(Foto: Valter Campanato/ Arquivo Agência Brasil) |
Candidatura de Serra agradaria ao governador Geraldo Alckmin, que teria prometido um amplo arco de alianças
São Paulo - O que era apresentado como um exemplo de democracia interna do PSDB vem perdendo força entre os dirigentes do partido. A bancada de deputados estaduais do partido na Assembleia Legislativa de São Paulo divulgou, nesta quarta-feira (15), uma nota apoiando o fim das prévias para escolha do candidato tucano para as eleições municipais em São Paulo e a nomeação de josé Serra como candidato natural do partido.
O texto sai em favor da candidatura do candidato derrotado à Presidência em 2010 com o argumento de que já ocupou cargos importantes e de que foi "amplamente testado e aprovado pela população paulista nas urnas, não tem que disputar prévias internas do partido".
A Rede Brasil Atual já havia noticiado, em meados de janeiro, que líderes paulistas do partido davam como certa a candidatura de Serra no pleito municipal. A atitude contraria o discurso pró-democracia interna aventado pelo presidente estadual do PSDB, Julio Semeghini, e pelos quatro pré-candidatos do partido - Andréa Matarazzo (Secretário Cultura), Bruno Covas (Secretário Meio Ambiente), Ricardo Trípoli (deputado federal) e José Anibal (Ex-senador) -, que garantiram, incondicionalmente, a realização das prévias.
Na nota, a bancada tucana garante que enxerga a grandeza dos que pleiteiam a candidatura e fala em unidade no partido. "Temos a certeza que vamos seguir unidos para defender o que é melhor para a capital do nosso Estado", diz um trecho da divulgação.
A candidatura de Serra agradaria ao governador Geraldo Alckmin (PSDB), que teria, em encontro na última semana com o ex-governador Alberto Goldman, manifestado que vai trabalhar pela formação de um amplo arco de alianças. Existe ainda a possibilidade de que o prefeito Gilberto Kassab (PSD), afilhado político do tucano, deixe de lado a negociação com o PT para fechar uma coligação. A candidatura do ex-governador de São Paulo ainda interrompe momentaneamente o flerte que vinha acontecendo entre Kassab e o PT.
Só resta saber se, eleito, vai assinar outro papel dizendo que não vai largar no meio do caminho. Alô paulistas!
Paulo Morani