Capacidade de refino:
respostas à Folha de S. Paulo
Leia as respostas que enviamos ao jornal Folha de S. Paulo a respeito da capacidade de operação das
refinarias:
PAUTA:
1) Qual é o motivo da Petrobras elevar tão fortemente
o índice de uso das refinarias nos últimos anos? É uma tentativa de
resolver internamente o crescimento da demanda, minimizando a
necessidade de recorrer ao mercado externo?
Resposta: A utilização das refinarias ocorre dentro
dos padrões de confiabilidade para seu funcionamento e disponibilidade
dos ativos. A Petrobras tem o compromisso de abastecer o mercado
nacional e reduzir as importações.
2) Ao que a empresa atribui essas ocorrências
recentes em duas das mais importantes refinarias, até onde a reportagem
apurou? Isso é decorrente do elevado uso?
Resposta: Não há qualquer correlação de incidentes e ocorrências com o
nível de processamento de petróleo em nossas refinarias. As refinarias
operam com base nas melhores práticas nacionais e internacionais do
setor.
3- As refinarias comportam esse uso tão elevado?
Resposta: Sim.
4) A empresa acredita que a manutenção, de alguma forma, fique prejudicada com uso tão elevado?
Resposta: Cumprimos rigorosamente o Plano de
Manutenção estabelecido pela Companhia, visando manter altos níveis de
confiabilidade de suas instalações e a garantia da integridade física de
seus trabalhadores e de suas unidades.
5) Trabalhadores acusam a empresa de não promover uma
manutenção dentro do que eles consideram adequada. Dizem que
trabalhadores próprios assumiram, nos últimos anos, papel de apenas
supervisionar o trabalho de terceirizados, o que, segundo eles,
prejudica as vistorias e o resultado da manutenção e prevenção de
acidentes.
Resposta: Essa informação não procede. A Petrobras
aumentou sua eficiência, de 95,2% em 2010 para 97,23% em 2014
(resultados compatíveis com as melhores refinarias de classe mundial), e
reduziu as Taxas de Ocorrências de 8,3 em 2010 para 3,1 em 2014.
6) Na Reduc, inclusive, foi dito que as situações
estão sendo reportadas a autoridades do Ministério do Trabalho --
estamos buscando contato com o fiscal, ainda. O Ministério do Trabalho
tem cobrado providências da Petrobras? Em caso afirmativo, o que a
Petrobras diz?
Resposta: O Ministério do Trabalho interage com a
refinaria de forma sistemática, promovendo visitas regulares nas quais
são atendidas eventuais solicitações e informações.
7) Uma parada da Reduc decorrente de incêndio, em
maio, derrubou, inclusive, a produção industrial do segmento de refino,
segundo dados do IBGE, levando a produção industrial geral a queda em
maio, frente a abril. Isso nos leva a concluir que um incidente com um
uso tão elevado da capacidade tem um efeito tão forte que é percebido
até pelos indicadores industriais. O que a Petrobras diz a este
respeito?
Resposta: Não houve incêndio na Reduc.
8) O que a Petrobras pode fazer para baixar, no curto prazo, esse índice de capacidade usada?
Resposta: A Petrobras não irá baixar o índice de
capacidade utilizada das refinarias. A redução causaria prejuízos
inexplicáveis pelo aumento das importações de derivados.
9) Quando entram em funcionamento as próximas
refinarias? Quanto que elas vão acrescentar, de imediato, na capacidade
de refino do país?
Resposta: Conforme o Plano de Negócios e Gestão
2014-2018: A Abreu e Lima, em Pernambuco, tem previsão de partida do
primeiro Trem (115 mil barris por dia) em Novembro/2014.
A partida do
segundo Trem é prevista para Maio/2015, também com 115 mil barris por
dia.
O Comperj Refinaria Trem I, no Rio de Janeiro, tem partida prevista para 2016, com capacidade de 165 mil barris por dia.
10) A Petrobras deseja fazer alguma consideração adicional em relação a este tema?
Resposta: Destacamos a redução do número de acidentes
e a total improcedência de qualquer relação entre o aumento da nossa
produção e acidentes de trabalho. As refinarias operam de acordo com os
princípios de Segurança, Meio Ambiente e Saúde que norteiam as ações da
companhia.
OBS.: A matéria foi publicada no jornal Folha de S. Paulo (online) neste domingo (20/7)