by bloglimpinhoecheiroso |
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Fernando Brito, via Tijolaço
Embora
a imprensa – com o beneplácito do governo norte-americano, que até
agora não reconheceu a eleição de Nicolas Maduro na Venezuela – continue
falando em fraude e as tentativas de desestabilização prossigam, como a
reunião entre o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, e o candidato derrotado, Henrique Caprilles, há uma notícia que não sai nos jornais.
É
que a recontagem dos votos, que as urnas eletrônicas da Venezuela
permitem, por imprimir e guardar cada voto, vai confirmando todos os
resultados.
Sexta-feira, dia 31/5, foram recontados 158 mil votos, apurando-se uma diferença de 31 votos (0,02%) e, no sábado, mais 161 mil,
com erro de 16 votos (0,01%). Como os erros se referem ora a Henrique
Caprilles, da oposição, ora ao candidato governista, as diferenças
virtualmente não existem. A auditoria já tinha sido realizada em mais da
metade das urnas, logo após as eleições e está sendo estendida.
A recontagem é transmitida pela internet,
sem cortes, e acompanhada pelos partidos políticos. Menos, claro, pelos
apoiadores de Caprilles, que pediram a revisão e não apareceram. E se
acham que pode haver fraude lá, onde dá para recontar, o que dizem
daqui, onde o voto é virtual e quem duvidar do resultado que a
maquininha cospe pode duvidar sentado, pois o voto é virtual e não pode
ser verificado?
Estranhamente,
o procurador Roberto Gurgel se insurgiu contra a lei, aprovada pelo
Congresso e sancionada por Lula, que obriga a auditoria, pela via do
voto impresso, de míseros 2% dos votos. Só 2% do “papelzinho”, como
chamava Leonel Brizola, e eles se recusam, dizendo que isso vai violar o
sigilo do voto.
Aqui,
diz o TSE, nosso sistema é garantido. Como? Ora, é porque é, quem são
os cidadãos para duvidarem que o TSE não erra um voto em mais de 100
milhões? Nem se compara àquela ditadura chavista da Venezuela, onde é
preciso conferir as urnas. Aqui só tem gente honesta e ninguém frauda
nada.
Afinal, depois da teoria do domínio do fato, que é que precisa de provas. Vale o que o STF disser que vale e pronto.