A direção do Sindipetro Bahia recebeu de fontes seguras a
informação que a primeira refinaria do Sistema Petrobrás, inaugurada em
1950, e segunda maior refinaria do país em capacidade de processamento,
a Refinaria Landulpho Alves (RLAM), foi vendida para uma multinacional
petrolífera.
Segundo essas fontes, a gestão entreguista da Petrobrás vendeu 70% da
RLAM, restando à Companhia os 30% que a coloca na posição de acionista
minoritária.
Com isso, a gestão da refinaria, localizada na Bahia, passa
a ser feita pela nova empresa, que já começou a realizar levantamento
dos empregados lotados na unidade, o seu perfil, benefícios que recebem,
afastamentos, contratos existentes e quantidade de terceirizados.
Como se costuma dizer no mundo dos negócios, a venda teria sido feita
de porteira fechada, fazendo parte do pacote, o quadro de empregados e
todo o sistema logístico da RLAM (Terminal Madre de Deus, tubovias,
etc).
O coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, vem alertando para
a venda desses ativos desde a época que representava os empregados da
empresa no Conselho de Administração da Petrobrás.
“Denunciamos que a gestão da Petrobrás estava formatando o negócio Refino de forma que ficasse mais atrativo para os investidores.
“Denunciamos que a gestão da Petrobrás estava formatando o negócio Refino de forma que ficasse mais atrativo para os investidores.
E foi o que fizeram com as
refinarias agregando a elas os terminais marítimos, terrestres e
dutovias para que a empresa "parceira" tivesse maior interesse nesse
negócio, comprando não apenas refinarias e seu sistema logístico, mas
também o mercado consumidor que está cativo a essas refinarias.
No caso da RLAM, essa abastece o mercado do Norte e Nordeste e é responsável por 25% de toda a exportação de gasolina da Petrobrás, devido ao porte do Terminal Marítimo de Madre de Deus”.
No caso da RLAM, essa abastece o mercado do Norte e Nordeste e é responsável por 25% de toda a exportação de gasolina da Petrobrás, devido ao porte do Terminal Marítimo de Madre de Deus”.
“Agora, o negócio está sendo fechado sem nenhuma transparência,
trazendo grande insegurança para os trabalhadores lotados nessa
refinaria e lesando o patrimônio do povo brasileiro”, afirma Deyvid.
Parente está colocando o patrimônio da empresa (Refinarias, Campos de
Petróleo, Termelétricas, Liquigás, BR Distribuidora, FAFENs, PBio,
Gasodutos, GASPETRO...) em um saldão de negócios, correndo o mundo para
oferecer, ou melhor, entregar diversas unidades do Sistema Petrobrás à
iniciativa privada.
No começo do mês de maio, em evento da OTC (uma
espécie de Oscar que premia as empresas de petróleo), nos EUA, ele
apresentou o portfólio do parque de refino do Sistema Petrobrás,
anunciando o seu processo de privatização.
Até 2014, período em que foram ampliados investimentos na Petrobrás, a
RLAM chegou a ter 1.400 empregados próprios com um dos melhores Acordos
Coletivos de Trabalho do Brasil.
Isso foi um dos fatores que auxiliou o estado da Bahia, na última década, a aumentar a geração de riquezas, o consumo e o padrão de vida da população.
Isso foi um dos fatores que auxiliou o estado da Bahia, na última década, a aumentar a geração de riquezas, o consumo e o padrão de vida da população.
Na esteira do que tem sido
feito no governo Temer, Pedro Parente também aplica um golpe na vida dos
trabalhadores da Petrobrás: reduz o número do efetivo, tenta retirar as
conquistas obtidas pelos trabalhadores e, agora, com a privatização da
RLAM visa reduzir e precarizar o emprego e minar a melhora das condições
econômicas e sociais dos Petroleiros na Bahia.
Ações que visam barrar a venda da Rlam
O Sindipetro Bahia já está tomando medidas jurídicas, políticas e de
mobilização para enfrentar essa realidade, com a certeza de que este é
um ataque que atinge toda a categoria petroleira.
A diretoria já tem agendada uma reunião com advogados especialistas
no assunto para impetrar ações judiciais que visem barrar esse desmonte e
entrega do patrimônio público.
Também, já manteve contato com os deputados federais Jorge Solla e Nelson Pelegrino (ambos do PT), Daniel Almeida, Alice Portugal e Davidson Magalhães (todos do PC do B,) que se comprometeram a fazer a denúncia na Câmara e pedir a abertura de uma CPI para investigar as vendas dos patrimônios do Sistema Petrobrás, que estão sendo feitas, por debaixo do pano, sem publicidade ou transparência, como determina a Lei de licitações.
Também, já manteve contato com os deputados federais Jorge Solla e Nelson Pelegrino (ambos do PT), Daniel Almeida, Alice Portugal e Davidson Magalhães (todos do PC do B,) que se comprometeram a fazer a denúncia na Câmara e pedir a abertura de uma CPI para investigar as vendas dos patrimônios do Sistema Petrobrás, que estão sendo feitas, por debaixo do pano, sem publicidade ou transparência, como determina a Lei de licitações.
A diretoria entende que a Defesa da Petrobrás deve ser ampliada para
outros setores da sociedade, como os movimentos sociais, representantes
da indústria nacional e também de parlamentares nacionalistas de outros
partidos políticos.
A direção, também, está cobrando uma reunião com o governador da
Bahia, Rui Costa, para que ele se posicione contra o desmonte do Sistema
Petrobrás, tão importante para o desenvolvimento do Estado.
O Sindipetro Bahia pretende buscar imediatamente a construção da
unidade nacional da Categoria Petroleira e de seus sindicatos na defesa
da RLAM, do Sistema Petrobrás e da Soberania Nacional. Logo que a
empresa confirme, colocando pública a venda da RLAM, irá pleitear junto
ao Conselho Deliberativo da FUP e seus sindicatos filiados a realização
de uma greve nacional da Categoria Petroleira.
Infelizmente, quando a negociação for concretizada, os trabalhadores e
trabalhadoras da RLAM não terão opções.
Muitos postos de trabalho serão perdidos, assim como todos os funcionários vão passar a pertencer aos quadros da nova empresa.
Para Deyvid, “se os petroleiros e petroleiras não tomarem consciência da gravidade do assunto, podem sim, serem demitidos e perderem inúmeros benefícios conquistados”.
Para ele “o momento é de união para que possamos nos fortalecer, enfrentar e resistir”.
Muitos postos de trabalho serão perdidos, assim como todos os funcionários vão passar a pertencer aos quadros da nova empresa.
Para Deyvid, “se os petroleiros e petroleiras não tomarem consciência da gravidade do assunto, podem sim, serem demitidos e perderem inúmeros benefícios conquistados”.
Para ele “o momento é de união para que possamos nos fortalecer, enfrentar e resistir”.
A principal saída para barrar esse saldão e a Petrobrás voltar a ser o
que era, é fazer o enfrentamento a essa política privatista com
denúncias, mobilizações, bem como com luta e resistência da categoria
através de um movimento paredista de âmbito nacional, com unidade do
movimento sindical e apoio dos Movimentos Sociais.
Vamos construir a maior greve da história da Categoria Petroleira!