Na coluna de LUCIANO SIQUEIRA
A turma do contra parte de uma premissa
tão simples quanto falsa: o Brasil é inviável; logo, tem que sair tudo errado.
Por consequência, se a despeito da crise
global – que afunda na incerteza e na regressão social “os que dão certo”,
feito os países centrais da Europa -, resistimos e vamos em frente, os arautos
do pessimismo sapecam defeito em tudo, todos os dias, a todo instante.
Quanto pior, melhor – porque assim pode
surgir ambiente favorável à oposição, ávida por uma brecha por onde possa
inviabilizar a continuidade do projeto nacional em curso.
Um dos fatores determinantes do cenário
do pleito presidencial vindouro é o despenho da economia.
A maioria do eleitorado tende a votar em
defesa do que está estabelecido, desde que esteja lhe favorecendo.
E o crescimento econômico brasileiro,
apesar de fragilidades e distorções, tem incorporado milhões de brasileiros ao
sistema produtivo e ao mercado.
Vale dizer, tem melhorado a vida de
muita gente.
É
o que apavora os do contra, que se inquietam com a informação divulgada (sem nenhum
alarde) de que, segundo o presidente Luciano Coutinho, os desembolsos do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) nos primeiros três meses
deste ano alcançaram R$ 37,2 bilhões, crescendo 52% na comparação com mesmo
período do ano passado.
Segundo ele, “este foi o melhor primeiro
trimestre da história do BNDES e que este desempenho mostra expressiva
recuperação dos investimentos na economia brasileira.”
A indústria compareceu em 36% dos
desembolsos, com R$ 13,5 bilhões e alta de 109% em comparação com o total do
mesmo período do ano passado.
As micro, pequenas e médias empresas
absorveram R$ 15,1 bilhões, mais de 50% em relação ao primeiro trimestre de
2012, revelando dinamismo na microeconomia.
Outra informação que desgosta a turma do
contra diz respeito à pressão inflacionária.
É verdade que o Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dos últimos 12 meses ultrapassou em março o
teto da meta de inflação estabelecido pelo governo.
Segundo o IBGE, atingiu 6,59%, mais do
que os 6,5% da meta, sobretudo em razão da alta dos preços dos preços dos
alimentos e da moradia.
Mas a previsão é de que esse índice caia
nos próximos meses.
O otimismo se baseia no IPCA de março,
que ficou em 0,47%, contra 0,60% em fevereiro – menos do que os 0,5% esperados
pelo mercado. E vem aí uma safra agrícola generosa, reduzindo a pressão sobre
os alimentos.
Ouça as rádios, veja o noticiário na TV,
leia o blogueiros do contra: alguém se deu ao trabalho de comentar essas
informações? Nada!
As miriams, os kennedys, sardenbergs e
noblats fazem de contas que não leram.
E prosseguem a cantilena pessimista e a
defesa tendenciosa e comprometedora em favor da alta dos juros como medida
heroica (sic) anti-inflacionária.
A serviço do setor rentista, que resiste
aos esforços do governo por uma política de juros que favoreça o financiamento
da produção, estimule o consumo e continue alargando o mercado interno.
Mas, como diria o amigo Epaminondas, não
adianta tapar o sol com a peneira. Entre o fetiche midiático e a realidade
concreta do seu dia a dia, o povo sabe de que lado está.