Vejam, abaixo,requerimentos para convocação de de Gurgel e Policarpo
Isabela Vilar e Anderson Vieira
Depois de ter as reuniões suspensas durante o mês de
setembro, a CPI do Cachoeira volta aos trabalhos nesta terça-feira (9)
com o depoimento do deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) e a votação
de requerimentos. Entre os pedidos a serem apreciados estão convocações
e quebras de sigilo de empresas supostamente ligadas à organização
criminosa que Carlinhos Cachoeira é acusado de comandar.
Já o depoimento de Carlos Leréia está marcado para a terça-feira (9),
às 15h. Investigação da Polícia Federal apontou ligação do deputado com
a organização de Cachoeira. De acordo com as investigações, Leréia
teria recebido dinheiro da organização. Além disso, teria alertado
Carlinhos Cachoeira sobre uma operação policial e usado o cartão do
contraventor para fazer compras.
Em entrevistas concedidas após as denúncias, o deputado se declarou
amigo de Cachoeira e negou ter ligação com a exploração de jogos
ilegais. O deputado se mostrou disposto a falar, mas, convocado pela CPI
para depor no início de setembro, enviou um ofício com a informação de
que não poderia depor “em virtude de importantes e inadiáveis
compromissos pessoais”.
Novas convocações
Atualmente, 504 requerimentos
aguardam o exame dos membros da CPI. Na lista, há pedidos para a
convocação do ex-ministro das Comunicações, Hélio Costa; de Antônio
Pires Perillo, irmão do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB); e
do deputado e ex-tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff à Presidência,
José de Filippi Júnior (PT-SP), que teria pedido ao Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) uma relação de
empreiteiras, possíveis doadoras à campanha petista em 2010.
Também há dois pedidos, protocolados nesta semana, para a
convocação do presidente da Associação Nacional das Empresas de Obras
Rodoviárias (Aneor), José Alberto Pereira Ribeiro. Os parlamentares
querem apurar denúncia de fraude em licitações por meio da combinação
prévia entre as empresas. Outros pedidos que podem ser apreciados pedem a
convocação de sócios de empresas apontadas como “laranjas” da
organização.
Quebras de sigilo
Várias dessas empresas podem ter os sigilos bancário,
fiscal e telefônico quebrados. As empresas Galula Empreendimentos e
Participações e Diluca Hotelaria e Turismo também podem ter o sigilo
fiscal quebrado. De propriedade do secretário de Planejamento de Goiás,
Giuseppe Vecci, as empresas teriam emprestado mais de R$ 1,2 milhão a
Marconi Perillo, em 2007 e 2008. Os valores, no entanto, não teriam sido
devolvidos, o que pode indicar uma tentativa de dissimular crescimento
patrimonial.
Além disso, há pedidos de informações a empresas que
teriam recebido dinheiro da Delta Construções, requerimentos à Receita
Federal para a obtenção de endereços de computadores que enviaram
declarações de imposto de renda e pedidos de compartilhamento de
informações. A reunião administrativa está marcada para a quarta-feira
(10), às 10h15.
Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
AQUI OS REQUERIMENTOS SOLICITANDO A PRESENÇA DE GURGEL E POLICARPO JR.
É obrigação da CPMI convocá-los