A verdade nos libertará!

O maior problema é que, com esta confusão, falta de esclarecimento e desconhecimento da maioria das pessoas destes detalhes contábeis, inclusive de muito jornalista e órgão de imprensa e TV "mal informado" ou usando propositadamente de maldade na divulgação de noticias distorcidas, deram chance ao ESPECULADOR e derrubaram o preço das ações, além de mostrar uma empresa altamente endividada (para investir na exploração do pré-sal), quando na realidade, em relação ao patrimônio e ao potencial de faturamento com as jazidas existentes, este endividamento não é tão grande assim e perfeitamente viável seu pagamento.

As reservas da Petrobras divulgadas recentemente (VEJA LINK ABAIXO) são de 16 BILHÕES DE BARRIS, ativo da Empresa, por se tratar de concessões. Não estão consideradas ai as reservas decorrentes de contrato de partilha, como o PRÉ-SAL, onde, se considerarmos somente os 30% de participação mínima da Empresa garantidos em Lei até o momento, provavelmente teremos um número muito maior que este exclusivamente nessa nova área de exploração.

LEIA PRIMEIRO A REPORTAGEM ABAIXO e se desejar maiores informações  e entender melhor o assunto, sobre as reservas da Empresa, conforme critérios da ANP´, veja  Fato Relevante - Reservas Provadas da Petrobras em 2014, divulgado em janeiro pp. CLIQUE NO LINK ABAIXO:
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Para entender o balanço contábil da Petrobrás
Data: 01/04/2015
Fonte: Jornal GGN
Autor: Luís Nassif

O 57º Fórum de Debates Brasilianas, sobre as perspectivas do pré-sal, permitiram elucidar um dos nós dos problemas da Petrobras com as agências de rating.


Há dois modelos de exploração de petróleo: a concessão e a partilha.


Na concessão, faz-se o leilão pelo maior lance. Quem vence dá um lance pelas reservas e, depois, paga royalties sobre a produção. Como “comprou” a concessão, a reserva medida entra como ativo da empresa. 


Na partilha, em geral, paga-se em petróleo pela exploração do campo. Mas a reserva não é considerada ativo. Ou seja, entra no fluxo de resultados da companhia, na medida em que seja retirado, mas não como ativo.
Trata-se de uma mera questão contábil.
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Imagine duas empresas do mesmo tamanho, aplicando a mesma quantidade de recursos na exploração de dois campos, um pelo regime de partilha, outro pelo regime de concessão.
 

O esforço exploratório é o mesmo, assim como o capital investido e a receita de exploração.
No entanto, contabilmente no sistema de concessão a alavancagem – relação endividamento / patrimônio líquido será mais favorável à empresa que explora pelo regime de concessão.
 

Ora, a análise de risco visa orientar o investidor sobre a maior ou menos solidez das companhias. Não pode se prender a filigranas contábeis.
No caso da concessão, o ativo é calculado multiplicando-se as reservas medidas pela cotação do petróleo. No caso da partilha, teria que se estimar o fluxo futuro de produção do campo a uma determinada taxa de desconto.


De qualquer modo, seria um caso típico de medir situações similares com métricas diferentes. Se os campos da Petrobras fossem contabilizados como ativo, o balanço passaria em qualquer teste de alavancagem com louvor.
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Houve outras discussões sobre os critérios utilizados na avaliação da empresa.


PhD da área de petróleo e gás, assessor legislativo, ex-engenheiro da Petrobras, Paulo César Ribeiro Lima questionou a metodologia de reavaliação dos ativos da empresa – o chamado teste de impairment – efetuado no final da gestão Graça Foster.


Esse teste consiste em analisar o fluxo estimado de resultados de uma empresa – quando existem mudanças fortes no cenário – e lançar os resultados no balanço. 


Ou seja, se os ativos físicos da empresa estão contabilizados por, digamos, 100 e o teste o impairment avalia o resultado do fluxo em 40, a diferença tem que ser abatida no patrimônio líquido registrado em balanço. Foi o que fez com que a Abreu de Lima significasse uma baixa enorme no balanço da Petrobras.

O que Ribeiro Lima questiona é que avaliou-se a refinaria isoladamente e não na forma integrada com outras áreas da empresa. Com a Petrobras, Abreu e Lima se beneficia da terminais, dutos, transporte marítimo e toda a estrutura integrada. Em mãos de terceiros, não terá a mesma sinergia.
Essa integração garante a produção de diesel a 60 centavos de dólar o litro, contra um preço internacional de 1,35.
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O pano de fundo do seminário, porém, foi a demora em se solucionar a questão da Sete Brasil – a empresa formada para adquirir sondas.
Se não houver solução rápida, poderá levar de roldão toda a cadeia naval e seus fornecedores.