Barroso defende financiamento público de campanha

Um juiz tolerante.
Da Redação
Após breve intervalo em sabatina ainda em curso na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Luís Roberto Barroso, indicado para vaga de ministro no Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu a redução dos custos de campanhas eleitorais.
 A audiência começou às 10h20.

Barroso se disse favorável ao financiamento predominantemente público de campanha, com a possibilidade de contribuição apenas por pessoa física, com teto máximo, e proibição para financiamento por pessoas jurídicas.

– No topo de reforma política deve estar o barateamento das eleições. Muitos problemas estão relacionados a custo de campanha – disse, ao responder a questionamento do senador Eduardo Suplicy (PT-SP).

O indicado ao Supremo concordou com o senador sobre a necessidade de adoção de mecanismos de controle de doações e de gastos e disse ser o sistema proporcional com lista aberta muito caro e que dificulta o controle de gastos.

Provocado por pergunta do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), Barroso não quis opinar sobre a polêmica em torno da criação de tribunais federais nos estados por emenda constitucional, sem que tenha havido demanda do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O indicado, no entanto, disse acreditar que o debate que deverá ocorrer sobre o tema colocará de um lado os que dizem ser a medida inconstitucional por ter havido vicio de iniciativa e, de outro, os que afirmam que vício de iniciativa não alcançaria emenda à Constituição.