"Eu
sou eu e minha circunstância" Ortega y Gasset.
Assim
é que vejo, hoje, a história de Miro Teixeira. Criado por Chagas Freitas, e na
época, citado como herdeiro do “chaguismo”, no Rio, Miro fo candidato a Governador
pelo PMDB, em 1982. Concorrendo com Brizola (PDT) e Moreira Franco (PDS) teve, papel fundamental no chamado
“Episódio PROCONSULT, uma das muita
histórias de interferência da Rede Globo, nas eleições. No auge da “contagem
de votos” Miro foi abordado por uma repórter da Globo, que queria ouvir dele,
uma declaração, provavelmente de congratulações a Moreira Franco. Miro disse
que só falaria se fosse “ao vivo”, no que foi prontamente atendido. Léo Batista
acabara de dar o resultado da apuração, dizendo que Moreira Franco estava à
frente das apurações, mas ressaltando que não haviam sido ainda, computados, os
votos da capital, numa clara preparação para o golpe. A repórter (não recordo quem era) entra, então ao vivo, com Miro, anunciado inclusive por Léo Batista.
Miro toma a palavra, é jornalista sabemos todos, e diz ”gostaria de parabenizar o Sr. Leonel de Moura Brizola, pela sua vitória nessa eleição. Lhe desejo boa
sorte”. A repórter completamente sem ação encerra a chamada.
Aquilo
soou como uma bomba e um alerta no comando da campanha de Brizola. Miro era seu adversário
mais forte e aquilo não era normal.
Dai
então o comando decide chamar a imprensa internacional e Brizola diz a célebre frase “só
perco por fraude”.
Horas
depois, foi anunciado um “tilte” no computador da PROCONSULT, e ao ser retomada
a contagem, Brizola estava eleito.
O
tempo passou Miro foi para o PDT. Tornou-se
o deputado federal mais votado no Rio.
Esteve
no PT, até o escândalo do mensalão, e hoje, de volta ao PDT, espanta por sua
postura em defesa de Policarpo Jr. e de não aceitar que se convoque jornalistas
a CPMI, sendo um dos responsáveis pelo esvaziamento dessa que poderia ser a
chance de pegar o “caneta” e outros “chumbetas” com a boca na botija.
Quais
as circunstância de Miro Teixeira?
Não sei dizer. Apenas temos que lamentar
agora, um tal, “relatório” paralelo que será entregue, com a sua assinatura.