No seu código de ética está escrito:
2.5
reconhecer o direito de livre associação de
seus empregados, respeitar e valorizar sua
participação em sindicatos e não praticar
qualquer tipo de discriminação negativa com
relação a seus empregados sindicalizados;
2.6
buscar a permanente conciliação de interesses e realização de direitos, por meio de canais institucionais de negociação, no seu relacionamento com as entidades sindicais representativas dos empregados
Mas veja como é sua ação na prática
Gerente geral da Rlam manda prender conselheiro de administração eleito
A Gerência Geral da Refinaria Landulfo
Alves (Rlam) cometeu na madrugada desta terça-feira, 03, um atentado
contra a organização sindical petroleira.
Com o objetivo de intimidar e
de deter a greve da categoria, o gerente mandou prender o representante
dos petroleiros no Conselho de Administração da Petrobrás, Deyvid
Bacelar, que é também coordenador do Sindipetro Bahia.
A prisão arbitrária e ilegal ocorreu na
refinaria, onde várias ações intimidatórias e truculentas estão
ocorrendo. Desta vez, o alvo a ser atingido era o conselheiro eleito.
Sob orientação do gerente da Rlam, que identificou Deyvid entre os
trabalhadores e militantes que estavam no local conduzindo a greve, a
Polícia Militar, que ocupa a refinaria desde domingo, partiu para a
truculência, jogando as viaturas contra os petroleiros.
Deyvid e outros dirigentes do Sindicato
tentaram resolver o conflito, quando foram surpreendidos pelos
policiais, que acusaram os sindicalistas de desacato, numa clara armação
para deter o representante dos petroleiros no CA da Petrobrás.
Os
policiais deram voz de prisão para os trabalhadores e também prenderam o
fotógrafo, que registrava a arbitrariedade e teve seu equipamento
apreendido.
Eles foram levados para a delegacia de
São Francisco do Conde, onde não havia delegado de plantão, e foram
liberados, após ficar evidente a arbitrariedade e ilegalidade da prisão.
Deyvid e os outros dois trabalhadores se dirigiram para uma outra
delegacia, onde prestaram queixa contra a armação dos policiais, que, a
mando da gerência da Rlam, chegaram a agredir o conselheiro eleito e
danificaram a máquina do fotógrafo.
A gravidade desses acontecimentos remete
aos tempos da ditadura militar. Além de atentar contra a liberdade
sindical, a arbitrariedade ocorrida na Rlam é mais uma prova de que as
gerências da Petrobrás agem como bem querem, sem qualquer preocupação
com a lei.
A prisão do conselheiro eleito pelos trabalhadores só
demonstra o despreparo dos representantes da empresa para lidar com
situações de conflito. Os que combatem a greve com ações truculentassão
os mesmos que estão à frente do processo de negociação. Arbitrariedades e
práticas antissindicais não serão toleradas pelos petroleiros. A
resposta da categoria é intensificar a greve.
Fonte: FUP