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Manual de Ouro do manifestante IDIOTA!

A voz rouca das ruas está sendo respeitada

Congresso entra em ritmo frenético e derruba até voto secreto para cassação

Em marcha forçada pela pressão das ruas, Câmara e Senado adotaram um ritmo frenético de votações ontem e aprovaram várias propostas - algumas em tramitação há décadas - que surgiram na pauta de reivindicação da sociedade nas manifestações dos últimos dias.

Nesse compasso, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou a proposta de emenda constitucional (PEC) que institui o voto aberto para processos de cassação de mandato de parlamentar por falta de decoro e por condenação criminal, que ficou quase seis anos no limbo das votações. 

O Senado concluiu a votação, relâmpago, da lei que regulamenta a distribuição do Fundo de Participação dos Estados (FPE) com uma cláusula de proteção aos Estados. O Congresso deveria ter deliberado sobre as regras de distribuição do fundo em 1991.

Tanto o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), quanto o da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), convidaram representantes de movimentos e jovens ativistas que ocupam as ruas para reuniões no Parlamento com o propósito de conhecer a pauta de reivindicações. 

Deles, ouviram pedidos por mais cidadania, menos corrupção e até mesmo para que Calheiros deixe a presidência do Senado e o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) renuncie à presidência da Comissão de Direitos Humanos.

Na pauta do clamor popular, a Câmara já havia rejeitado na noite de terça-feira a proposta de emenda constitucional que retrava poderes de investigação do Ministério Público. Antes apoiada pela maioria absoluta dos deputados, a chamada PEC 37 foi surpreendentemente derrubada por 430 votos contra apenas 9 a favor e 2 abstenções.

A proposta que institui o voto aberto nos processos de cassação dos parlamentares foi apresentada pela primeira vez em 2007 e, no ano passado, o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) insistiu e reapresentou a ideia.

Aprovada na CCJ da Câmara, será agora apreciada por uma comissão especial. Depois, seguirá para o plenário, onde terá de ser aprovada por 308 votos, em dois turnos. O projeto já foi aprovado pelo Senado.

 Donadon e mensaleiros.

 Não será aprovada antes do julgamento do deputado Natan Donadon (PMDB-RO), que teve ontem pena de prisão decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por seus pares (leia na A8). Mas deverá valer para os condenados no processo do mensalão, cujo julgamento na Casa deve ocorrer em 2014.

Também será julgado por voto aberto o parlamentar que firmar contrato com órgão ou entidade pública ou assumir um cargo nessas instituições após eleito. 

Valerá o voto aberto se o parlamentar responder a processo de cassação por acúmulo de mandato eletivo, se for proprietário ou diretor de empresa contratada por órgão público, ou se ocupar um cargo nesse tipo de instituição. Todos esses casos já estão previstos na Constituição e podem resultar em perda de mandato, mas o voto era secreto.

 Fundo estadual.

 O projeto que estabelece as regras para a distribuição do FPE foi aprovado em cima da hora. O STF havia decidido que o Congresso deveria criar nova legislação para o fundo dos Estados até hoje. O projeto entrará em vigor com a sanção da presidente Dilma Rousseff. 

Como o FPE é formado por 21,5% da receita do Imposto de Renda e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), deputados e senadores inseriram um dispositivo impedindo que desonerações relativas a esses tributos, concedidas pela União para estimular determinados setores, reduzam os repasses aos Estados. Agora a União só pode desonerar impostos federais.

Querem demonizar o PT, mais uma vez! O PIG não para!

Mais falsas bandeiras: Funcionários do GOVERNO estão ligados a grupo que protestou no DF. Descoberta a origem de mais um grupo do protesto em SP

 
O texto a seguir, expõe a farsa (interesses políticos) por trás destes movimentos que encabeçam os últimos protestos em São Paulo e no Rio de Janeiro.
 
Sabemos que agora também, existe uma guerra de preferências políticas na mídia, porém reafirmamos que nossa posição continua apartidária...
 
Não somos também contra a atitude de se manifestar pacificamente. O povo brasileiro precisa mesmo sair de ferente da TV e do comodismo.
 
Mas quando estes eventos se tornam instrumentos de manipulação de massa para satisfazer interesses políticos, passam a ser falsas bandeiras! Devem ser desmascarados! E no meio de toda esta guerra, os globalistas são os mais beneficiados.
Confira:
 
Um ex-funcionário da Secretaria de Relações Institucionais e representantes de um grupo político composto por dois servidores da Casa Civil participaram ontem de um protesto em frente ao estádio Mané Garrincha, em Brasília, que será palco neste sábado da abertura da Copa das Confederações.



Batizada de "Copa para quem?", a manifestação foi marcada por queima de pneus e fechamento de parte das vias de acesso à arena.

Identificado pela Polícia do Distrito Federal como um dos líderes da ação, Gabriel Santos Elias foi assessor da subchefia de assuntos parlamentares da Secretaria de Relações Institucionais até 17 de maio, quando pediu para deixar o cargo.


Reprodução/Facebook/imaginarpararevolucionar
Imagem de Mayra na página do movimento Brasil e Desenvolvimento no facebook
Imagem de Mayra aparece na página do movimento Brasil e Desenvolvimento no facebook
É procurado pela polícia para prestar esclarecimentos sobre o protesto.

Gabriel é cofundador do movimento Brasil e Desenvolvimento, que tem em seu comando dois servidores da Casa Civil. Militantes declarados do grupo que se intitula revolucionário, Mayra Cotta Cardozo e João Vitor Rodrigues Loureiro, são assessores no Palácio do Planalto.

Com um vencimento de R$ 7,5 mil, Mayra é assessora especial da secretaria-executiva da Casa Civil. Já João Vitor Rodrigues Loureiro -salário de R$ 5,8 mil- é assessor técnico da subchefia para assuntos jurídicos da Casa Civil. Gabriel ganhava R$ 3,5 mil quando deixou o governo. O grupo descrevia sua participação na manifestação.


Reprodução/Facebook/imaginarpararevolucionar
Imagem de Gustavo Capela no Facebook
Foto de Gustavo Capela também está na página do movimento Brasil e Desenvolvimento no Facebook
Além deles, o grupo, que se define como "nova esquerda", foi fundado também por um ex-assessor da Casa Civil. Militante do movimento, Gustavo Capela deixou o governo em setembro de 2011. Liderado por jovens, o Brasil e Desenvolvimento nasceu na Universidade de Brasília e tem ligações com partidos de esquerda.

A Secretaria de Segurança do DF e a Polícia Civil afirmaram que a manifestação foi paga e ainda investiga se teve cunho político. A polícia informou ter provas de que foram gastos R$ 30 mil em cachês para os cerca de 300 participantes da ação, que em sua maioria eram do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto.

Outro criador do movimento é Daniel Gobbi, assessor internacional da Secretaria-Geral da Presidência, com salário de R$ 11,3 mil.
 
Outra falsa bandeira: Movimento Juntos do PSOL...
As coisas vão ficando cada vez mais divertidas. Nos distúrbios de rua, especialmente em São Paulo, a gente nota a presença ostensiva de bandeiras amarelas. Vejam.





Há ali a assinatura de um “movimento”, que tem página na Internet: chama-se “Juntos”. O endereço é juntos.org.br. Mais uma vez, fui fazer a divertida brincadeira de saber quem e o dono do registro. Tchan, tcha, tcham!



Sim, trata-se de Luciana Genro, militante do PSOL, filha do governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT). Ela anda um tanto afastada da política por razões de saúde, mas o vereador Pedro Ruas, de Porto Alegre, dá toda força à turma e a substitui com sobras.
 
Atualização:

MUDARAM A RESPONSÁVEL HOJE:

Agora é uma tal de Evelin Minowa: % 2013-06-15 16:05:44 (BRT -03:00)

domínio: juntos.org.br
entidade: ASSOCIACAO 19 DE SETEMBRO
documento: 010.781.229/0001-64
responsável: Evelin Minowa
país: BR
ID entidade: TIM79
ID admin: TIM79
ID técnico: TIM79
ID cobrança: TIM79
servidor DNS: ns1.dreamhost.com
status DNS: 12/06/2013 AA
último AA: 12/06/2013
servidor DNS: ns2.dreamhost.com
status DNS: 12/06/2013 AA
último AA: 12/06/2013
saci: sim
criado: 11/05/2011 #8240906
expiração: 11/05/2014
alterado: 15/06/2013
status: publicado

ID: TIM79
nome: Tiago Madeira
e-mail:
tmadeira@gmail.com
criado: 19/02/2004
alterado: 09/01/2006

Eles tem medo, não é vergonha!
 
O “Juntos” é uma espécie de movimento social do PSOL. “Quem somos”, eles se revelam (em vermelho):

“Juntos! é um movimento nacional de juventude. Surgiu no início de 2011 em São Paulo e vem conquistando a simpatia de jovens de todo o Brasil. Surgimos em um novo momento no mundo. O mar da história está agitado, já diria Maiakovski. Representamos uma nova geração de lutadores dispostos a construir um mundo radicalmente novo. Juntos! é a juventude em movimento pela educação de qualidade, em defesa do meio ambiente, contra o preconceito e por uma sociedade com igualdade e liberdade para todos.

Juntos! construímos o nosso I Encontro Nacional que deu o ponta-pé inicial pra nossa empreitada de organizar as lutas onde quer que estejam.

Juntos! é a juventude dos indignados: dos tunisianos, egípcios, espanhóis, chilenos. Somos aqueles que estão sem emprego, sem educação, sem cultura, sem casa, mas também sem medo de lutar! Somos aqueles que estão em defesa da Amazônia nos atos contra a construção de Belo Monte e contra o novo código (anti-)florestal! Somos aqueles que estão nas lutas contra toda forma de preconceito, seja de genêro, etnia, idade, credo. Somos aqueles que estavam nas Marchas da Liberdade, das Vadias, no #ForaRicardoTeixeira, contra a corrupção, nas paradas LGBT. Somos aqueles que #TomamosAsRuas e lutamos por uma #DemocraciaRealJá!


Voltei
Como se vê, para que alguém pertença ao “Juntos”, basta que tenha uma causa, qualquer uma, e que se indigne com alguma coisa. Boa parte dos “revolucionários” modernos, estes que promovem os protestos em várias cidades brasileiras, com destaque para São Paulo e Rio, não têm mais, a exemplo de seus congêneres do passado, Karl Marx como referência. O marxismo, já afirmei aqui algumas vezes, é difícil. A leitura da teoria propriamente dita é chata. É diferente do Marx divertido de “O 18 Brumário” ou de “A Ideologia Alemã” — ainda assim, também esses livros são ignorados.

A “moçada” que está nas ruas tem pressa demais para se ater a textos de referência. Bastam-lhes as opiniões dos amigos no Facebook e algumas irresponsabilidades daquele professor “bacana” de história que os incita ao ativismo. Teoria pra quê? Mesmo os vermelhos que tentam organizar a turma (PSOL, PCO e congêneres), lembrou um amigo ao telefone nesta sexta, estão menos para Marx do que para uma mistura, assim, de Paul Lafargue, que escreveu um panfletozinho chamado “O Direito à Preguiça”, com Bakunin, o anarquista. Ao mesmo tempo em que parecem rejeitar o estado, exigem que ele se comporte como o grande provedor. Tempos de obstipação ideológica!

Tenho combatido, desde o primeiro dia, como evidenciam os textos que estão em arquivo, certo esforço que anda por aí de emprestar aos violentos distúrbios de rua — promovidos principalmente por jovens de classe média alta (as roupas o denunciam) — um alcance mais profundo, como se fossem eventos da superfície a denunciar um movimento de placas tectônicas da sociedade brasileira. Será mesmo?

São Paulo tem 11,5 milhões de habitantes; o Rio, 5,5 milhões. O movimento contra o reajuste da passagem de ônibus deve ter reunido pouco mais de 5 mil pessoas na primeira cidade — 0,05% da população — e de 2 mil na segunda: 0,04%. É mais do que o suficiente para provocar o caos. Aliás, a depender da leniência da polícia ou da violência dos que protestam, dá para provocar um desastre na cidade com muito menos gente do que isso. Basta que dois ou três malucos resolvam se deitar no meio da avenida, sem que ninguém os tire de lá, e pronto!

Mas por que o transporte virou uma espécie de fetiche? Por que essa luta “pegou” — ainda que nesse universo restrito de uns poucos milhares numa cidade de muitos milhões — e conta, segundo pesquisas, com o apoio de boa parte da população. Porque, se formos pensar, de todos os serviços públicos, é aquele cujo pagamento é mais visível. É diário — ainda que não forma de cartão. E também é o que rende menos satisfação. A educação pública até o ensino médio é uma lástima, mas é gratuita. A saúde, idem, idem. Boa ou má, não se paga de modo perceptível por segurança pública. Há outros serviços oferecidos por concessionárias que causam satisfação imediata: é o caso da energia elétrica ou da telefonia. Mesmo havendo reclamações às pencas, o fato é que o serviço está disponível na esmagadora maioria das vezes.

Com o transporte público, a coisa é diferente. O serviço nas grandes cidades é mesmo precário, ainda que tenha melhorado muito (falo de São Paulo, que conheço) nos últimos 20 anos. Tanto é um ponto nevrálgico que Fernando Haddad transformou a questão numa bandeira de campanha. E foi eleitoralmente bem-sucedido. Que o seu “bilhete mensal” fosse só uma tramoia de marketing, isso era evidente. Bastava refletir um pouco. Mas a tese seduziu muita gente, especialmente jornalistas. Assim, é fácil entender que um movimento que se oponha à elevação do preço da passagem — e que prega, na verdade, tarifa zero — conte com a simpatia de muita gente.

Nada de bom
Não há nada de bom, reitero o que
escrevi na manhã de ontem, nesse movimento. Ao contrário. Assistimos ao casamento do estado-babá com o estado prevaricador. Os “lafarguistas” brasileiros estão tentando transformar num valor, numa cláusula pétrea do caráter nacional, o “direito à preguiça”, ao “almoço grátis”. Querem que o estado forneça de camisinha a aborto, tudo graciosamente — tratar-se-ia, asseguram, de “direitos”. E tem sido esse o mais permanente sinal das ditas políticas de inclusão social, que tendem a criar, dada a forma como se exercem, clientelas políticas. E qual a causa da violência? Ora, a experiência indica que os “oprimidos” — ou aqueles que falam em seu nome — têm assegurado o direito à transgressão. Não tem sido assim com o MST e com os índios, por exemplo?

Mas vai mudar
A partir de segunda, no entanto, a pauta deve sofrer uma torção. O PT decidiu aderir às manifestações de rua, mudando a sua agenda, que é ruim para Fernando Haddad. Em vez de protesto contra a elevação da tarifa, os alvos serão a Polícia Militar e o governo de São Paulo.

Ontem, a vastíssima rede do PT na Internet, incluindo os blogs e sites sujos financiados pelo governo federal, por gestões petistas e por estatais, entraram firme no apoio ao protesto de segunda. O PT tem experiência nisso. Sua ala sindical deve ir à rua, inclusive para tentar impedir que a coisa degenere para a violência.

Ingênuo ou espontâneo, esse movimento nunca foi, como este post prova mais uma vez. Ele só se dava um tanto à margem do petismo. Mas, agora, o partido decidiu deglutir o processo.


Fontes: http://www1.folha.uol.com.br/ e http://veja.abril.com.br/
Colaborou Petrodinho

Uma solução possível!

Em Porto Real os ônibus são gratuitos. isso não significa bom serviço prestado. Veja a reportagem!


“O tiro no olho foi intencional”

Um cabo da PM conta como os confrontos e abusos 

nos protestos repercutem na corporação.

"Houve abuso"
“Houve abuso”
Um cabo da PM com 13 anos de serviço falou ao Diário sobre os abusos que resultaram numa batalha campal na quinta-feira, em São Paulo. Por motivos óbvios, pediu para não ser identificado. “Os chefes dão a ordem, o soldado as cumpre e se, futuramente, isso resultar em responsabilização para o soldado, quem deu a ordem se esquiva e o subordinado é punido. Ou seja, o autoritarismo começa dentro dos quartéis e resulta no que vemos nas ruas nestes últimos dias”, diz.
Como a maioria dos seus colegas vê o comportamento da PM?
Sinceramente, muitos não têm discernimento para entender o que é manifestação e acabam generalizando tudo como vandalismo. Muitos são enviados aos locais de manifestação contra sua vontade e acabam ficando contra os manifestantes naturalmente. É uma situação complicada, pois apenas cumprem ordens como: “Não deixem ninguém passar por aqui, façam as pessoas se dirigirem para este ou aquele lado”.
Houve abuso?
Houve. A ordem vem de cima para coibir, mesmo. Só que, quando vão a público, o secretário e o governador mudam o discurso.
E as prisões de gente que andava com vinagre?
É assim mesmo, é ordem. Muitos daqueles policiais têm menos de cinco anos de serviço, são recrutas e cumprem qualquer ordem à risca.
O Alckmin é fraco, o secretário de “Insegurança” é fraco, o comando da PM é mais fraco ainda e mostra despreparo para essas situações. A tropa de choque serve para isso: encerrar qualquer tipo de conversa e descer a borrachada no povo.
Havia policial não treinado usando armas de borracha?
Não, o policial que porta essa arma deve ser bem treinado, pois ele cumpre uma função inicial de dar proteção para aqueles que ficam em linha com os escudos e, num segundo momento, inibir qualquer ato hostil por parte de manifestantes. A orientação é somente atirar se esse ato hostil vier a se concretizar – como, por exemplo, alguém arremessar pedras ou qualquer objeto que possa causar risco à integridade dos demais policiais. Em suma, essa é a função desse policial atirador.
Não é todo PM que pode manusear esse tipo de arma. É dada preferência aos mais experientes e após muito treinamento. No curso, aprendemos que só pode utilizá-la quando houver risco à integridade física de algum PM ou civil, e da linha da cintura para baixo. Embora seja de borracha, se ela atingir determinada área da cabeça pode matar.
Dá para concluir que, se ele é treinado e atirou no olho da pessoa, foi intencional?
Sim, foi intencional. Uma viatura passou e atirou contra os repórteres que estavam em um estacionamento, contrariando toda norma de procedimento sobre o uso da munição de borracha (tecnicamente, chama- se munição de elastômero; ele passou o endereço de um site com informações sobre a bala: http://www.cbc.com.br/cartuchos-cal-12-de-uso-policial-subcat-9.html).
Por que atirar contra jornalistas?
Penso que foi um ato intimidatório, não tem outra justificativa.
Sabiam que eram jornalistas? Os policiais têm alguma prevenção?
No geral, não. Temos boa convivência com a imprensa. Se foi um ato despropositado contra os jornalistas, foi um ato isolado.
Como será a atuação da PM na segunda-feira?
Ficaremos de prontidão. Caso haja necessidade, a PM será enviada aos locais de manifestação.

Uma revolução se faz assim? Pode ser!

Somos todos nós, sessentões, setentões, oitentões, de uma geração que iniciou muitas mudanças nesse mundo. Vimos, de repente, muitos dos nossos ideais se esfumaçarem e se perderem no ar. Ficamos órfãos de um socialismo que acreditávamos ser a saída para um mundo de injustiças e com tantas diferenças entre as classes sociais. Perdemos algumas causas, ganhamos outras.

Mas temos que reconhecer que o capitalismo nos pegou de jeito. Ele tem a capacidade de se reinventar e foi assim que, com a ajuda de forças conservadoras, religiosas, e organizadas, não prosperou o "tudo para todos".

Acabamos arrumando um jeito de "conviver" com um sistema que acaba priorizando o capital. Encontramos uma forma de, dentro desse sistema, ir mudando a "correlação de forças" da sociedade. Achamos uma maneira de tirar das mãos dos poderosos, todo o poder. Estamos aos poucos transferindo renda para os mais pobres, reduzindo a diferença entre as classes, mas, tudo isso visando muito, e somente isso, a condição econômica. Pelo menos acreditamos nisso.

Que modelo apresentamos aos mais jovens?

Os conservadores os chamam de "alienados" ao mesmo tempo que lhes ensinam a respeitar o status quo, dizem que eles não querem nada, que só querem saber de "baladas e festas". Por outro lado os progressistas dizem que eles precisam se engajar, estar atentos as mudanças globais, mas em casa, só cuidam do economico, da "distribuição de renda" etc.

Tudo isso para tentar entender - não quero analisar de forma crítica, somente - o que está acontecendo.

Quando ganhamos o direito de organizar a Copa e as Olimpíadas, foi uma vibração geral. Nossos sentimentos de brasilidade afloraram e o que mais se disse:" serão eventos para serem realizados pela iniciativa privada". Sabemos, TODOS NÓS, como pensam os "capetalistas". É só lucro fácil. Queriam, sim, a iniciativa privada ganhando, mas, em nenhuma momento, se propuseram a assumir nada.

Se o dinheiro público não tivesse entrado, não haveria Copa, Olimpíada ou o que quer que seja. O discurso é sempre o mesmo. O estado tem que ser mínimo, até que seja preciso INVESTIR. Aí é estado máximo, dinheiro máximo, mas, empresário máximo também, a "mamar nas tetas". Sempre foi assim. E, disso se aproveitou a imprensa golpista para mostrar o tempo todo "o fracasso" das obras, da organização, etc.

A Copa, por exemplo, é da FIFA - história de corrupção -, da CBF - um presidente renuncia para não ser processado, o que assume foi "boneco da ditadura" - da GLOBO - que claramente é contra o governo, só não assume - DAS CERVEJARIAS - que mudaram as leis de proibir bebidas nos estádios. Enfim, a Copa não é do povão, não é, e não vem sendo, motivo de orgulho. A imprensa golpista vivia a dizer que os estádios não ficariam prontos.  

O povo ficou de fora. Não soubemos, nesses últimos três anos, comprometer o povo, e principalmente os mais jovens - os maiores beneficiados de todo esse desenvolvimento - comprometidos. A imprensa golpista bate TODO DIA, e os "seus aliados" - na verdade seus dependentes - da oposição fazendo o mesmo. Não houve compromisso. A Copa, as Olimpiadas não são nossas, são "do governo". E do governo gastador, corrupto, que não sabe administrar - imagina isso tudo na mão dessa oposição que está aí -. Essa imgem foi divulgada TODO DIA, desde o primeiro dia de Governo DILMA.

 E, se não estou dentro, se não participo, não é meu. Não tenho "nada a ver com isso". Nesse momento quem compra o ingresso não é o jovem nem o que protesta nas ruas. Ele não tem dinheiro para isso. Mas ele vai aos hospitais, as escolas, e vê que lá nada se fez. Claro, a "iniciativa privada" é quem ia organizar tudo, desde a Copa até as Olimpíadas. E cadê eles? Esperando pacientemente para "administrar" o que o dinheiro público fez.

O MPL, que está nas ruas, nos faz pensar. A insatisfação que demonstram é resultado desses anos todos de "o governo, os políticos, vão resolver". Nós, os sessentões, e os outros "ões" também entramos nessa. Todo o nosso esforço pode ir por água abaixo, se não conseguirmos entender o que está acontecendo. Se entrarmos no discurso de "vândalos e baderneiros", se acharmos que a policia está certa, se ficarmos a fazer discursos de "conservadores" vamos deixar na mão de gente desorganizada e revoltada, nossos ideais.

É preciso tentar entender que, a juventude que está aí, está nos propondo algo que nós defendemos a muito tempo. Um transporte de qualidade e PÚBLICO. Assim como é PÚBLICO o dinheiro que construiu a Copa e vai construir as Olimpíadas. E se é público É DE TODOS. Chamá-los para conversar. Dizer que não tem lideranças é o maior dos absurdos. Pode não ter "chefia" mas liderança óbvio que tem. Pode não ser o modelo de liderança que nós enxergamos, mas uma nova forma de liderar sim! Nada existe nada sem que haja alguém que lidere. Nem que seja por um momento. As redes sociais estão mostrando isso, de uma outra maneira. Acabou a ditadura dos meios de comunicações "formais". Viva a internet!

Entrar nas rede sociais e identificar. Ouvir o que tem a dizer. Respeitar os seus ideais. Acreditar no que dizem, e com humildade, segui-los se for preciso.  Não podemos entrar no jogo da imprensa golpista, que está desde o inicio do ano, fabricando inflação, dizendo que o modelo está errado. Vamos ouvir essa gente e ter a coragem de escutar a "voz rouca da rua" que, nós, os "ões" achávamos que estava satisfeita com "transferência de renda" e "tirar o povo da miséria". Não é só mais isso. Temos que construir algo mais. Oferecer algo mais. Chamá-los a participar dessa construção.

Eles estão gritando. Querem ser ouvidos. Querem ser, também, sujeitos dessa história.

Paulo Morani
O Broguero

Insatisfação que gerou protestos no Rio e SP vai além do preço da tarifa


 


Por Eduardo Simões e Felipe Pontes
SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO, (Reuters) - A insatisfação que levou milhares às ruas em São Paulo e Rio de Janeiro nos últimos dias, em manifestações que resultaram em inúmeros atos de violência, vai além do descontentamento com a elevação na tarifa do transporte público.

E no momento em que o Brasil está sob os holofotes às vésperas de receber grandes eventos internacionais, o movimento ganha corpo e se espalha por outras capitais do país.

A abertura de canais de diálogo entre autoridades e manifestantes para evitar uma escalada dos confrontos é necessária, na visão de analistas. Mas a inexistência de uma liderança clara nas ruas, apesar de os protestos terem sido convocados pelo Movimento Passe Livre (MPL), complica a negociação.

Desde a semana passada manifestantes, em sua maioria jovens e estudantes, têm protestado contra o aumento de 20 centavos nas tarifas do transporte público no Rio e em São Paulo --foi para 3,20 reais na capital paulista e para 2,95 reais na capital fluminense.

Autoridades descartam rever o preço e argumentam que o reajuste, inicialmente previsto para janeiro, foi postergado para junho e veio abaixo da inflação.

Nas duas cidades, e também em Porto Alegre, os protestos acabaram em confronto com a polícia, e ônibus e espaços públicos foram depredados. No caso de São Paulo, órgãos de defesa da liberdade de imprensa e dos direitos humanos expressaram preocupação com a atuação da polícia, detenção de jornalistas, e a escalada dos conflitos.

Para a professora Angela Randolpho Paiva, do Departamento Ciências Sociais da PUC-RJ, o movimento emana de uma insatisfação difusa de estudantes.

"É um grupo de estudantes, inclusive estudantes de classe média que estão na rua num momento de uma catarse mesmo. Quer dizer, os 20 centavos foram estopim para muita insatisfação com o que está acontecendo e tomara que usem essa energia para outros protestos", disse a professora.

Ela aponta como possível força motriz dos protestos os elevados gastos governamentais com a organização dos grandes eventos esportivos no país. "Eu diria que tem uma insatisfação quando você vê que esses eventos têm prioridade número um na gestão pública. Todo dinheiro é gasto nisso", disse.


Nesta sexta-feira, um grupo protestou na Avenida Paulista, a principal de São Paulo, contra o uso de recursos públicos na organização da Copa do Mundo de 2014. Manifestação semelhante foi realizada em Brasília.

O tema Copa também esteve na palavra de ordem dos manifestantes, na quinta-feira, que afirmavam que, se tarifa não fosse reduzida, parariam a cidade e impediriam a realização do evento.
Com o início da Copa das Confederações no sábado, e a um ano do Mundial, a Fifa também se manifestou sobre os distúrbios e disse estar "monitorando a situação".

Na avaliação do coronel da reserva da Polícia Militar de São Paulo e ex-secretário nacional de Segurança Pública, José Vicente da Silva Filho, a falta de uma liderança dos manifestantes complica uma eventual negociação com a polícia para que as manifestações não se tornem violentas.
"Tudo que não tem CNPJ, pela experiência nossa, vai dar problema. Quando a gente fala CNPJ, a gente quer dizer entidade constituída, amadurecida, com responsáveis definidos", disse.

PODER DAS REDES SOCIAIS

 Embora os especialistas ouvidos pela Reuters descartem uma "Primavera Brasileira", numa analogia com os protestos de rua que derrubaram regimes totalitários em países árabes, eles veem uma semelhança até então ainda não detectada no Brasil: a força das redes sociais, o veículo usado para convocar os protestos.
"Uma coisa é certa, o poder das redes sociais. Isso não pode ser desprezado em hipótese nenhuma. Essa questão da passagem é muito inesperado ter tomado essa proporção", disse Paiva, da PUC-RJ.
Os especialistas concordam que o momento é de diálogo entre as autoridades e os manifestantes, até mesmo para evitar um afastamento entre a população e as forças de segurança.

"A questão é que vai acirrando os ânimos e aquele sujeito que vai lá só protestar vai criando um ódio do policial. E o policial vai se vendo como diferente daqueles manifestantes e aquilo é de onde ele vem. Isso é ruim para a sociedade", disse Guaracy Mingardi, membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

(Reportagem adicional de Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro e Maria Carolina Marcello e Jeferson Ribeiro, em Brasília)