Isadora Faber é intimada após sua professora a
denunciar por difamação. Docente de português da Escola Maria Tomázia Coelho registrou BO. Estudante catarinense prestou depoimento na Delegacia de Polícia.
Isadora Faber foi intimada na segunda-feira (17) (Foto: Reprodução) |
Na tarde de terça-feira (18), a estudante catarinense Isadora Faber prestou depoimento na 8ª Delegacia de Polícia de Florianópolis.
Sua professora de português na Escola Maria Tomázia Coelho registrou um
boletim de ocorrência por calúnia e difamação e, assim, a criadora da
página 'Diário de Classe' foi intimada na segunda-feira (17).
A garota de 13 anos postou em sua página no Facebook o boletim de
ocorrência e relatou que foi com o seu pai à delegacia pela primeira
vez, mas que todos lá a trataram muito bem. "Estranhei pois para mim o
assunto já estava encerrado desde início do mês, quando ela me pediu
desculpas", disse Isadora na página. A menina afirma que aceitou o
pedido de desculpas e que inclusive publicou isto no 'Diário de Classe'.
O motivo da intimação seria o fato de Isadora ter postado no dia 24 de
agosto um recado no Facebook dizendo que a professora teria feito uma
aula sobre política e internet para humilhá-la na frente dos colegas.
"Ela falava que ninguém podia falar da vida dos professores, porque nós
podíamos ter feito muitas coisas erradas pra eles odiarem", disse na
mensagem. Isadora e seus pais foram chamados na época pela diretora da
escola para esclarecer o que aconteceu e a professora teria se
desculpado.
Isadora criou página no Facebook para mostrar os problemas da escola (Foto: Joana Caldas/G1 ) |
Isadora também escreveu em sua página que na última aula de português a
professora pediu para que todos os alunos lessem as questões 8 e 9 do
regimento interno do colégio. O documento proíbe qualquer aluno de
levantar injúria ou calúnia contra colegas, professores ou funcionários,
inclusive por meios eletrônicos, como a internet e celulares.
"Eu estava olhando em casa e lendo inteiro, então bem abaixo do que ela
falou estava uma parte para professores 'Sócioeducativa' dizendo que
quando algo acontece algo com aluno, tem que encaminhar o caso para
MPSC, não sofri nenhuma medida sócioeducativa, fui parar direto na
delegacia mesmo. Acho que ela deveria ler o regimento também", escreveu a
garota.
De acordo com o delegado responsável, o caso deve ser encaminhado para a
Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente e Mulher. Procurada pelo G1, a professora disse que não vai se pronunciar sobre o caso.