DIAS DE ABRIL: O PILOTO SUMIU?

Estão a serviço de formar "outro mar de lama"
Há três semanas, o conservadorismo comanda as expectativas do país. 

O carnaval do tomate e o furor rentista marcaram a primeira quinzena de abril. 

Deu certo. 

No dia 17, o BC elevou os juros. 

Ato contínuo, vários  indicadores desautorizaram as premissas da terapia  ortodoxa. 

Não apenas isso.  

O cenário internacional  desandou. 

Tudo a desaconselhar  o arrocho pró-cíclico evocado pelos  especialistas em incursões aos  abismos e às bancarrotas. 

Nenhuma voz do governo ou do PT soube salgar o diagnóstico conservador  com  a salmoura pedagógica das evidências opostas .

Em 2008,se Lula ficasse  mudo, o jogral pró-cíclico teria  transformado o Brasil num imenso Portugal.

O quadro é outro? 

Sempre é outro. 

É para isso que existe governo. 

Se fosse estável e previsível , bastavam burocracias. 

Veio a terceira quinzena de abril. 

A pauta da ‘caça ao Lula' voltou às manchetes e o  lacerdismo  togado  desautorizou o Congresso a analisar a PEC  sobre novos partidos, subtraindo o espaço do Legislativo na divisão dos poderes. 

A ideia de um Judiciário que determine  ao Congresso Nacional  o que ele pode e o que ele não pode discutir é  estranha à democracia. 

Mas não  ao método conservador, que pauta um Brasil  cada vez mais explícito à direita.

Esse filme não é novo. 

E nunca acaba bem. 

Do Carta Maior