26/03/2015 14h14
Ivan Richard – Repórter da Agência Brasil
A Polícia Federal já apreendeu mais de R$ 1,3 milhão, em espécie, como parte
da Operação Zelotes, deflagrada na manhã de hoje (26) no Distrito Federal, em
São Paulo e no Ceará, em parceria com a Receita Federal, o Ministério Público
Federal e a Corregedoria do Ministério da Fazenda. Em apenas um dos 41 locais
onde foram cumpridos os mandados de busca e apreensão, foram encontrados R$ 800
mil em espécie.
Como o inquérito está sob segredo de Justiça, a Polícia Federal e a Receita
Federal não revelaram os nomes das empresas nem das pessoas envolvidas na
fraude. Informou-se apenas que estão sendo investigadas instituições
financeiras, como grandes bancos, empresas do ramo automobilístico, da
indústria, da siderurgia e da agricultura, além de dez integrantes do Conselho
Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) – o antigo Conselho de Contribuintes
da Receita, vinculado ao Ministério da Fazenda – e escritórios de advocacia e
de contabilidade.
A quadrilha, segundo a PF, fazia um “levantamento” dos grandes processos no
Carf, procurava empresas com altos débitos junto ao Fisco e oferecia
"facilidades", como anulação de multas.
“[A organização criminosa]
valendo-se da proximidade com alguns conselheiros nessa defesa de interesse
privado, algumas vezes, precisava de algum [pedido de] vista para trancar a
pauta, segurar um tempo para conseguir alguma outra medida judicial, e eles
vendiam esse pedido de vista”, explicou o delegado da Polícia Federal Marlon
Cajado, responsável pelo caso.
Segundo ele, os valores cobrados pela quadrilha variavam de acordo com a
ação em questão. “Em um caso específico que identificamos, estava em torno de
R$ 300 mil para fazer o exame de admissibilidade. Também observamos o pagamento
de R$ 30 mil, R$ 50 mil para um pedido de vista”, exemplificou.
De acordo com as investigações, iniciadas em 2013, estima-se que o esquema
criminoso que atuava no CARF tenha tentado fraudar, desde 2005, mais de 70
processos tributários, que podem acarretar prejuízo superior a R$ 19 bilhões
aos cofres públicos.
O delegado afirmou que, até o momento, foram identificados “indícios
veementes” da manipulação de cinco julgamentos já finalizados em que o Estado
foi lesado em quase R$ 6 bilhões. “Esta é uma das maiores, se não a
maior, organização especializada em crimes de sonegação do país”, ressaltou o
diretor de Combate ao Crime Organizado da PF, Oslain Santana.
A corregedora-geral do Ministério da Fazenda, Fabiana Lima, disse que, se
comprovada a existência de fraude nos processos já julgados, mesmo que eles
tenham caráter definitivo por se tratar da última instância recursal da esfera
tributária, eles poderão ser anulados. “Constatado o vício de legalidade, será
solicitada a revisão dos processos e serão submetidos a novo julgamento”,
disse.
Os envolvidos responderão pelos crimes de advocacia administrativa
fazendária, tráfico de influência, corrupção passiva, corrupção ativa,
associação criminosa, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
O termo
Zelotes, que dá nome à Operação, tem como significado o falso zelo ou cuidado
fingido. Refere-se a alguns conselheiros julgadores do CARF que não estariam
atuando com o zelo e a imparcialidades necessários.
Essa reportagem de março, durou mais algusn meses no noticiário e sumiu.
Os maiores interessado nesse sumiço são grandes empresários e banqueiros, envolvidos. Enq uanrto isso numa CPI comandado por um deputado dos tucanos, ataca os petistas.
Vejam os envolvidos:
- Gerdau
- RBS
- Cimento Penha
- J.G. Rodrigues
- Café Irmãos Julio
- Ford
- Banco Safra.
Além disso, foi também
investigado o envolvimento do Partido Progressista (PP).
No dia 26 de março
foram emitidos 41 mandados de busca e apreensão, sendo 24 em Brasília, 16 em
São Paulo e um no Ceará.
Então, daí em diante desapareceu do noticiário. Um escândalo de 19 bilhões de reais. Põe a "vaza jato" no chinelo.
Por que será que o Vazamoro, não se interessa por essa operação?
Porque vai chegar na Goebbels (rede de TV dos marinho)
Mas O Broguero não vai deixar esquecer.
Veja como funcionava o esquema, segundo o repórter Ivan Richard.
O termo 'zelote', do grego
ζηλωτής , transl.
zēlṓtḗs,
significa 'zeloso seguidor'. Historicamente, os zelotes constituíam uma seita e
partido político judaico (uma espécie de ala radical dos fariseus) que
preconizava Deus como o único soberano da nação judaica.
Assim, opunham-se
radicalmente à dominação romana - especialmente
aos impostos
cobrados por Roma - promovendo
ataques a romanos e gregos (fossem militares ou civis) ou mesmo a judeus
acusados de colaboracionismo. Sob instigação dos zelotes,
produziu-se a revolta da Judeia.