45 ESCÂNDALOS DA ERA FHC
1 – Conivência com a corrupção
O
governo do PSDB foi conivente com a corrupção.
Um dos primeiros
gestos de FHC ao assumir a Presidência, em 1995, foi extinguir, por
decreto, a Comissão Especial de Investigação, instituída no governo
Itamar Franco e composta por representantes da sociedade civil, que
tinha como objetivo combater a corrupção.
Em 2001, para impedir a
instalação da CPI da Corrupção, FHC criou a Controladoria-Geral da
União, órgão que foi usado e se especializou em abafar denúncias.
Noticias da época!
São Paulo, quarta-feira, 23 de agosto de 2000
FHC abortou comissão ao assumir
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Assim que assumiu a Presidência da República, o presidente Fernando Henrique Cardoso extinguiu a CEI (Comissão Especial de Investigação) criada por Itamar Franco para apurar denúncias de irregularidades no governo federal. A comissão foi extinta deixando sem conclusão pelo menos 15 inquéritos. "Eu fico indignado com esse governo. Lança um código de ética depois de seis anos de mandato e depois de ter extinguido a CEI, formada para combater a corrupção no governo federal", afirmou Itamar Franco, atualmente no cargo de governador do Estado de Minas Gerais. O governador disse que tentou obter informações ontem em Brasília sobre os trabalhos da comissão. "O funcionário que me atendeu disse que os dados eram sigilosos", afirmou. A CEI era formada por sete pessoas de diversos segmentos sociais, juristas, empresários e ex-ministros de tribunais superiores. Na época, Itamar deu carta branca ao grupo para investigar qualquer área do governo. Durante sua existência, a CEI recebeu mais de duas mil denúncias. A comissão apurou, por exemplo, que o DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem) pagava 40% a mais por obras de recuperação e construção de estradas. A CEI sugeriu a revisão da tabela de preços do DNER além da revisão de 657 contratos. Itamar, então ainda no cargo de presidente da República, entregou o relatório das irregularidades no DNER ao então procurador-geral da República, Aristides Junqueira, e em seguida ao presidente eleito, Fernando Henrique Cardoso. A comissão levantou outras irregularidades. No Ministério da Educação, ficou inconcluso um levantamento sobre superfaturamento em Caics (Centros de Apoio Integral à Criança). Já no Ministério da Saúde, ficou por ser concluída a investigação de irregularidades na liberação de medicamentos. Orçamento A CEI, criada em fevereiro de 94, tinha o objetivo de fiscalizar, prevenir e combater a corrupção no Poder Executivo. A comissão nasceu após a CPI do Orçamento. O interesse imediato do governo era investigar as ligações entre a máquina administrativa do Executivo e o Congresso. O grupo era coordenado pelo ministro da Administração Federal, Romildo Canhin. Além de investigar, a CEI também propunha medidas ao presidente da República, que poderia acolhê-las ou rejeitá-las. "Se o presidente estava tão preocupado com a corrupção no governo, porque extinguiu a Comissão Especial de Investigação?", questionou o governador Itamar Franco. "Esse código de ética lançado anteontem é um código de imoralidade", afirmou Itamar. (DANIELA NAHASS) |