Marina Silva vem da classe trabalhadora, representa interesses da classe trabalhadora e luta contra os desmandos do capitalismo na sua região de origem. Com todos os equívocos que ela cometeu em sua trajetória, mesmo assim não se pode negar a legitimidade de Marina como representante popular.
O episódio de ontem no Parlamento não pode ser resumido a machismo ou misoginia, mesmo que machismo e misoginia não sejam pouca coisa. O que se viu ontem foi o exercício de desqualificação típico da luta de classes quando ambientada em cenários palacianos. Machismo e misoginia, no caso, foram apenas ferramentas, armas usadas nesse confronto dos interesses da classe dominante contra os interesses da classe trabalhadora, ou seja, da esmagadora maioria de nós. Se o ambiente fosse outro, a floresta por exemplo, as armas seriam outras, de verdade, de fogo.
Lembrem-se: a argumentação identitária é uma armadilha da direita. Ainda nos anos 60 e 70 do século vinte o poder militar ensinava aos agentes de repressão que o comunismo era a favor das drogas, do divórcio e contra a família e os valores cristãos. Eles sempre usaram esse tipo de difamação para demonizar a esquerda e assustar a população. Reduzir a luta à gramática do identitarismo é levar essa luta para um ringue em que a direita se sente mais forte.
Não se esqueçam: sempre é LUTA DE CLASSES.
Alexandre Lemos
Alexandre Lemos | |
Compositor - Leninista
Formado pela UFF
28/05/2025