Mano Menezes não é mais técnico da seleção brasileira. A decisão foi
tomada nesta sexta-feira após reunião na Federação Paulista de Futebol
(FPF), em São Paulo. A CBF vai anunciar nas próxima horas de forma
oficial a saída do comandante da equipe nacional. O novo técnico será
escolhido pela entidade apenas no início de janeiro.
O diretor de Seleções da CBF, Andrés Sanches, deixou a reunião com uma
dúvida: permanecer ou não no cargo após a saída de Mano. O dirigente
pediu alguns dias para tomar a decisão de forma oficial. O ex-presidente
do Corinthians vai dar uma coletiva nesta sexta-feira, às 17h.
Mano Menezes foi comunicado pela CBF logo após a reunião. O treinador
soube da informação em São Paulo. O ex-comandante não irá pronunciar de
forma oficial sobre a demissão. O técnico foi contratado em julho de
2010 pelo então presidente Ricardo Teixeira.
A era Mano
No comando da Seleção principal, Mano conseguiu 21 vitórias, seis
empates e seis derrotas desde que estreou no dia 10 de agosto de 2010. O
treinador deixa o comando do Brasil apenas com a taça do Superclássico
das Américas de 2011 e 2012, fracassos na Copa América e Olimpíadas e
queda histórica no ranking mensal da Fifa. Após muitas críticas por ter
perdido títulos importantes e por não ter formado uma base para a Copa
das Confederações de 2013 e, principalmente, a Copa do Mundo de 2014, o
técnico vinha de elogios por três boas atuações contra Iraque (6 a 0),
Japão (4 a 0) e Colômbia (1 a 1), mas não resistiu mesmo com a conquista
do segundo Superclássico na última quarta.
No total, Mano convocou 102 jogadores diferentes depois que substituiu
Dunga. O principal nome desta fase foi Neymar, que ficou fora do Mundial
da África do Sul, estreou junto com Mano e terminou a era Mano como
artilheiro da Seleção: 17 gols em 27 jogos. Por outro lado, Paulo
Henrique Ganso, que também iniciou sua carreira com a amarelinha com
grande atuação no 2 a 0 sobre os Estados Unidos em 10 de agosto de 2010,
perdeu espaço e estava fora dos planos do treinador recentemente.
Poucos jogadores da Copa de 2010 continuaram no grupo. O zagueiro
Thiago Silva, o meia Kaká, o lateral-direito Daniel Alves e o volante
Ramires foram os remanescentes para o período de renovação promovido por
Mano de olho no Mundial no Brasil.
Além de Neymar, a Seleção passou a
contar com nomes como Oscar, Lucas, Leandro Damião, David Luiz, Paulinho
e Hulk frequentemente na lista de convocados do treinador.
O primeiro grande teste de Mano foi a Copa América do ano passado, na
Argentina. Sem apresentar grandes atuações, a Seleção acabou eliminada
nos pênaltis pelo Paraguai nas quartas de final, com cobranças erradas
de Elano, Thiago Silva, André Santos e Fred.
Mesmo com o fracasso, o técnico foi mantido pela CBF e sobreviveu
também à mudança na presidência da entidade: saiu Ricardo Teixeira,
entrou José Maria Marin em março de 2012. Pressionado, o técnico viajou
para Londres neste ano em busca do ouro inédito. O time chegou à final,
mas voltou para casa sem a sonhada medalha: derrota de 2 a 1 para o
México na decisão em Wembley.
O fraco desempenho nos duelos com seleções tradicionais pesou contra
Mano. Foram cinco derrotas, dois empates e duas vitórias (ambas no
Superclássico das Américas contra a Argentina, quando as equipes só
podiam contar com jogadores que atuassem nos dois países): Brasil 0 x 1
Argentina (2010); Brasil 0 x 1 França, Brasil 0 x 0 Holanda, Brasil 2 x 3
Alemanha, Brasil 0 x 0 Argentina e Brasil 2 x 0 Argentina (2011);
Brasil 3 x 4 Argentina, Brasil 2 x 1 Argentina e Brasil 1 x 2 Argentina
(2012).
Sob o comando do técnico, o Brasil caiu para sua pior posição na
história do ranking da Fifa: 14º lugar em outubro. Atualmente, o time
pentacampeão mundial está em 13º. Apenas em cinco oportunidades, a
Seleção ficou fora do “top 10”. Em todas, sob o comando de Mano em 2012:
11º em julho; 13º em agosto; 12º em setembro; 14º em outubro e 13º em
novembro.
Além de artilheiro, Neymar também foi o jogador que mais atuou sob o
comando de Mano. O craque do Santos entrou em campo em 27 oportunidades,
contra 25 do capitão Thiago Silva. O segundo goleador é Alexandre Pato,
que balançou a rede oito vezes.
A maior decepção da era Mano foi Ganso. Agora no São Paulo, o meia
sofreu com contusões no Santos e demorou a recuperar espaço na Seleção.
Após a boa estreia não aproveitou as oportunidades que recebeu, mal
apareceu nas Olimpíadas e foi desbancado por Oscar, que cresceu de
produção e passou a ser destaque também no Chelsea.
Entre os veteranos, a primeira grande aposta do treinador foi
Ronaldinho Gaúcho, que voltou a ser chamado após algumas boas exibições
no Flamengo em 2011. Porém, o atual ídolo do Atlético-MG também não caiu
nas graças do técnico e foi esquecido nas últimas listas. Por outro
lado, Kaká ganhou as primeiras chances neste ano e passou a ser nome
forte para a Copa das Confederações.
A demissão do treinador foi anunciada por Marin nesta sexta, dois dias
após a conquista do Superclássico das Américas. No jogo de ida, em
Goiânia, no dia 20 de setembro, a Seleção venceu a Argentina por 2 a 1
em partida marcada por vaias da torcida contra Mano e pedidos por Luiz
Felipe Scolari. A volta seria em outubro na cidade argentina de
Resistencia, mas o confronto acabou adiado por causa de um apagão no
estádio quando as equipes já estavam em campo.
Apesar de a CBF ter manifestado o desejo de ver a Seleção declarada
bicampeã do Superclássico, a Conmebol remarcou a final do torneio para a
última quarta, na Bombonera. O Brasil perdeu por 2 a 1 no tempo normal e
conseguiu o bi do torneio com 4 a 3 nos pênaltis.
A era Mano Menezes terminou nesta sexta-feira com 21 vitórias, seis
empates e seis derrotas com a Seleção principal desde que estreou no dia
10 de agosto de 2010. O treinador deixa o comando do Brasil apenas com a
taça do Superclássico das Américas de 2011 e 2012, fracassos na Copa
América e Olimpíadas e queda histórica no ranking mensal da Fifa.
Após muitas críticas por ter perdido títulos importantes e por não ter
formado uma base para a Copa das Confederações de 2013 e,
principalmente, a Copa do Mundo de 2014, o técnico vinha de elogios por
três boas atuações contra Iraque (6 a 0), Japão (4 a 0) e Colômbia (1 a
1), mas não resistiu mesmo com a conquista do segundo Superclássico na
última quarta.
No total, Mano convocou 102 jogadores diferentes depois que substituiu
Dunga. O principal nome desta fase foi Neymar, que ficou fora do Mundial
da África do Sul, estreou junto com Mano e terminou a era Mano como
artilheiro da Seleção: 17 gols em 27 jogos. Por outro lado, Paulo
Henrique Ganso, que também iniciou sua carreira com a amarelinha com
grande atuação no 2 a 0 sobre os Estados Unidos em 10 de agosto de 2010,
perdeu espaço e estava fora dos planos do treinador recentemente.
Poucos jogadores da Copa de 2010 continuaram no grupo. O zagueiro
Thiago Silva, o meia Kaká, o lateral-direito Daniel Alves e o volante
Ramires foram os remanescentes para o período de renovação promovido por
Mano de olho no Mundial no Brasil. Além de Neymar, a Seleção passou a
contar com nomes como Oscar, Lucas, Leandro Damião, David Luiz, Paulinho
e Hulk frequentemente na lista de convocados do treinador.
O primeiro grande teste de Mano foi a Copa América do ano passado, na
Argentina. Sem apresentar grandes atuações, a Seleção acabou eliminada
nos pênaltis pelo Paraguai nas quartas de final, com cobranças erradas
de Elano, Thiago Silva, André Santos e Fred.
Mesmo com o fracasso, o técnico foi mantido pela CBF e sobreviveu
também à mudança na presidência da entidade: saiu Ricardo Teixeira,
entrou José Maria Marin em março de 2012. Pressionado, o técnico viajou
para Londres neste ano em busca do ouro inédito. O time chegou à final,
mas voltou para casa sem a sonhada medalha: derrota de 2 a 1 para o
México na decisão em Wembley.
O fraco desempenho nos duelos com seleções tradicionais pesou contra
Mano. Foram cinco derrotas, dois empates e duas vitórias (ambas no
Superclássico das Américas contra a Argentina, quando as equipes só
podiam contar com jogadores que atuassem nos dois países): Brasil 0 x 1
Argentina (2010); Brasil 0 x 1 França, Brasil 0 x 0 Holanda, Brasil 2 x 3
Alemanha, Brasil 0 x 0 Argentina e Brasil 2 x 0 Argentina (2011);
Brasil 3 x 4 Argentina, Brasil 2 x 1 Argentina e Brasil 1 x 2 Argentina
(2012).
Sob o comando do técnico, o Brasil caiu para sua pior posição na
história do ranking da Fifa: 14º lugar em outubro. Atualmente, o time
pentacampeão mundial está em 13º. Apenas em cinco oportunidades, a
Seleção ficou fora do “top 10”. Em todas, sob o comando de Mano em 2012:
11º em julho; 13º em agosto; 12º em setembro; 14º em outubro e 13º em
novembro.
Além de artilheiro, Neymar também foi o jogador que mais atuou sob o
comando de Mano. O craque do Santos entrou em campo em 27 oportunidades,
contra 25 do capitão Thiago Silva. O segundo goleador é Alexandre Pato,
que balançou a rede oito vezes.
A maior decepção da era Mano foi Ganso. Agora no São Paulo, o meia
sofreu com contusões no Santos e demorou a recuperar espaço na Seleção.
Após a boa estreia não aproveitou as oportunidades que recebeu, mal
apareceu nas Olimpíadas e foi desbancado por Oscar, que cresceu de
produção e passou a ser destaque também no Chelsea.
Entre os veteranos, a primeira grande aposta do treinador foi
Ronaldinho Gaúcho, que voltou a ser chamado após algumas boas exibições
no Flamengo em 2011. Porém, o atual ídolo do Atlético-MG também não caiu
nas graças do técnico e foi esquecido nas últimas listas. Por outro
lado, Kaká ganhou as primeiras chances neste ano e passou a ser nome
forte para a Copa das Confederações.
A demissão do treinador foi anunciada por Marin nesta sexta, dois dias
após a conquista do Superclássico das Américas. No jogo de ida, em
Goiânia, no dia 20 de setembro, a Seleção venceu a Argentina por 2 a 1
em partida marcada por vaias da torcida contra Mano e pedidos por Luiz
Felipe Scolari. A volta seria em outubro na cidade argentina de
Resistencia, mas o confronto acabou adiado por causa de um apagão no
estádio quando as equipes já estavam em campo.
Apesar de a CBF ter manifestado o desejo de ver a Seleção declarada
bicampeã do Superclássico, a Conmebol remarcou a final do torneio para a
última quarta, na Bombonera. O Brasil perdeu por 2 a 1 no tempo normal e
conseguiu o bi do torneio com 4 a 3 nos pênaltis.