Ricardo Teixeira esconde seu nome de empresa vinculada a propinas, diz jornal

Antes de possivelmente deixar o cargo de presidente da CBF depois de 23 anos, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, teria feito uma manobra para ocultar suas ligações com a Sanud, empresa por meio do qual teria recebido propina da empresa de marketing ISL. A informação é dada pela ‘Folha de S.Paulo’, nesta sexta-feira.
Segundo o jornal, Teixeira transformou a RLJ Participações, empresa responsável por suas operações financeiras, de sociedade aberta em grupo de ações fechadas, sem que a composição societária tenha que ser conhecida. Assim, o nome do cartola não estaria ligado à Sanud, sediada no paraíso fiscal de Liechtenstein.
Em 2010, o repórter da BBC Andrew Jennings acusou o presidente da CBF e seu ex-sogro e ex-presidente da Fifa, João Havelange, de terem recebido propina da ISL. Só Teixeira teria recebido US$ 9,5 milhões. Jennings divulgou documentos nos quais a Sanud e mais duas pessoas aparecem como recebedores do dinheiro, mas os nomes são mantidos em sigilo pela Justiça da Suiça. O presidente da Fifa, Joseph Blatter, promete revelá-los.
Teixeira respondeu por meio de sua assessoria de imprensa que a Sanud já foi extinta e disse que as mudanças da RLJ foram legais.
Investigação barradaOutro jornal, o ‘Lance!’, publica hoje que advogados de Teixeira barraram uma investigação realizada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro sobre a participação do dirigente em participações em crimes contra o sistema financeiro nacional e lavagem de dinheiro.