazado em
acidentes.
Pergunta 1) A Petrobras confirma que registra mais vazamentos em Santos do que em Campos? Por quê?
Resposta: Não, a afirmação não se sustenta. No
período citado, as Bacias de Campos e Santos responderam,
respectivamente, por 58% e 10% do número de ocorrências da Petrobras,
diferença explicada pelo maior número de plataformas e embarcações em
operação na Bacia de Campos. Registre-se que, tanto na Bacia de Campos,
quanto na Bacia de Santos, há outras operadoras em atividade.
Os Planos de Emergências Individuais (PEI) das instalações da Petrobras
são estruturados com a mesma metodologia e qualidade, sendo todos
aprovados pelo órgão ambiental. Estes planos descrevem as estratégias e
estrutura de resposta aos incidentes para cada Bacia. Não existe
correlação entre PEI, incidência de vazamentos e volumes vazados.
A Petrobras investe de forma sistêmica, abrangente e contínua em
manutenção, segurança e prevenção de incidentes, conforme pode ser
constatado através dos nossos resultados que apresentaram melhorias no
período 2008-2013, sendo também melhores que a média das empresas
lideres no segmento.
Por
último, a Petrobras assegura que adota o mesmo rigor em seus
procedimentos em todas as áreas e instalações que opera, não havendo
distinção em razão do volume de produção e atividade desenvolvida.
Pergunta 2) A fase exploratória foi responsável por
mais de 90 por cento do petróleo jogado ao mar, entre 2008 e 2012, com
exceção de 2012, em que correspondeu a 80 por cento. É normal vazar mais
petróleo no período de exploração?
Resposta: No que se refere à Petrobras, esta afirmação
não é verdadeira. Não se pode chegar a essa conclusão a partir da
análise simples de números que consideram a atividade de toda a
indústria de petróleo no Brasil, pelos quais a Petrobras não pode
responder. Aparentemente, o autor do Estudo baseia-se em números globais
da indústria. Deve-se considerar também que parte das outras operadoras
no Brasil atua apenas na atividade de perfuração exploratória. Desta
forma, é natural que, no caso dessas empresas, o número de ocorrências e
o volume derramado tenham relação direta com esta atividade.
Pergunta 3) O que a Petrobras está fazendo para reduzir o volume de vazamentos no período exploratório?
Resposta: Os números da Petrobras mostram que a
empresa tem desempenho melhor que a média das empresas líderes do
segmento e, como se pode ver no Relatório de Sustentabilidade, a
companhia apresentou em 2013 o seu melhor resultado desde 2008, período
considerado pelo Estudo.
Este resultado é fruto de constante investimento em Segurança e Meio
Ambiente, resultado de cultura e valores existentes na Companhia.
Ainda assim, em 2012 foi criado o Plano Vazamento Zero, com o objetivo
de reduzir o risco de derramamento de óleo em suas operações,
consolidando um conjunto de ações adequadas às características
específicas das operações desenvolvidas em cada local. Essas ações
envolvem aperfeiçoamento da gestão, melhoria dos processos e garantia da
integridade dos equipamentos e instalações.
Além disso, mantemos padrões e procedimentos operacionais internos
rígidos para prevenir e, se necessário, mitigar incidentes e controlar
os riscos inerentes a nossa atuação.
Pergunta 4) Nas áreas exploratórias do pré-sal, há mais vazamentos de petróleo? Por quê?
Resposta: É absolutamente improcedente a afirmação de
que há mais vazamentos no pré-sal que nas demais áreas exploratórias da
Companhia. É importante lembrar que o volume de produção nas áreas do
pré-sal tem crescido exponencialmente, com recordes sucessivos de
produção e número de plataformas em operação, sem que haja maior
incidência de vazamentos nessas atividades. Ao mesmo tempo, na Petrobras
como um todo, verifica-se que o volume de óleo derramado tem diminuído
ao longo dos últimos anos, período em que a atividade nas áreas do
pré-sal foi incrementada. Neste ano de 2014, por exemplo, não houve um
único vazamento de óleo na Bacia de Santos, onde se concentra a maior
parte das atividades no pré-sal. Ademais, ainda que houvessem mais
vazamentos nas áreas do pré-sal, seria um equívoco vincular estas
ocorrências à camada geológica, pois os vazamentos, em sua imensa
maioria, ocorrem em instalações de superfície (plataformas e
embarcações). Mais detalhes poderão ser extraídos no Relatório de
Sustentabilidade 2013 da Petrobras (página 58), disponível em nosso
site.
OBS: A reportagem "Bacia de Santos, do pré-sal, tem índice de vazamentos 400 vezes maior que Campos" (online) foi publicada pela Reuters na última terça-feira (08/07).
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