Morre Jaguar, um dos últimos do Pasquim!

 

 

 

247 - O cartunista Sérgio de Magalhães Gomes Jaguaribe, conhecido como Jaguar, morreu neste domingo (24), no Rio de Janeiro, aos 93 anos. 

A informação foi confirmada por familiares ao g1. O artista estava internado no hospital Copa D’Or, onde tratava de uma pneumonia.

Jaguar foi um dos nomes mais marcantes da imprensa alternativa brasileira. 

Em 1969, participou da criação do jornal satírico O Pasquim, publicação que se destacou pela postura crítica e irreverente durante os anos de ditadura militar.

 Trajetória nas artes gráficas e na imprensa

Jaguar iniciou sua carreira muito jovem, aos 20 anos, como desenhista da revista Manchete, em 1952. A partir daí, construiu uma trajetória sólida, marcada pela colaboração em jornais e revistas como Senhor, Civilização Brasileira, Pif-Paf e Tribuna da Imprensa.

Ele também foi responsável por trabalhos icônicos na televisão. Na TV Globo, criou as vinhetas animadas do tradicional “Plim Plim”, marca registrada da emissora e lembrada até hoje por várias gerações.

Parcerias e reconhecimento

Ao longo da vida, Jaguar trabalhou lado a lado com grandes nomes da cultura brasileira, como Ziraldo, Henfil e Millôr Fernandes. Essa geração de artistas consolidou um estilo de humor crítico, que dialogava diretamente com os desafios políticos e sociais da época.

Além do trabalho em periódicos, Jaguar também se destacou como escritor, lançando livros como Átila, você é Bárbaro e Ipanema, se não me falha a memória, em que misturava humor, memórias e observações afiadas sobre a sociedade carioca.

Memórias e irreverência

Mesmo em entrevistas mais recentes, Jaguar mantinha o espírito irreverente que o consagrou. Em uma de suas lembranças, ele relatou, entre risos, um episódio envolvendo Millôr Fernandes e Chico Buarque:“O Millôr jogou tudo que tinha na mesa em cima do Chico, errou e acertou no garçom”.