FORA CAMPOS NETO!
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O inicio de uma nova geração do PT!



Aluna do 3º ano do Ensino Médio da Escola Frei Casemiro Zanfonatto, em Ipê, na Serra gaúcha, Gislaine Ziliotto (PT), de 17 anos, é a vereadora eleita mais jovem do Brasil. Ela também foi a mais votada no município, de 6.016 habitantes. A adolescente obteve 6,81% dos votos válidos, com o aval de 335 eleitores.
Gislaine só vai completar 18 anos em 1º de janeiro, dia que assume a vaga no legislativo de Ipê. A lei eleitoral permite que menores de idade disputem as vagas de vereador desde que cheguem à maioridade até o dia da posse.

A jovem fala que a paixão pela política começou aos nove anos, quando o pai foi candidato a vereador. “Eu era a companheira dele e o acompanhava em todos os comícios e compromissos políticos. Comecei a participar e conhecer ainda mais sobre o município e a me interessar cada vez mais por isso”, lembrou.

A vontade de lutar pela juventude serviu de incentivo e estímulo para Gislaine concorrer já em 2012. Ela garante que, apesar de jovem, já se sente preparada para assumir o cargo. “Viemos pra comprovar que sabemos fazer política, com coragem e pulso firme e queremos ter o nosso espaço”, declarou.

Pressionar a Prefeitura para que crie uma secretaria para cuidar especificamente da juventude e incentivar a questão de cultura e lazer no município são prioridades do mandato, segundo Gislaine. Além disso, ela pretende lutar pela passagem gratuita do ônibus universitário, que leva os estudantes até a Universidade de Caxias do Sul. A criação de um distrito industrial, também é parte dos planos da jovem, que sonha em ver a população tendo oportunidades de emprego na própria cidade, sem precisar buscá-lo na região.

Gismar Ziliotto, de 47 anos, pai de Gislaine de outros dois filhos, Alexandre, de 22, e Bruno, de 13, fala, emocionado, que a família demorou para acreditar no resultado. “Estamos muito orgulhosos, eu tenho certeza que ela vai dar conta do recado e eu vou estar do lado dela ajudando no que ela precisar, já que também já estive lá”, disse.

Além de Gislaine, Marina Braatz (PT), também de 17 anos, obteve 144 votos e foi a quinta mais votada em Pontão - a segunda do partido. Os outros dois candidatos que concorreram com menos de 18 anos no Rio Grande do Sul foram Bruna Rassier (PSDC), em Pelotas, e Marcelo Martins (PV), em Cachoeirinha. Ambos, porém, não conseguiram se eleger.

Fonte: Rádio Guaíba

A nova face da democracia?

Dormindo em berço explendido. Por eanqunto!
A partir do momento que condenaram Zé Dirceu, os jornalões deliraram. Escrevem que será uma nova face da democracia, que agora vai, etc, etc.
Analisemos friamente.
Eles estão desesperados. Há 10 anos não conseguem por a mão no governo. 
É quase certo perderem a Prefeitura da maior cidade da América Latina. Lembremos que, toda a propaganda da Globo é direcionada pelo IBOPE de São Paulo. O PT ganhou algumas prefeituras e poderá ganhar a capital.
Para ele, é o caos!
Se agarraram no "mensalão" e deu no que deu. Haddad no 2º truno, PT o partido que mais cresceu.
Esse estratégia eles vão manter. Bater, bater no "mensalão" agora regozijando.
Mas esquecem que os extremos se tocam. Vão atingir FHC, Serra e Aécio.
Por isso, como analisam que vai resvalar no PSDB, com o "mensalão mineiro", começam a buscar saídas.
1) Inflam o ego de Eudardo Campos, e se apoiam no PSB, a "nova esquerda deles".
2) Vão manter o Joaquim Barbosa na midia, agora como Presidente do STF.
3) Vão tentar desconstruir LULA e DILMA

Quais os atores principais?
1) Os jornalões, que no papel fazem um imenso estardalhaço (atingem quem passa nas bancas, como um folheto de campanha). Na blogosfera, são mais comedidos, pois nós, "os sujos" não lhes damos sossego!
2) Os "colonistas" . Noblat (O NOVO CORVO) e Merval fazem o papel de atacar LULA
3) Leitão e Kramer - batem na DILMA e na economia (que só cresce)
4) O STF - vai daqui pra frente ocupar o noticiário TODO dia. Todas as ações de Barbosa et caterva serão anunciadas e divulgadas com extase. Ele será o "novo LULA" da direita. Mesmo que não se candidate, apontará alguém.

E nós? Como reagiremos?
Com o figado não vai dar. 
Temos que:
1) Construir um novo PT. Limpar a área e partir para nossa militância, com formação e atuação social. Ai DILMA tem que mudar o viés. Priorizar ações partidárias o máximo possível.
2) LULA - defender LULA a qualquer custo. Se possível com atuações de rua, promovendo manifestações LULA É MEU AMIGO, MEXEU COM LULA, MEXEU COMIGO!
3) Estarmos atentos a TODAS as maracutaias tucanas e DENUNCIAR TODO DIA.
4) Precisamo também entrar firme na "desconstrução" do STF. A saber:
a) Marco Aurélio sotou o Abdelmassi - que fugiu. Não teve o cuidado de lhe tirar o passaporte. Já havia feito o mesmo com Cacciola
b) Gilmar Mendes livrou Daniel Dantas com dois "habeas corpus" seguidos. O Dantas vai aparecer no mensalão mineiro.
c) Marco Aurélio soltou o assassino da irmã Dorothy (aqui a gente trás a igreja para perto)
Ou seja, daqui em diante estamos em campanha para 2014. Não podemos "cochilar" um só instatante.
O palco está armado. 
Nesse momento eles estão a vontade. Só precisamos sair da defensiva.
Eleger Haddad é FUNDAMENTAL. Invadir São Paulo com obras do governo federal, como aqui no Rio.
A pauta tem que ser a nossa.

'Não assumi compromisso com o pastor Malafaia', afirma Serra


DE SÃO PAULO
Dois dias depois de se encontrar com o pastor Silas Malafaia para agradecer o apoio recebido no primeiro turno, o candidato do PSDB a prefeito de São Paulo, José Serra, afirmou "que não assumiu nenhum compromisso" com o líder religioso.
"Não assumi nenhum tipo de compromisso com o pastor Malafaia. Ele me apoia, não pediu nada em troca", afirmou após caminhada pelo bairro de Pirituba.
Em entrevista publicada ontem pela Folha, Malafaia --líder de uma igreja com base no Rio de Janeiro-- disse que iria usar o "kit gay" para "arrebentar" o petista Fernando Haddad, adversário de Serra na disputa.
O material a qual Malafaia faz referência é uma cartilha contra a homofobia que seria distribuída em escolas pelo Ministério da Educação em 2011, na gestão Haddad. O governo suspendeu a distribuição após protestos.
"Qual o problema do apoio do Malafaia? Eu lembraria que o governo do PT tem um ministro de uma igreja, a partir de uma negociação política", disse Serra.
Malafaia é conhecido por atitudes conservadoras. Além da campanha contra o "kit gay", disse em 2011 que o Judiciário "rasgou" a Constituição ao reconhecer a união estável de homossexuais.
Ontem, Serra disse também que "várias das questões que ele coloca não são pautas" de sua campanha.
Haddad disse que "Serra instrumentaliza as religiões". "Fez isso pra atacar a presidente Dilma e eu entendo que fará o mesmo para me atacar", afirmou.

A censura disfarçada!

Deu no Correio do Brasil

  Por Venício A. de Lima - de São Paulo
A grande mídia usa como estratégia o bordão da ameaça à liberdade de expressão para escamotear a realidade da concentração midiática no Brasil
Desde a Grécia antiga, a igualdade perante a lei e a liberdade de expressão constituem a base da democracia.
Em fala recente a professora Marilena Chauí reafirmou que uma das características fundamentais da democracia é constituir uma “forma sociopolítica definida pelos princípios da isonomia (igualdade dos cidadãos perante a lei) e da isegoria (direito de todos para expor suas opiniões, vê-las discutidas, aceitas ou recusadas em público). [Nesta forma sociopolítica], todos são iguais porque são livres, isto é, ninguém está sob o poder de outro, uma vez que todos obedecem às mesmas leis das quais todos são autores (diretamente, numa democracia participativa; indiretamente, numa democracia representativa)” (Chauí, 2012).
Admitida esta conceituação de democracia, pergunto: a ausência de voz e de participação – vale dizer, a ausência de isegoria – poderia ser identificada como uma forma difusa de censura decorrente da estrutura de poder em determinada formação social?
O Parágrafo 2º do artigo 220 do capítulo sobre a Comunicação Social de nossa Constituição reza: “É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística”.
Descarto, preliminarmente, o que tem sido chamado de “censura judicial” ou “censura togada” por compartilhar a posição expressa pelo ex-ministro Eros Grau em julgamento no Supremo Tribunal Federal quando afirmou: “O juiz está limitado pela lei. O censor não. É descabido falar em censura judicial. Não há censura. Há aplicação da lei. A imprensa precisa de uma lei” (RCL 9428).
Pergunto, então: de onde parte a censura? Quem são os censores?
Contrariamente ao “eixo discursivo” dominante na grande mídia, pretendo argumentar que o Estado não é o único censor. Muitas vezes, nem sequer o censor mais atuante. E, mais ainda, muitas vezes o Estado pode e deve ser o garantidor da liberdade de expressão, vale dizer, da ausência de censura.
Por óbvio, existem vários tipos de censura e diferentes censores.
Há um tipo de censura, por exemplo, que atinge a liberdade da imprensa e decorre da própria estrutura do mercado das empresas de mídia. Esse fato vem sendo reconhecido desde a década de 70 do século passado pelo chamado PICA-Index (Press Independence and Critical Ability) que registra a independência e a capacidade crítica da mídia. O PICA-Index incluiu entre seus indicadores as “restrições econômicas” entendidas como conseqüências da concentração da propriedade ou de problemas que decorram da instabilidade econômica das empresas jornalísticas. Por outro lado, o próprio Press Freedom Survey, publicado anualmente pela ONG liberal Freedom House, trabalha com uma definição de liberdade da imprensa que inclui variáveis econômicas. Vale dizer, considera que restrições à liberdade da imprensa podem decorrer de fatores econômicos alheios à interferência do Estado (Holtz-Bacha, 2004).
Registre-se que a censura da palavra, da expressão é muito anterior à existência não só de Gutenberg – vale dizer, da possibilidade de imprimir – como é também anterior à existência da instituição que passou a ser conhecida como “imprensa” e hoje chamamos de “mídia”.
No caso brasileiro, a ausência de voz e de participação tem sido identificada desde a primeira metade do século 17.
Para descrever a situação em que se encontrava o “Estado do Brasil” nesse período, o pregador jesuíta Padre Antonio Vieira saúda o recém chegado vice-rei, Marques de Montalvão, com um de seus famosos sermões, o da “Visitação de Nossa Senhora”, proferido no dia 2 de julho de 1640. Vieira recorre ao Evangelho de Lucas e descreve um quadro sombrio da Terra de Santa Cruz. Afirma ele:
“Bem sabem os que sabem a língua latina, que [a] palavra, infans, infante, quer dizer o que não fala. Neste estado estava o menino Batista, quando a Senhora o visitou, e neste esteve o Brasil muitos anos, que foi, a meu ver, a maior ocasião de seus males. [...] O pior acidente que teve o Brasil em sua enfermidade foi o tolher-se-lhe a fala: muitas vezes se quis queixar justamente, muitas vezes quis pedir o remédio de seus males, mas sempre lhe afogou as palavras na garganta, ou o respeito, ou a violência; e se alguma vez chegou algum gemido aos ouvidos de quem o devera remediar, chegaram também as vozes do poder, e venceram os clamores da razão.”
Para Vieira, portanto, o maior dos males do enfermo Brasil era ter sido mantido no mesmo estado do infans, infante, isto é, sem fala, sem voz.

IBOPE. Já tem pesquisa sendo realizada.


SP-01852/2012
06/10/2012
11/10/2012
IBOPE INTELIGÊNCIA PESQUISA E CONSULTORIA LTDA.
Eleições Municipais 2012

SÃO PAULO/SP
GLOBO COMUNICAÇÃO E PARTICIPAÇÕES S/A - Rua Lopes Quintas, Nº 303 – Jardim Botânico – Rio de Janeiro – RJ - 22.2460-010 – CNPJ: 27.865.757/ 0001-02
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58.394,00
Márcia Cavallari Nunes
6208-A
4375-94
08/10/12 11/10/12 1204

Pesquisa quantitativa, que consiste na realização de entrevistas pessoais, com a aplicação de questionário estruturado junto a uma amostra representativa do eleitorado em estudo.

Representativa do eleitorado da área em estudo, elaborada em dois estágios. No primeiro estágio faz-se um sorteio probabilístico dos setores censitários, onde as entrevistas serão realizadas, pelo método PPT (probabilidade Proporcional ao Tamanho), tomando o eleitorado como base para tal seleção. No segundo e último estágio, dentro dos setores sorteados, os respondentes são selecionados através de quotas amostrais proporcionais em função de variáveis significativas, a saber: SEXO: masculino 46%; feminino 54%; IDADE: 16-24 (masculino) 18% (feminino) 16%; 25-29 (masculino) 13% (feminino) 12%; 30-39 (masculino) 23% (feminino) 22%; 40-49 (masculino) 18% (feminino) 18%; 50 e+ (masculino) 27% (feminino) 32%; INSTRUÇÃO: Até Ensino Médio (masculino) 73% (feminino) 73%; Ensino Superior (masculino) 27% (feminino) 27%; NÍVEL ECONÔMICO: Economicamente ativo (masculino) 75% (feminino) 56%; Não Economicamente ativo (masculino) 25% (feminino) 44%. Está prevista eventual ponderação para correção das variáveis sexo e idade, com base nos percentuais anteriormente mencionados, caso ocorram diferenças superiores a 3 pontos percentuais entre o previsto na amostra e a coleta de dados realizada. Para as variáveis de grau de instrução e nível econômico do entrevistado, o fator previsto para ponderação é 1 (resultados obtidos em campo). O intervalo de confiança estimado é de 95% e a margem de erro máxima estimada considerando um modelo de amostragem aleatório simples, é de 3 (três) pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra. FONTE DOS DADOS: Censo 2010 | TSE 2012.


Para a realização da pesquisa, utiliza-se uma equipe de entrevistadores e supervisores contratados pelo IBOPE INTELIGÊNCIA E CONSULTORIA LTDA. devidamente treinados para o trabalho. Após os trabalhos de campo, os questionários são submetidos a uma fiscalização de 20% (vinte por cento) dos questionários aplicados pelos entrevistadores; para verificação das respostas e da adequação dos entrevistadores aos parâmetros amostrais.


A área de abrangência da coleta é formada pelo município ora informado. A relação dos bairros selecionados para aplicação da amostra será apresentada após a divulgação do resultado da pesquisa, conforme expresso no artigo 1º, § 6º da Resolução 23.364/2011 do TSE.

Comentário decente!



SUZANA SINGER - ombudsman@uol.com.br
Sorry, periferia
A vendedora Talita Coelho força um beijo em José Serra    Cobertura eleitoral se apoia demais em pesquisas e desobriga a reportagem de percorrer os bairros distantes para entender o que querem os mais pobres O que prometia ser uma cobertura sem emoção, com o veterano José Serra confortavelmente à frente dos concorrentes, acabou se mostrando um grande desafio. A primeira fase da corrida eleitoral em São Paulo termina hoje sem que tenha ficado claro o que motivou o sobe-desce dos candidatos.
A cada reviravolta nas pesquisas, surgia uma nova teoria. Celso Russomanno se desidrataria quando começasse o horário eleitoral gratuito na televisão, já que tinha bem menos tempo que o PT e o PSDB. Não aconteceu.
A rejeição a Serra era condenatória porque traduzia o descontentamento com a gestão de Kassab na prefeitura. Nas últimas semanas, o tucano recuperou vários pontos.
O crescimento de Fernando Haddad estava lento, muito inferior ao desempenho dos candidatos petistas do passado. Agora, ele tem chance de passar para o segundo turno.
Uma vez na liderança, Russomanno era explicado como representante do novo consumidor da classe C. Sem que nenhum escândalo surgisse, despencou dez pontos.
O que esse monte de teses de vida curta mostra é que falta reportagem. As pesquisas ganharam tanta importância na cobertura eleitoral que "dispensaram" os jornalistas de correr a cidade, ouvir eleitores e tentar captar mudanças de humor.
A forte rejeição a Kassab, que pode ter contaminado Serra, surpreendeu a todos. Por que a população está tão insatisfeita? Para entender isso, a Folha oferece mais pesquisa, numa série de seis cadernos, chamados de "DNA paulistano". É um levantamento rico, cheio de dados de cada região da cidade, mas não ajuda a entender o macro.
Para medir a influência da religião, do mensalão, do Lula, da Dilma, dá-lhe pesquisa. É verdade que nem um exército de repórteres conseguiria ouvir tanta gente a ponto de concluir algo estatisticamente relevante. Só que a frieza dos índices não é suficiente.
A queda de Russomanno, por exemplo, pode estar ligada à sua proposta para a tarifa de ônibus (cobrar proporcionalmente ao trecho percorrido). Quando isso foi divulgado, a Folha deu pouco destaque, sem se dar conta de que esse é um tema sensível aos mais pobres.
Quanto mais se afasta do centro da cidade, mais evidente fica a fragilidade da reportagem. A Folha não entende e não conhece a periferia de São Paulo, que responde por 40% dos votos. Talvez seja um reflexo da própria Redação, formada majoritariamente por brancos (e brancas), de alta escolaridade, que vivem no cinturão privilegiado de São Paulo -composição que se repete nas grandes redações.
O sucesso de um artigo publicado em julho no "Tendências/Debates" mostra o tamanho do buraco a ser preenchido (http://migre.me/b1mRc). Leandro Machado, que contribui para o site "Mural", descreveu, em primeira pessoa, o que é ser da nova classe C. "Sou ex-pobre. Todos querem me vender geladeira agora. O trem ainda quebra todo dia, o bairro alaga. Mas na TV até trocaram um jornalista para me agradar", contou.
Para entender o que está acontecendo na cidade e decifrar o que dizem os números das pesquisas, é preciso dar voz à periferia.
BEM NA FOTO
O trabalho dos fotógrafos na campanha eleitoral está difícil. Os candidatos não se expõem, nem nos passeios de rua. Os assessores chegam primeiro, mantêm à distância os inconvenientes e apressam o passo se acham que o cenário renderá uma foto duvidosa.
Até os incidentes têm razão de existir. Serra caiu de um skate e perdeu o sapato ao chutar uma bola, porque precisava mostrar jovialidade. Russomanno aderiu às carreatas, que rendem sempre a foto de um aceno de longe.
Com tanta limitação, nenhum veículo se destacou. Do primeiro turno, as imagens que ficaram na memória são o encontro petista-malufista, o beijo inesperado em Serra e Russomanno provando uva, na mesma semana em que circulou um vídeo antigo no qual ele apalpava uma modelo fantasiada com a fruta.

Fascista ataca de novo!

Enquanto isso panfleto com CNPJ do PSDB circulou à vontade.

Folha Bancária censurada pela coligação tucana

Ação contra jornal dos trabalhadores que trazia reportagem sobre eleição do dia 7 foi recolhido e retirado do site do Sindicato
São Paulo - A Folha Bancária foi censurada. Um policial militar e uma oficial de Justiça estiveram na sede do Sindicato na noite desta quinta-feira 4, além das regionais da entidade, com ordem de busca e apreensão da última edição da FB. A representação protocolada na 1ª Zona Eleitoral de São Paulo (Bela Vista – Capital) na mesma quinta-feira, foi assinada pela juíza Carla Themis Lagrotta Germano, e previa inclusive ordem de arrombamento, “se necessário”.

Leia nota oficial do Sindicato sobre o assunto

A censura teve origem em pedido da coligação do candidato José Serra (Avança São Paulo – PSDB, PSD, DEM, PV e PR) que solicitou o recolhimento dos exemplares da
Folha Bancária, além da retirada da versão online do site. O mandado afirma que a “matéria denigre a imagem” de Serra.

A edição, número 5.592. trazia na última página reportagem que analisava as propostas e trazia o histórico dos candidatos que lideram a pesquisa à prefeitura de São Paulo: Russomano, Serra e Haddad. Também declarava o apoio da maioria da direção executiva da entidade a Fernando Haddad (PT), o único a receber e se comprometer com a Agenda da Classe Trabalhadora.


O Sindicato fez uma edição especial da
Folha Bancária trazendo a última página censurada.

“O Sindicato tem quase 90 anos de existência e sempre lutou pela democracia e pela liberdade de expressão. Desde o ano passado estamos fazendo o debate, com os bancários, do que afeta a qualidade de vida dos trabalhadores. Além da campanha salarial e por melhores condições de trabalho, somos um sindicato cidadão se preocupa com a cidade, o estado e o país em que os trabalhadores vivem. Sabemos da importância desse debate”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira. "Os trabalhadores têm direito a analisar as propostas dos candidatos. Pode haver divergência, mas repudiamos a censura”, ressalta a dirigente, lembrando que a FB coloca em prática o bom jornalismo. “Não denegrimos a imagem de ninguém. Só não pudemos noticiar o plano de governo de um dos candidatos que não tem seu material divulgado nos sites oficiais da campanha.”


Dados –
O jornal Folha Bancária circula desde 1939, o site do Sindicato está no ar desde 2005. É a primeira vez que sofrem censura.

O advogado do Sindicato, Luiz Eduardo Greenhalgh, estranha o desrespeito com que a liminar foi cumprida no Sindicato. “Entraram. Foram recepcionados por funcionários do Sindicato e invadiram as dependências. Comportamento estranho, que não é a conduta costumeira da Justiça eleitoral de São Paulo”, afirma. “Com relação ao mérito vamos contestar e tentar suspender a busca e apreensão.”


Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, está sendo usurpado o direito de informação dos trabalhadores. “Todos os veículos se expressam e respeitamos. Defendemos a liberdade de imprensa, o direito à livre manifestação e foi isso que colocamos em prática. É o nosso ponto de vista, podem concordar ou discordar, mas não censurar”, ressalta o dirigente.


Revista do Brasil –
Esta é a terceira vez que Serra investe contra a liberdade de expressão dos trabalhadores, quando o assunto não lhe agrada. Em 2006 e 2010, duas edições da Revista do Brasil, uma que trazia o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outra com a então candidata à presidência Dilma Rousseff, foram censuradas por solicitação da coligação tucana à época daquelas eleições. A Revista do Brasil é mantida por cerca de 60 sindicatos de diversas categorias profissionais.

Leia mais

Notas oficiais divulgadas pela CUT e Contraf-CUT sobre a censura

Cláudia Motta - 5/10/2012

O povo resolveu "meter o bico"


Foi um domingo para não esquecer. A história rugiu, rangeu e se mexeu. Mas não na direção que o conservadorismo esperava. O que as urnas fizeram foi repor certas correlações entre a nervura social e o voto; entre o discernimento popular e o legado histórico de projetos e propostas antagônicas.

Milhões de vozes e rostos anônimos falaram o que pensam e, como é natural, em escrutínios marcados por peculiaridades locais, emitiram vereditos ecumênicos.

Mas certas linhas se destacaram: primeiro, o PT superou o PMDB e se tornou o partido mais votado no país, com 17,3 milhões de votos; cresceu 4% sobre 2008. Seu rival, o PSDB perdeu 4%.; em segundo lugar: o PT ganhou 627 prefeituras (14% mais que em 2008) e disputa o 2º turno em seis das maiores cidades do país. Não só.

Ali onde a natureza da disputa incorporou a tensão do conflito entre dois grandes blocos de interesses contraditórios -- não apenas no âmbito local, mas nacional e também no plano da crise global-- a resposta do voto desautorizou o prognóstico conservador. Ou seria melhor dizer a torcida e, em alguns casos, a quase fraude?

O domingo mostrou que o mundo seria perfeito para o conservadorismo se a democracia pudesse ser resolvida no campo das 'ilações', tão a gosto de certas togas e dos interesses aos quais elas se oferecem, sendo por eles obscenamente desfrutadas.

Se bastassem as 'ilações' do Datafolha, por exemplo, Serra iniciaria hoje um passeio pelo segundo turno de São Paulo --de bike, que ele é moderno-- para desmontar o frágil Russomano.

O Datafolha modelou esse cenário indutor; insistiu nele até o último instante, reservando a Haddad uma 3ª colocação algo desanimadora (afinal, quem é que gosta de votar em candidato fora do páreo?). Em 24 horas, tudo mudou: o candidato do PT saltou dos 19% que lhe eram atribuídos pelo instituto dos Frias e encostou nos 29% (dos votos válidos, neste caso, conforme lembra com razão o leitor Kubas em seu comentário abaixo; o sentido da 'modulação' na forma de divulgar, persiste).

Como um instituto que se pretende isento não capta um migração de votos dessas proporções?

Se Haddad fosse um furacão e o Datafolha um serviço de meteorologia, que destino caberia aos responsáveis por tão clamorosa falha na informação à opinião pública?

As 'ilações' da mesma extração tampouco se revelaram pertinentes na tarefa de derrotar Chávez neste domingo.

Maciçamente apresentado como uma ruína política pelo jornalismo conservador - incluindo-se os mervais brasileiros - o "autoritário" Chávez venceu Henrique Capriles, num pleito difícil, mas limpo e com participação recorde, por uma diferença da ordem de 10 pontos (54% a 44%).

Domingo memorável. O eleitor resolveu 'meter o bico' na história em São Paulo, em Caracas e em outras praças, para horror daqueles que não suportam 'estrangeiros' em seus currais. Mas também uma jornada recheada de advertência às candidaturas de esquerda que seguem para o 2º turno: é hora de vestir a camisa do bloco progressista ao qual pertencem, se quiserem obter os votos que - tradicionalmente - a ele se destinam. A ver.
Postado por Saul Leblon 

O vencedor foi Lula

Eu pergunto quando tempo nossos analistas de plantão vão levar para reconhecer o grande vitorioso do primeiro turno da eleição municipal.

Não, não foi Eduardo Campos, embora o PSB tenha obtido vitorias importantes no Recife e em Belo Horizonte.
Também não foi o PDT, ainda que a vitória de José Fortunatti em Porto Alegre tenha sido consagradora. Terá sido o PSOL? Os “novos partidos”?

O grande vitorioso de domingo foi Luiz Inácio Lula da Silva e é por isso que os coveiros de sua força política passaram o dia de ontem trocando sorrisos amarelos.
 
Nem sempre é fácil reconhecer o óbvio ululante. É mais fácil lembrar a derrota do PT no Piauí, ou em São Luís.
Nosso leitor Roberto Locatelli lembra: o PT passou o PMDB  e foi o partido que mais acumulou votos na eleição. Tinha 550 prefeituras. Agora tem mais de 612.
 
Vamos combinar: a  principal aposta de Lula em 2012 foi Fernando Haddad que, superando as profecias do início da campanha, não só passou para o segundo turno mas entra nessa fase da disputa em posição bastante favorável. Em São Paulo se travou a mãe de todas as batalhas.

Imagino as frases prontas e as previsões sombrias sobre o futuro de Lula e do PT se Haddad tivesse ficado de fora.
A disputa no segundo turno está apenas no início e é cedo para qualquer previsão.
 
Mas é bom notar que as  pesquisas indicam que Haddad é a segunda opção da maioria dos eleitores de Celso Russomano. Uma pesquisa disse até que Haddad poderia chegar em segundo no primeiro turno, mas tinha boas chances de vencer Serra, no segundo. Qual o valor disso agora? Não sei. Mas é bom raciocinar com todas as informações.
 
Quem assistiu a pelo menos 30 minutos dos debates sabe que Gabriel Chalita já tem lado definido desde o início – como adversário de José Serra. O que vai acontecer? Ninguém sabe.

O próprio Serra tem uma imensa taxa de rejeição, que limita, por si só, seu potencial de crescimento.
 
O apoio de  Russomano tem um peso relativo. Se ele não conseguia controlar aliados quando era favorito e podia dar emprego para todo mundo, inclusive para uma peladona de biquini cor de rosa descrita como assessora, imagine agora como terá dificuldades para manter a, digamos, fidelidade partidária

O mais provável é que seu eleitorado se divida em partes mais ou menos iguais.
 
Não vejo hipótese da Igreja Universal ficar ao lado de José Serra. Nem Silas Malafaia com Haddad.

A votação de Haddad confirma a liderança de Lula e a disposição dos eleitores em defender o que ele representa. Mostra que o ambiente político de 2010, que levou a eleição de Dilma Rousseff, não foi revertido. Isso não definiu o resultado em cada cidade mas ajudou a compor a situação no país inteiro.

Os 40% de votos que Patrus Ananias obteve em Belo Horizonte mostram um desempenho bem razoável, considerando que o tamanho do  condomínio adversário.
 
Quem define a boa vitória de Lacerda como uma vitória de Aécio sobre Dilma incide no pecado da ejaculação precoce.
O grande derrotado do primeiro turno, que mede a força original de cada partido, não aquilo que se pode conquistar com alianças da segunda fase, foi o PSDB.
 
O desempenho tucano sequer qualifica o partido como oponente nacional do PT. Perdeu eleição em Curitiba, onde seu concorrente tinha apoio do governador de Estado, desapareceu em Porto Alegre e no Rio de Janeiro, terra do vice de José Serra em 2010 – que não é tucano, por sinal. Se a principal vitória do PSDB foi com um candidato do PSB é porque alguma coisa está errada, concorda?

Respeitado por ter chegado em primeiro lugar em São Paulo, Serra já teve desempenhos melhores.

As cenas finais da campanha foram os votos do julgamento do mensalão, transmitidos em horário nobre durante um mês inteiro. Tinham muito mais audiência do que os programas do horário político.

Menino pobre e preto, Joaquim Barbosa já vai sendo apresentado como um contraponto a Lula…


Antes que analistas preconceituosos voltem a dizer que a população de renda mais baixa tem uma postura menos apegada a princípios éticos – suposição que jamais foi confirmada por pesquisadores sérios  — talvez seja prudente recordar que o eleitor é muito mais astuto do que muitos gostariam. Sabe separar as coisas.

Aprendeu a decodificar o discurso moralista,  severo com uns, benigno com outros, como a turma do mensalão do PSDB-MG, os empresários que jamais foram denunciados na hora devida.
Anunciava-se, até agora, que a eleição seria  nacionalizada e levaria a  um julgamento de Lula.

Não foi. O pleito mostra que o eleitor não mudou de opinião.
O eleitor mostrou, mais uma vez, que adora rir por último.

Paulo Moreira Leite, extraído da Época
Copiado do Conversa Afiada

Um momento de reflexão necessária!

Abstenção no Rio é maior que 

votação do 2º colocado


Dos 4.719.607 eleitores habilitados na cidade do Rio de Janeiro, mais de 965 mil - o equivalente a 20,45% do total - se abstiveram de votar no primeiro turno deste domingo. O número é maior que a quantidade de pessoas que votaram no candidato do Psol, Marcelo Freixo, que ficou em segundo lugar na disputa  com o prefeito reeleito Eduardo Paes (PMDB). Freixo obteve 914.082 votos no pleito.
Os eleitores que votaram branco ou nulo também foram significativos e somaram 507.323 votos. O índice é maior que a votação feita pelos candidatos Rodrigo Maia (DEM), que teve 95.328 votos, Otávio Leite (PSDB), com 80.059, e Aspásia Camargo (PV), que conquistou 41.314 eleitores.
O primeiro lugar ficou com o prefeito Eduardo Paes, que confirmou o favoritismo e foi reeleito com 64% dos votos válidos (2.097.733 votos). O peemedebista liderou as pesquisas de intenção de voto desde o início da corrida eleitoral. 
A vitória foi a maior em primeiro turno na capital fluminense desde 1985, quando o ex-prefeito César Maia (PFL, agora DEM) se elegeu com 50,1% (1.728.853 votos).

É preciso um momento de profunda reflexão. Ao PIG interessa que isso se prolifere. A descrença na classe politica somente interessa a quem quer manipular a opinião pública. Vejam hoje, no Goebbels o que diz o Noblosta. É porrada em LULA o tempo todo. Será insuportável ver Cerra perder em S. Paulo para o PT. 
Essa "indiferença" é pior que voto nulo (O VOTO BURRO). É preciso que nós, que acreditamos em politicos honestos, comecemos a fazer a nossa parte. Precisamos desde já, começar uma campanha para que as pessoas votem, escolham, não se omitam. E somente nós, da blogosfera, podemos fazer isso!
Mãos a obra! 2014 é logo ali! E começa, agora, no 2º turno em São Paulo!