A pergunta que não cala é: como algo que está sob sigilo pode ter acusações a LULA e Palocci? Quem viu? Quem divulgou? O Prevaricador Geral da República, que é o Bôbo da Corte de Dom Joaquim Barbosa I?
Leiam aqui. Investigadores disseram. Quais? Quem teve acesso e divulgou? É o 5º turno das eleições. O baróes midiáticos atacam Cristina Kirchner, LULA, DILMA e quem ousar atravessar o caminho deles. NÃO VÃO LARGAR O OSSO DE JEITO NENHUM!
MAS NÃO PASSARÃO!
Valério cita Lula e Palocci em novo depoimento ao MPF sobre o mensalão
Dida Sampaio/AE
"Valério formalizou o pedido para sua inclusão no programa de testemunhas enviando um fax ao Supremo"
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Empresário
condenado como o operador do mensalão, Marcos Valério Fernandes de
Souza prestou depoimento ao Ministério Público Federal no fim de
setembro. Espontaneamente, marcou uma audiência com o procurador-geral
da República, Roberto Gurgel. Fez relatos novos e afirmou que, se for
incluído no programa de proteção à testemunha - o que o livraria da
cadeia -, poderá dar mais detalhes das acusações.
Dias depois do
novo depoimento, Valério formalizou o pedido para sua inclusão no
programa de testemunhas enviando um fax ao Supremo Tribunal Federal. O
depoimento é mantido sob sigilo. Segundo investigadores, há menção ao
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao ex-ministro Antonio Palocci e
a outras remessas de recursos para o exterior além da julgada pelo
Supremo no mensalão - o tribunal analisou o caso do dinheiro enviado a
Duda Mendonça em Miami e acabou absolvendo o publicitário.
Ainda
no recente depoimento à Procuradoria, Valério disse já ter sido ameaçado
de morte e falou sobre um assunto com o qual parecia não ter
intimidade: o assassinato em 2002 do então prefeito de Santo André,
Celso Daniel.
A "troca" proposta pelo empresário mineiro, se
concretizada, poderá livrá-lo da prisão porque as testemunhas incluídas
no programa de proteção acabam mudando de nome e passam a viver em local
sigiloso tentando ter uma vida normal. No caso da condenação do
mensalão, Valério será punido com regime fechado de detenção. A pena
ultrapassou 40 anos - o tempo da punição ainda poderá sofrer alterações
no processo de dosimetria. O empresário ainda responde a pelo menos
outras dez ações criminais, entre elas a do mensalão mineiro.
Ressalvas.
Os detalhes do depoimento, assinado por Valério e pelo criminalista
Marcelo Leonardo, seu advogado, são tratados com reserva pelo Ministério
Público. O empresário sempre foi visto por procuradores da República
como um "jogador". Anteriormente, chegou a propor um acordo de delação
perante o ex-procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza -
autor da denúncia contra o mensalão -, mas, sem apresentar novidades, o
pedido foi recusado.
O novo depoimento pode ser, na avaliação de
procuradores, mais uma manobra estratégica a fim de ele tentar se livrar
da severa punição imposta pelo STF.
Por isso, as informações e novas acusações estão sob segredo.
O
Ministério Público analisará se abre ou não novo processo para
investigar a veracidade dos dados. Gurgel ainda avalia se aceita ou não
incluir Valério no programa de proteção a testemunhas.
O advogado
de Valério não quis comentar o assunto num primeiro momento. Depois,
disse: "Se essa matéria for publicada e o meu cliente for assassinado
terei que dizer que ele foi assassinado por causa dessa matéria. Não
tenho outra opção".
O envio do fax ao STF com o pedido de proteção
foi confirmado na terça-feira passada, pelo presidente da Corte,
ministro Carlos Ayres Britto. "Chegou um fax. Não posso dizer o conteúdo
porque está sob sigilo."
O pedido foi destinado ao gabinete do
relator do processo do mensalão, ministro Joaquim Barbosa, e encaminhado
para análise da Procuradoria-Geral.
Os novos relatos feitos por
Valério não terão efeito imediato na ação do mensalão. As penas
continuarão a ser aplicadas. Eventualmente, caso haja um acordo de
delação premiada num novo processo, o cumprimento da pena pode ser
revisto e até diminuído, a depender da Justiça.