O jornal,
antes de definir Bolsonaro como o pior, lista outros três líderes ao seu
lado: os presidentes do Turcomenistão, Belarus e Nicarágua. Para que se
tenha uma ideia do que estamos falando, vale lembrar que o chefe de
Estado da Belarus disse que frequentar saunas poderia ser eficaz no
combate ao vírus; o ditador do Turcomenistão proibiu o uso da palavra
coronavírus e o presidente da Nicarágua não aparece em público há mais de
um mês. É ao lado dessa gente que Bolsonaro é visto ao redor do mundo.
Isso
pode surpreender os grandes jornais brasileiros ou quem ainda insiste em
toda semana dizer que "Bolsonaro ultrapassou todos os limites".
Não, ele não ultrapassou todos os limites semana passada quando foi a uma
padaria ou mês passado quando chamou a doença de "gripezinha".
Os limites de Bolsonaro nunca existiram. Com coronavírus ou não, a
presidência dele sempre significou risco para milhões de brasileiros.
Desde o
início da pandemia nossa cobertura tem mostrado tudo aquilo que o governo
deseja esconder sem meias palavras, sem medo de quem quer que seja. E sem
aliviar para figuras como o Ministro da Saúde, aquele que comprou
máscaras superfaturadas de empresário bolsonarista, como já mostramos.
Sim, Mandetta só parece razoável porque qualquer um é razoável ao lado do
pior líder de Estado do mundo.
O
editorial do Post surpreende quem está disposto a fechar os olhos para a
realidade em nome de migalhas econômicas ou das tais reformas que só
favorecem grandes empresários. Quem lê o Intercept sabe exatamente onde estamos e para aonde
vamos.
Você
pode confiar que continuaremos reportando com firmeza e um tanto de
ousadia nesse momento crítico. Estamos trabalhando bem acima da nossa
capacidade. Não parar, não se ajoelhar e não temer é nossa maneira de
executar a mudança que queremos: desejamos cada vez mais revelar o que
eles querem esconder da população.
Por isso eu te pergunto: o que você quer mudar na
sociedade? Se a sua luta também é por verdade, você pode fazer algo hoje.
O jornalismo livre e rebelde depende diretamente de pessoas como você.
Um abraço,
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