De O Cafezinho
Há três dias, para ludibriar a opinião pública e escapar de críticas
enquanto aprovava a exclusão da Petrobras do pré-Sal, Rodrigo Maia,
presidente da Câmara dos Deputados, simulou que estava brigando com o
governo Temer.
Chegou a dizer, fingindo uma indignação que não convenceu ninguém,
que os deputados não era “palhaços” manipulados pelo governo. Exatamente
quando fazia essa palhaçada, estava sendo orientado por Moreira Franco,
o homem forte sempre quando o assunto é o caráter fraco.
Moreira Franco, ex-governador que quebrou o Rio de Janeiro diversas
vezes, agora exerce, além do papel cérebro de Temer, o de coordenador do
projeto de privatizações e concessões o PPI, que deve sangrar o estado
brasileiro em 24 bilhões.
Coincidentemente, vem a ser também sogro e líder espiritual do tímido
e trêmulo Rodrigo Maia. Alguém acredita que esse rapaz, subordinado e
muito servil, irá comprar briga com o seu mestre e protetor? Obviamente
não. Moreira Franco é a mão invisível na Câmara, e não à-toa, ao cair,
Eduardo Cunha jurou vingança contra ele.
O fato é que, onde houver prejuízo para o estado brasileiro,
destruição de patrimônio, negócios pouco claros e grandes expectativas
de lucro fácil, não será difícil encontrar alguns personagens
familiares. Vale a pena ler a longa reportagem que a Folha, antes de
aderir de joelhos ao governo Temer, preparou contra Moreira Franco.
Um
verdadeiro dossiê que conta uma história nada exaltadora: ‘Camaleão político’, Moreira Franco é um dos nomes mais próximos a Temer.
Camaleões, bonecos de ventríloquos, arlequins de empresários,
transformers políticos, e, enfim, toda a fauna de mutantes à serviço de
interesses obscuros ocupam o centro da cena no governo Temer. Tão
descarados que tentam se apropriar até dos trajes dos palhaços.
Ninguém
está a salvo neste governo de saque e rapina.
Os novos donos do petróleo do Brasil, a Chevron, a Esso, a Shell, a
BP, depois do bom trabalho feito por Moreira Franco e José Serra, são os
que desfrutarão dos efeitos das falcatruas que estão, agora, sendo
praticadas contra a população brasileira.
Caro leitor, temos que multiplicar e fortalecer os fronts de batalha
pela democracia. O golpe gostaria de ter uma única mídia, totalitária,
uma única Globo, trabalhando para fabricar zumbis obedientes.
Nós, ao
contrário, vamos ganhar força através da diversificação dos meios e das
chances de informação e opinião.