Uma facção se formou no poder!
Tudo o que aconteceu ultimamente, desde o advento
da AP 470 – chamada pelo PIG de mensalão – verificamos que se formou uma facção
criminosa. Com tentáculos em todos nos segmentos mais rentáveis do país, ou
seja, as empreiteiras, seus contratos e suas obras.
Sob o comando de políticos de TODOS os partidos,
vem sendo desbaratada a facção se que formou de maneira lenta e gradual. As últimas
investigações revelam que ela começa no inicio do 2º mandato de FHC, e se
estende por todos os governos.
Com a PF totalmente desmobilizada, e um
Procurador da República que nada investigava, a facção foi crescendo e se ramificando
por todos os poderes. Os tentáculos começam com a compra de votos para a
reeleição. Visto que nada aconteceria, a facção se organizou para tirar
dinheiro das empreiteiras que ganhavam licitações nas estatais, além de
prefeituras, e governos do estado.
Ficava claro – menos para o PIG – que a formação de
caixa dois nas eleições era costumeira e logo os grupos perceberam que seria
fácil embolsar algum. Isso já começa com a eleição de Collor. O caixa dois
passou a ser “normal” em eleições.
Daí para se construir uma facção, organizada, foi
um pulo.
Com as delações premiadas, a facção foi sendo
descoberta lentamente. Do lado do PMDB, o chefe maior é Cunha. Com seus
asseclas espalhados pelo Brasil inteiro, montou um esquema milionário de
arrecadação. Ajudou a vários deputados a se elegerem e, a partir daí, ganhou a
Presidência da Câmara.
No PSDB isso vem desde os tempos das eleições para
governador. Marcos Valério apresentou o plano a Azeredo, que o usou para
campanha em Minas, no que chamam de “mensalão tucano”. Necessário esclarecer
aqui que esse termo mensalão, foi cunhado (sem trocadilho) por Roberto
Jeferson, que era quem, na verdade, recebia dos correios um mensalão. Daí ele
jogou para cima do PT.
Quanto ao PT, que também fez caixa dois, pagou o
pato. Como o PIG precisava destruir o partido, jogou pra cima do PT (Dirceu,
Vaccarri e agora Delcídio) toda a sorte de acusações.
O andamento das investigações mostra que, se
contam nos dedos os políticos do PT envolvidos nas falcatruas.
A facção vem de muito antes e desemboca,
claramente em Eduardo Cunha. Esse já vinha à muito tempo organizando sua rede
de corrupção. Passou pelos governos Collor, FHC e LULA incólume, pois a PF
somente começou a ser reestruturada no 1º mandadto de LULA.
Com o PGR escolhido
pelos próprios procuradores em lista tríplice, onde o primeiro da lista era
sempre o escolhido, as coisas começaram a ser investigadas de verdade.
Cunha desmostra, pela sua rede de corrupção, que
a facção foi se formando desde o governo FHC.
Com a implementação de obras no Governo do PT, e
a PETROBRÁS bombando de investimentos, o “olho” cresceu e seus tentáculos se
espalharam pela estatal e por outra estatais.
Portanto, atribuir isso tudo ao PT é no mínimo má
fé na interpretação. Dizer que a corrupção começou agora é ser inocente, idiota
ou faltar com a verdade.
Ao desbaratar a trama de Cunha este culminou
em aceitar o pedido de impedimento de DILMA em conluio com a oposição (principalmente
PSDB, DEM e PPS). Ficou claro quem era o verdadeiro chefe que manipulava a
facção.
Eduardo Cunha conseguiu estender seus tentáculo
até o judiciário. Com Moro e Gilmar Dantas à frente, era destruir o PT e suas
políticas para depois, se perpetuar no poder.
As recentes denúncia de que Temer
recebeu parte do dinheiro para sua campanha de Cunha, mostra que a facção era
poderosa.
A operação Catilinária tem por obrigação montar o
quadro de como funcionava a facção. Os delatores mostram os operadores de cada
partido, e de como funcionava.
O PT não
está isendo de culpa. O caixa dois funcionava claramente dentro do partido.
Mas, apenas se aproveitava da situação. O PIG, na ânsia de destruir o governo
e o partido, escondeu do povo o que realmente acontecia de verdade.
A PF, hoje livre para investigar, com um PGR
livre e não engavetando, vai destruindo todas as barreira de proteção criadas.
Em breve, mostrarei com um organograma, como
penso que funcionava a facção.