Petroleiros podem entrar em greve contra leilão do pré-sal

Jornal GGN - Às vésperas do leilão do pré-sal marcado para a próxima segunda-feira (21), o conselho deliberativo dos trabalhadores do setor de petróleo e a Petrobras não chegaram num acordo sobre as reivindicações da categoria. O conselho indicou a rejeição da proposta apresentada pela Petrobras e a realização de assembleias a partir desta quinta-feira (10), para que os trabalhadores aprovem greve por tempo indeterminado, a partir da quinta-feira (17).
A Petrobras propõe reajuste de 7,68% no salário, que representa ganho real entre 1,17% a 1,5% e um abono correspondente a uma remuneração ou R$ 4.000,00, o que for maior.
Já FUP (Federação Única dos Petroleiros), entidade que representa a categoria, pede 5% de ganho real, condições seguras de trabalho para todos, fundo garantidor para os trabalhadores terceirizados, melhoria dos benefícios, mudanças no plano de carreira (PCAC), entre outras reivindicações.
O clima entre os petroleiros e a estatal é tenso. Além do impasse na negociação coletiva, os trabalhadores exigem melhores condições de trabalho para terceirizados e a não realização do leilão do pré-sal.
60 anos da Petrobras
A Câmara de Vereadores de São Paulo realizou sessão solene em homenagem aos 60 anos da estatal na quinta-feira (10). O evento contou com a participação políticos, sindicalista e movimentos sociais que celebraram o papel da empresa no desenvolvimento do país. Na ocasião, sindicalistas e ativistas pediram o cancelamento do leilão do Campo de Libra.
Responsável pela realização da sessão, a vereadora Juliana Cardoso (PT-SP) lembrou que a criação da empresa, em 1953, foi resultado de uma grande campanha popular que exigia o monopólio estatal na exploração do petróleo. “O Brasil que achou o pré-sal e cabe a nós esse tesouro”, disse.
Com informações da FUP e Comitê Estadual de Defesa do Petróleo SP