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Uma das empresas que teve o seu nome citado, mas não estava diretamente ligada à fraude constituiu advogado para obter cópia integral do processo já que o nome da empresa havia aparecido no Fantástico como dando cobertura a uma empresa que seria vencedora da licitação. Depois de tentar sem sucesso obter cópia na Polícia Federal por via administrativa, ingressou na Justiça para ter acesso ao processo. Aí vem a primeira surpresa.
Foi informado por um delegado da Polícia Federal depois de uma sessão de constrangimento, que não podia lhe entregar cópias do processo, pois o mesmo estava na TV Globo. A Justiça determinou então que o processo retornasse à Polícia Federal e fosse fornecida a cópia do processo. Vejam vocês, o processo estava na TV Globo.
Novamente a empresa solicitou desta vez à TV Globo as fitas brutas com as gravações completas, já que o material exibido tinha sido editado. Para surpresa do autor do requerimento e numa risível mentira porque todo mundo que trabalha em Comunicação informou saber que é impossível, a TV Globo que já havia apagado as fitas originais. Aliás, isso já foi divulgado amplamente pela mídia e foi motivo de chacota no meio jornalístico.
Algumas perguntas precisam ser respondidas para não desmoralizar uma instituição séria como a Polícia Federal.
O que estava fazendo o inquérito da Polícia Federal na sede da TV Globo?
Por que a TV Globo se recusa a entregar a fita bruta com as gravações na íntegra onde aparece o nome de todos os envolvidos?
Por que a Polícia Federal direcionou as investigações somente para um grupo de empresas e não para todas?
A situação está deixando a sensação de uma de grande armação no ar.
O que não se pode aceitar é a associação do empresário mafioso Arthur César Soares Filho, o Rei Arthur com a TV Globo e com policiais federais, para atingir concorrentes mesmo que esses sejam igualmente mafiosos.