A RNEST, unidade de refino em construção em Pernambuco, atingiu em maio
o avanço físico de 87,9%. Até a data de partida de seu primeiro trem de
refino, prevista para novembro de 2014, diversos sistemas entrarão em
operação ao longo do ano, atendendo ao sequenciamento de partida da
planta.
Confira o que já foi iniciado:
• Operação dos sistemas de utilidades, que vão suprir a refinaria com
água industrial para geração de vapor, energia elétrica e ar comprimido.
• Entregue a primeira torre de resfriamento, que faz parte do sistema de circulação de água de processo.
• Iniciada a operação dos sistemas de distribuição de energia elétrica
nas instalações industriais, com a energização de diversas subestações,
incluindo a subestação de entrada.
• As caldeiras a óleo combustível foram acesas em maio e estão em fase
de pré-operação. O vapor gerado nas caldeiras estará disponível na
entrada das unidades de processo a partir de agosto.
Os próximos sistemas a entrarem em pré-operação serão a rede de gás
natural e o acendimento definitivo da tocha principal, em agosto. No
extramuros, os dutos que interligam a Refinaria ao porto de SUAPE com o
início do recebimento de petróleo entrarão em pré-operação também em
agosto.
Quanto às unidades de processo, a pré-operação da unidade de Destilação
Atmosférica está prevista para iniciar em setembro e as demais
(Coqueamento Retardado, Hidrorrefino e Geração de Hidrogênio) têm seu
início de pré-operação previsto para outubro, culminando com a partida
do primeiro trem de refino em novembro.
Conheça a RNEST:
Em 2014, 34 anos depois de construir a última refinaria do parque de
refino brasileiro, colocaremos em operação a Refinaria Abreu e Lima em
Pernambuco. Com isso, aumentará em 230 mil barris de petróleo por dia de
operação (bpod) a capacidade nacional de refino. A RNEST será o nosso
conjunto refinador com a maior taxa de conversão de petróleo cru em
diesel. Sua capacidade de conversão será da ordem de 70%, o que
significa que a cada 100 barris de petróleo cru processados, 70 barris
de diesel serão produzidos. A produção de diesel da RNEST representará
cerca de 19% do volume consumido de diesel no Brasil.
A RNEST viabiliza o atendimento da demanda de derivados da região Norte
e Nordeste com redução do nível de importações e de custos na logística
do abastecimento. A refinaria ocupa uma área de 6.200.000 m2, o
equivalente a 826 campos de futebol.
A RNEST, ao integrar-se às demais unidades de refino da Petrobras,
contribuirá para a otimização operacional e logística do parque de
refino nacional. Com seu sistema flexível de processamento, baseado em
dois trens de refino, a refinaria poderá receber tanto cargas de
petróleo pesado nacional, de menor valor, quanto cargas de petróleo mais
leve, liberando as demais unidades do parque de refino para processar
outros tipos de petróleo mais convenientes e atrativos para a Petrobras.
Um parque de refino maior significa maior produção e melhor
distribuição de derivados.
Porto de Suape, já adaptado e ampliado para as operações da RNEST
Fases do projeto da RNEST
O ciclo de vida típico de um projeto de investimento de grande porte é dividido em cinco fases:
1. Avaliação de Oportunidade;
2. Projeto Conceitual;
3. Projeto Básico;
4. Execução; e
5. Início de Operação e Encerramento.
Alterações e aprimoramentos são comuns nas três fases iniciais, antes
da conclusão do projeto básico e aprovação da construção.
Este processo
de configuração e definição da refinaria, que começa com a Fase 1
(Avaliação de Oportunidade), com o projeto ainda na “prancheta”,
passando pela Fase 2 (Projeto Conceitual), termina com a aprovação da
Fase 3 (Projeto Básico), que autoriza o início das obras de construção e
montagem eletromecânica das instalações industriais. O desenvolvimento
do projeto em fases de aprovação permite incorporar as evoluções do
escopo que, progressivamente elaboradas, tornam o projeto robusto e
previsível, de acordo com premissas técnicas e requisitos de negócio
alinhados com o nosso Plano de Negócios e Gestão.
Todas essas fases são
acompanhadas de estudos de viabilidade técnica, econômica, financeira e
ambiental (EVTE) que sustentam o prosseguimento do projeto. Ao longo
da Fase 4 (Execução) a refinaria já inicia algumas de suas atividades
operacionais. De forma concorrente, inicia-se então a Fase 5, que
inclui o encerramento do projeto e início das atividades eminentemente
operacionais, viabilizando os resultados do negócio que justificou sua
implantação.
Grandes empreendimentos, como refinarias, demandam investimentos para
implantação de modificações e ajustes em sua configuração original,
mesmo após o encerramento dos projetos que os conceberam.
Estas
modificações e ajustes objetivam manter as refinarias operacionalmente
atrativas e, incluem, por exemplo, implantação de mudanças para atender
novas cargas de petróleo, alterações para atender as evoluções na
demanda de mercado em relação à quantidade e qualidade dos derivados,
bem como obras de adaptação para manter a refinaria e suas unidades de
produção e processamento atualizadas tecnologicamente e em estreito
atendimento aos requisitos ambientais em constante evolução. Sem
exceção, todas as refinarias da Petrobras passaram por modificações e
ajustes desta natureza. No caso da RNEST, este cenário se repete.
Na sua concepção inicial, em 2005, compatível com o objetivo da Fase 1
(Avaliação de Oportunidade), o projeto da RNEST possuía grau de
definição suficiente para a elaboração de uma estimativa de custo
preliminar, pois estavam disponíveis apenas informações como capacidade,
perfil de processamento e localização da planta. A partir da aprovação
da Fase 1, com o desenvolvimento das Fases 2 e 3, foram promovidos
ajustes inerentes aos requisitos de negócio, bem como incorporados a
evolução do escopo e o detalhamento das obras de infraestrutura
necessárias à operação da RNEST.
Este processo evolutivo permitiu
incrementar o grau de definição do projeto, sendo possível promover
ajustes nas estimativas de custo, tornando-as mais próximas da realidade
de mercado naquele momento e, consequentemente, incrementando sua
previsibilidade. Depois de cumpridas as Fases iniciais, as obras da
infraestrutura industrial foram aprovadas em 2009, dando início às
atividades de construção eletromecânica em 2010.
2005 – A RNEST da fase de avaliação de oportunidade
A produção de derivados a partir do petróleo envolve, basicamente, três processos principais:
1. Destilação – Processo que visa separar derivados contidos no petróleo;
2. Conversão – Processo que visa produzir mais derivados nobres a partir de derivados mais pesados e de menor valor;
3. Tratamentos – Processos para adequar os derivados à qualidade exigida pelo mercado.
O conjunto de unidades e equipamentos envolvidos sequencialmente nesses processos é chamado de “Trem de Refino”.
Trem de refino típico (destilação + conversão + tratamento)
Inicialmente concebida com um único trem de refino, com capacidade de
processar 200 mil bpod, a RNEST foi estimada em US$ 2,4 bilhões. Esta
concepção inicial, que justificou o início da Fase 2 (Projeto
Conceitual) e não o início de sua construção, foi estimada com base nas
seguintes premissas:
1. Base de preços com referência em unidades no Golfo do México (EUA), tradicional polo da indústria petrolífera;
2. Capacidade de refino de 200 mil bpod, com base em unidades de processamento de grande porte;
3. Utilização de câmbio a R$ 3,00/US$;
4. Estimativas preliminares e com baixo grau de definição das obras
necessárias para infraestrutura (água, energia elétrica, tanques, dutos,
estradas, entre outros) e baseada em métricas de obras de adequação e
ampliação de capacidade (obras de REVAMP).
2009 – O projeto básico da RNEST aprovado para construção
Ao longo da Fase 2 (Projeto Conceitual), e especialmente na Fase 3
(Projeto Básico), a concepção inicial da refinaria evoluiu e sofreu
modificações. As principais modificações, que foram incorporadas a cada
fase com base em seus respectivos estudos de viabilidade técnica,
econômica, financeira e ambiental (EVTE), incluíram:
1. Adequações para atender à demanda de qualidade dos derivados – A
necessidade de atender à produção de diesel S10 com revisões nas
unidades de processamento e respectivas unidades de utilidades e
auxiliares.
2. Incremento da capacidade de processamento – Inicialmente concebida
para processar 200 mil bpod a RNEST passou a ter capacidade de processar
230 mil bpod.
3. Incorporação de novas unidades – A RNEST passou a ter unidades de
abatimento de emissões para atender exigências ambientais, bem como
sofreu otimizações para menor dependência energética, com menor consumo
de utilidades (energia, vapor e água).
4. Decisão por dois trens de refino independentes, viabilizando
flexibilidade na utilização de variados tipos de petróleo, inclusive o
venezuelano, com maior confiabilidade operacional e fator de utilização
das unidades.
5. Detalhamento de obras da infraestrutura extramuros – Foram incluídas
obras necessárias à operação da refinaria, que incluíram construção e
duplicação de rodovias e adaptações e ampliação da infraestrutura do
porto de Suape.
Configuração com dois trens de refino (destilação + conversão + tratamento)
A partir da conclusão da Fase 3 e aprovação de sua construção, a RNEST
teve a estimativa de seus investimentos atualizada para US$ 13,4
bilhões, incorporando a evolução do escopo, as variações cambiais e o
aquecimento do mercado fornecedor de bens e serviços com base de custos
atualizada. Assim, a concepção inicial da refinaria, avaliada em US$ 2,4
bilhões, deixou de ser referência, pois não teve sua configuração
validada.
Junho de 2014 – A refinaria em construção
A configuração da Fase de Projeto Básico da RNEST, que teve sua
construção aprovada em 2009, com investimentos estimados em US$ 13,4
bilhões, com maior capacidade de processamento, com a maior taxa de
conversão do parque de refino atual, e ajustada às exigências
ambientais, de mercado e de órgãos regulamentadores, é superior à
originalmente prevista, sendo a referência que deve ser considerada.
A RNEST que está em construção estará apta a receber tanto cargas de
petróleo pesado nacional de menor valor, quanto cargas de petróleo mais
leve, liberando as demais unidades do parque de refino para processar
outros tipos de petróleo mais convenientes e atrativos.
A incorporação
da RNEST ao parque de refino nacional traz vantagens operacionais e
logísticas inerentes à flexibilidade da alocação otimizada de matéria
prima, estando em sintonia com outras refinarias existentes com mais de
um trem de produção (REGAP, REFAP, REPLAN, REDUC, RLAM e RPBC).
O cronograma e o investimento atual são coerentes com a complexidade do
projeto que está sendo construído, e estão aderentes ao previsto no
Plano de Negócios e Gestão 2014-2018. Até maio de 2014 o avanço físico
do empreendimento acumulado é de 87,9%, a realização financeira acumula
US$ 16 bilhões. O investimento total para concluir a obra é projetado
em US$ 18,5 bilhões e incorpora variação cambial, aditivos contratuais
para adequação de escopo e reajustes contratuais para reposição de
inflação.
O primeiro Trem de Refino tem partida marcada para novembro de 2014,
com 115 mil barris por dia. A capacidade diária de refino atingirá 230
mil barris por dia com a partida do segundo trem prevista para maio de
2015. As fotos a seguir mostram detalhes das unidades que compõem a
RNEST, evidenciando a sua complexidade.
PróximaUnidades
de Destilação 1 e 2 da RNEST, lado a lado, ponto de partida de cada
trem de refino. A unidade à esquerda entrará em operação em novembro de
2014
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