A Polícia Federal faz nesta terça-feira, 15, por ordem do Supremo
Tribunal Federal (STF) uma operação de busca e apreensão na residência
oficial do presidente da Câmara Eduardo Cunha, em Brasília, e em na casa
do parlamentar no Rio.
O deputado é acusado por corrupção e lavagem de
dinheiro pela Procuradoria-Geral da República, nas investigações da
Operação Lava Jato. A operação da PF tem outros alvos: o ministro de
Ciência e Tecnologia, Celso Pansera (PMDB-RJ), o senador Edison Lobão
(PMDB-MA), o deputado Anibal Gomes (PMDB-CE) e o ex-presidente da
Transpetro Sergio Machado foram alvo de busca e apreensão.
Três carros da Polícia Federal e sete policiais estão na frente da residência oficial de Cunha. O perímetro foi isolado.
Eduardo Cunha foi denunciado pelo Ministério Público Federal em agosto.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou denúncia ao
Supremo Tribunal Federal (STF) em que acusa Eduardo Cunha de ter
recebido propina no valor de ao menos US$ 5 milhões para viabilizar a
construção de dois navios-sondas da Petrobras, no período entre junho de
2006 e outubro de 2012.
O deputado federal Celso Pansera
(PMDB-RJ) foi apontado pelo doleiro Alberto Youssef, um dos delatores do
esquema de corrupção investigado pela Lava Jato, como “pau mandado” do
presidente da Câmara, Eduardo Cunha.
O deputado Aníbal Gomes é
alvo de quatro inquéritos no STF. O parlamentar é suspeito de ser
‘interlocutor’ do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que
teria usado Anibal Gomes como “interlocutor” dos contatos com a
diretoria de Abastecimento da Petrobrás – reduto do PP no esquema de
corrupção instalado na estatal.