Delfim Neto minimiza críticas de revista inglesa 'The Economist'

Ironia de revista é rebatida com bom humor: 

“não se pode dar confiança aos seus conselhos”

Mauricio Athayde
A publicação irônica da revista britânica The Economist, sugerindo a saída do cargo do ministro da Fazenda, Guido Mantega, teve hoje uma análise do ex-ministro Antonio Delfim Neto tão ou mais irônica e com um bom humor de fazer inveja em inglês. 

Segundo Delfim, a The Economist é uma publicação de grande importância, quer se goste dela ou não, mas possui duas características que lhe são peculiares: é extremamente pretensiosa e tem uma ironia doentia. “Portanto, não se pode dar confiança aos seus conselhos e sugestões”, afirma ele.

Delfim Neto diz que a The Economist  é uma revista que se diverte quando alguém a leva a sério e, ressalta ele, é justamente o que está acontecendo aqui no Brasil. “Nosso grande problema é a ingenuidade”, completa o ex-ministro. 
Delfim diz que a 'The Economist' é uma revista que se diverte quando alguém a leva a sério
Delfim diz que a 'The Economist' é uma revista que se diverte quando alguém a leva a sério
Para Delfim, essa evidência em que se encontra o Brasil tem uma explicação nada bem humorada e muito menos irônica. Segundo ele, o que incomoda o sistema financeiro internacional é que as taxas de juros no país estão baixas. “Quando tínhamos uma taxa altíssima, o Brasil era o queridinho do mundo. Agora, certamente não temos a mais alta do mundo, mas ainda assim é elevada e isso não satisfaz a especulação internacional”, analisa Delfim Neto.