O que fazer com a Globo é um dos problemas mais difíceis da futura Democracia
publicado
18/10/2016
Ela fabrica super-heróis fajutos e intimida o Judiciário!
O Conversa Afiada tem o prazer de reproduzir do Segunda Opinião brilhante artigo do professor Wanderley Guilherme dos Santos!
O QUE FAZER COM A REDE GLOBO DE COMUNICAÇÕES?
O que fazer com o sistema globo de comunicação é um dos mais difíceis problemas a solucionar pela futura democracia brasileira.
A capacidade
de fabricar super-heróis fajutos, triturar reputações e transmitir
versões selecionadas e transfiguradas do que acontece no mundo, lhe dá
um poder intimidante a que se foram submetendo o Executivo, o
Legislativo e o Judiciário.
A referência aos três poderes
constitucionais da República resume a extensão do controle que o Sistema
Globo detém e exerce implacavelmente, hoje, sobre toda e qualquer
organização ou cidadão brasileiro.
Só ínfima proporção do povo desdenha
ser personagem de um fictício Brasil, nas páginas de seus jornais e
revistas, notícias radiofônicas e matérias televisivas. Ainda menor é o
número dos que não se abalam com a possibilidade de soçobrar nos planos
de perseguição e vingança do portentoso vozeirão do Monstro
comunicativo.
Nenhum juiz, político, servidor público, organizações do
bem ou do mal, passantes inofensivos e supostos detentores de direitos
posa de valente diante das bochechas do mau humor Global.
O Sistema
Globo de Comunicação superou as Forças Armadas e as denominações
religiosas, inclusive a inquisitorial Igreja Católica, na capacidade de
distribuir pela sociedade os terríveis sentimentos de medo, ansiedade e
inquietação.
Ele é a fonte do baixo astral e baixa estima dos
brasileiros e das brasileiras. O Sistema Globo converteu-se no gerente
corruptor e corruptível do medo político, econômico, social e moral da
sociedade brasileira, sem exceção.
Denunciar a gênese não contribui para elaborar eficiente estratégia de destruição do Monstro. Aliás, de que destruição se trata?
Denunciar a gênese não contribui para elaborar eficiente estratégia de destruição do Monstro. Aliás, de que destruição se trata?
O Sistema fabricou a mais abrangente e
veloz rede de transmissão de notícias, através de emissoras e
retransmissoras associadas, com comando centralizado e sem rival na
sofisticação de sua aparelhagem e na competência de seus operadores.
O
Sistema Globo de Comunicações é modelo de excepcionalmente bem sucedido
projeto de formação da opinião pública e de interpretação conjuntural
dos valores cívicos da nacionalidade. É ele quem cria os amigos e os
inimigos do País, mediante o controle, pelo medo, das instituições
políticas e judiciárias.
Com extraordinária reserva de recrutas
intelectuais e especialistas, está aparelhada para a defesa de qualquer
tese que a mantenha como proprietária praticamente exclusiva do poder de
anunciar, em primeira mão, o que é a verdade – sobre tudo e sobre
todos.
Não é esse poder tecnológico e de competência que deve ser destruído. Ao contrário, preservado e estimulado a manter-se na vanguarda da capacidade difusora de notícias e de valores, bem como em sua engenhosidade empresarial capitalista.
Não é esse poder tecnológico e de competência que deve ser destruído. Ao contrário, preservado e estimulado a manter-se na vanguarda da capacidade difusora de notícias e de valores, bem como em sua engenhosidade empresarial capitalista.
O que há a fazer é expropriar
politicamente o Sistema Globo de Comunicações, mantendo-o autônomo em
relação aos governos eventuais (ou frentes ideológicas de infiltradas
sanguessugas autoritárias), e implodir as usinas editoriais e
jornalísticas do medo e de catástrofes emocionais, restituindo isenção
aos julgamentos de terceiros. O Sistema Globo constitui, potencialmente,
excelente opção para um sistema público de notícias impressas,
radiofônicas e televisivas.
Politicamente expropriados da tirania
exercida sobre o jornalismo da organização, seus proprietários jurídicos
podem manter ações e outros haveres econômicos das empresas
conglomeradas, sem direito a voto na redação do futuro manual do sistema
público de comunicação.
Como está é que não pode ficar. Ou não haverá democracia estável no país.
Como está é que não pode ficar. Ou não haverá democracia estável no país.